quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O PAPEL: um material versátil

O papel é daqueles tipos de materiais que está sempre ao nosso alcance. Razão pela qual é um dos mais usados em tudo o que fazemos, indo desde as sacolas de compras a cadernos, livros e revistas. E ainda podem ser fabricados ou artesanais, ter diversas gramaturas, pode ser impermeabilizado ou in natura.



A origem do papel é de longa data, remontando ao Antigo Egito. Começou de uma forma artesanal, com os egípcios colhendo um certo tipo de junco, da família das cyperáceas, planta comum nas margens dos rios africanos, entre eles, o Rio Nilo. As folhas desse junco eram colocadas em água durante alguns dias e sovadas até obterem uma pasta fina, deixando-as secar ao sol. Depois de bem seca, os “papiros” (como ficaram conhecidas), formavam os antigos pergaminhos onde escreviam textos contando a vida dos faraós e registravam as contas do Império. O papiro também tinha outras funções: fabricação de cestos, redes, pequenas embarcações e como alimento do gado pela população mais pobre.


Na China, o papel aparece na dinastia Han (206 a.C. a 221 d.C), como algo precioso na cultura chinesa. Fazer e cortar papel era um passatempo popular entre os nobres, principalmente, entre as mulheres da corte. Com eles, gostavam de enfeitar os festivais e celebrações, dos séculos VII a XIII.


Os chineses faziam os seus papéis cortando os troncos de árvores em pedaços bem pequenos, folhas secas e pedaços de tecidos. Juntavam tudo em certa quantidade de água e deixavam lá por vários dias. Em seguida, sovavam bastante até virar uma pasta. Depois, camadas finas dessa pasta eram colocadas sobre grandes peneiras, a fim de que a água escorresse. Quando a pasta começava a soltar da peneira eram colocadas ao sol para secagem completa.


Os árabes aprenderam a técnica de fazer papel com os chineses. E quando conquistaram a Península Ibérica, espalharam para uma parte da Europa o de fazê-lo e o modo costume de utilizá-lo. O restante do continente europeu, só veio conhecer e fabricar o papel entre os séculos XIII e XIV. 



Os monges da Idade Média adquiriram a habilidade da escrita e copiaram os mais importantes e antigos manuscritos transformando-os em livros, para conservar os conhecimentos que eles continham. Fizeram isso por mais de três séculos. Eram livros feitos com papéis artesanais, escritos e desenhados a mão, num trabalho minucioso e lento.


No século XV, o inventor alemão Johann Gutemberg, criou a “imprensa”. Possuía uma espécie de carimbos individuais das letras maiúsculas e minúsculas (conhecidos como “linotipos”) e eram usados para formar os textos. Depois do texto pronto era passada uma tinta sobre os carimbos e, posteriormente, colocava-se o papel que era prensado para estampar o texto.


Embora bastante rudimentar que exigia o trabalho de colocar os carimbos manualmente sobre réguas de madeira, a imprensa de Gutemberg revolucionou o mundo. Seu mérito foi fazer com que os conhecimentos e as informações chegassem com mais agilidade às pessoas, desenvolvendo a leitura e a escrita em todas as partes do mundo.

Com o tempo, essa máquina foi evoluindo e sendo modernizada até chegar ás imprensas que conhecemos hoje. Hoje em dia, o papel é feito de forma muito sofisticada. Assista ao vídeo para conhecer como ele é feito:




Nem em seus melhores sonhos, Gutemberg podia imaginar que, um dia, as pessoas poderiam ter uma imprensa em suas próprias casas. Essas imprensas particulares são as conhecidas “impressoras” que trabalham em conjunto com nossos computadores.


 O papel foi o produto mais usado na história da humanidade. O papel como conhecemos hoje é amplamente fabricado e usado para fazer o papel moeda, cadernos, livros, revistas, calendários, cartões de visita, convites e muitas outras coisas.

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