terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FELIZ 2015

ADEUS 2014

E que o ano novo traga os melhores fluídos que possam existir.

FELIZ ANO NOVO


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A REPERCUSSÃO DOS PRIMEIROS FILMES


O público que assistiu aos primeiros filmes exibidos tinha formação, profissões e de classes sociais variadas. A princípio foram motivados pela novidade e pela curiosidade.

Mas, qual era a novidade em ver pessoas saírem de uma fábrica ou a chegada de um trem numa estação. Afinal, quase todos já haviam visto essas coisas na realidade. Mas, ao assistirem os filmes ficaram empolgados e espantados. Primeiro, pelo movimento das imagens. Depois, por observarem outros detalhes que passavam despercebidos na realidade. Quando assistiram ao filme do trem, a sensação de que ele iria sair da tela e despencar sobre o público provocou susto. Mas, um susto que trouxe mais prazer que medo.

Os comentários corriam á solta. Os comentários eram sempre elogiosos. Haviam críticas também. Esses comentários partiam das classes mais abastadas e afirmavam que os filmes eram próprios para as classes menos favorecidas.

Romancistas, poetas, dramaturgos, diretores, roteiristas, proprietários e técnicos de companhias produtoras de filmes, jornalistas, psicanalistas, engenheiros e estudantes viam as exibições com outros olhos. Viam-nas como um novo campo de trabalho que se abria em diversas áreas. Um campo de negócios e de grandes fortunas. Mas era preciso pensar e repensar tudo para melhorar e fazer tudo acontecer. E não demorou muito.

Ainda em 1896, o ilusionista francês Georges Méliès, produz um filme usando efeitos especiais. Intitulado de “Le Voyage dans le Lune” (Viagem à Lua) foi o primeiro a usar como tema as viagens espaciais e a presença de alienígenas. Era um curta metragem de 14 minutos. Em 1902, Méliès colore a mão o filme inteiro e  exibe. é considerado o primeiro filme de ficção científica da história cinematográfica.

Assistam o filme na íntegra.

 



Em 1903, Edwin S. Porter (norte americano) usa pela primeira vez a edição de imagens. Seu filme “Life of American Fireman” ou (Vida de um Bombeiro Americano), mostra um bombeiro resgatando uma mulher das chamas. Nesse filme ele mostra simultaneamente a visão da mulher sendo resgatada e a visão do bombeiro resgatando-a.

Filme na íntegra. Assistam...



Ainda em 1903, Porter produz um outro filme: “The Great Train Robbery”. Nesse filme ele mostra a cena de vários lugares. O trem é roubado e os bandidos se dão bem. Embora este filme tenha sido seu maior legado para a história do cinema, também foi muito criticado e impedida sua exibição pelas autoridades locais. Por isso, Porter precisou modificar o final por razões morais e éticas, obtendo um cunho mais educativo e mostrando que um crime não pode sair ileso.

Filme na íntegra, na versão modificada por Porter.


Em 1906, o jornalista e romancista italiano Lorenzo Ferri passa um dia inteiro nos bastidores da fábrica de filmes e escreve e publica um livro contando suas impressões. Para ele, cinema e teatro eram coisas diferenciadas. Afirma ainda que realidade e fantasias eram coisas incompatíveis.

Ainda em 1906, os filmes passaram a ficar mais longos. Na Austrália, o filme “The Story of the Kelly Gang” tinha 70 minutos de duração, sendo considerado o primeiro longa-metragem da história cinematográfica. A partir de então, cada produtor tentava fazer um filme mais longo que o outro.

Na França e em 1907, os irmãos Lafitte resolveram criar os primeiros filmes de arte. A intenção era popularizar o cinema entre as classes mais abastadas.

Em 1912, na França, é produzido o filme “Queen Elizabeth”. Na Itália, os filmes “Quo Vadis?” (1913) e “Cambiria” (1914) todos com mais de 2 horas de duração.

Veja um trecho do filme  "Queen Elizabeth", com Sarah Bernhard


Trecho do filme "Quo Vadis" 

O filme mais longo da história do cinema e exibido de uma só vez tinha 8 horas de duração. Apresentado e narrado pelo americano Charles Taze Russell, em 1914, o filme “Photo-drama of Creation” contava a história da criação do mundo e uma visão futurista com acontecimentos que ocorreriam 1000 anos a frente. Claro que esses acontecimentos futuristas se baseavam nas crenças do autor. A importância do trabalho de Russell para o cinema foi a sincronização do som com as imagens.

Até então, a França e a Itália eram os mais conhecidos, os mais poderosos produtores de filmes. Mas, veio a I Guerra Mundial e os bombardeios destruíram tudo. Esta é também a época em que os Estados Unidos começam a obter destaque no ramo cinematográfico. É quando passam a importar e a produzir diversos filmes.

domingo, 16 de novembro de 2014

E SURGE O CINEMA

Era no cenário do século XIX que, Antòine Lumière se destaca. Não por ter sido fotógrafo ou por ter sido dono da Usine Lumière, uma fábrica de papéis e películas fotográficas. Mas, por ter sido o pai de Auguste Marie Louis Nicholas, nascido em 19 de outubro de 1862 e de Louis Jean Lumière, nascido em 5 de outubro de 1864, ambos naturais de Besançon, França.
Desde muito jovens, conviveram com fotografias, papéis, películas e negócios. Por essa razão, frequentaram a escola técnica, formaram-se engenheiros e trabalharam na empresa do pai.
Quando Antoine se aposentou em 1892, entregou a empresa aos filhos. Auguste passou a gerenciar a empresa e Louis se encarregava da produção. Foi nessa época que começaram a desenvolver novos equipamentos e processos fotográficos.
Baseando-se na invenção de Thomas Alva Edison, os irmãos Lumière inventaram uma máquina de filmar e um projetor de cinema que recebeu o nome de “cinematógrafo”.
O cinematógrafo era um aparelho portátil do tipo “três em um”, ou seja, era máquina de filmar, de revelar e projetar e que foi patenteada em 13 de fevereiro de 1895. Era sem dúvida, uma aparelho muito mais aperfeiçoado que todos os anteriores.
Com essa máquina, os irmãos fizeram um pequeno filme que foi intitulado como “Sortie de l’usine Lumière à Lyon” cuja tradução é “Empregados deixando a Fábrica Lumière", produzido por Louis Jean. Esta invenção permitia que o filme fosse assistido por várias pessoas ao mesmo tempo, coisa que não era possível anteriormente. A primeira apresentação desse filme foi gratuita  no Eden, em  La Ciotat, sudoeste francês.

ASSISTA A ESSE FILME:

Em 28 de dezembro de 1895, o pai organizou a primeira exposição pública paga desse filme e de outros 10, no salão Grand Café de Paris. E foi um sucesso. Esta data ficou marcada como o dia do surgimento do cinema.
Após o sucesso da exposição, os irmãos passaram a incluir em suas funções, a produção de documentários curtos a fim de promover sua invenção, embora não acreditassem que ela tivesse um futuro comercial. Mesmo assim, enviaram vários exemplares para diversos países. Ainda em 1895, os irmãos produziram uma pequena comédia intitulada “The Sprinkler Sprinkled”. Foi o início do cinema amador e o primeiro audiovisual do mundo.
Cabe aos irmãos Lumière o primeiro processo de fotografias coloridas, o autocromo,
a placa fotográfica seca (1896), a fotografia em relevo (1920) e a “Cruz de Malta¨ ou
cinema em relevo que e um sistema de bobina que permite que o filme se apresente 
por intermitência.


Por tudo isso, os irmãos Lumière foram considerados como os “pais do cinema”.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CENÁRIO MUNDIAL DO SÉCULO XIX

Voltemos ao Século XIX. Ideológicas Um século marcado por grandes mudanças, filosóficas, científicas e tecnológicas. Mudanças que modificaram o mundo, as sociedades, conceitos e o comportamento das pessoas.


 As mudanças foram provocadas por descobertas científicas e inventos que deram origem ao progresso que temos hoje. Por exemplo, em 1804, o Invento da locomotiva encolheu o tempo  e  as distâncias. A descoberta da FOTOGRAFIA (1816), o "telégrafo falante" inventado por Meucci (1860) e que foi o precursor do telefone, o fonógrafo (1878), o fotófono (1880), que transmitia os sons por meio da emissão de luz. O toca-discos (1888), o chamado "Efeito Edison" em que a eletricidade corria por um fio, passava por uma placa metálica e acendia dentro de um globo de vidro fino, um dos muitos inventos de Thomas Alva Edison, e que denominou de lampada incandescente, foram Inventos que revolucionaram os hábitos da época e trouxeram conforto e progresso pará de todos os povos.


Inúmeras descobertas científicas tiveram igual importância, como o tratado sobre a hereditariedade, de Mendel (1865), quando estudava e observava ervilhas ao microscópio; a descoberta dos Raios X por Wilhelm Conrad Röntgem (1895); A radioatividade por Henri Becqueret (1896) e dos Elementos Químicos Rádio e o Polônio por Marie Curie (1898) que revolucionaram os conhecimentos da Matemática, Física, Química, Biologia, sobre a eletricidade e a metalurgia.

Para o cinema, a FOTOGRAFIA foi a pedra fundamental. A partir de suas descobertas, vários inventores começaram a estudar ainda mais, na tentativa de melhorar as máquinas e as imagens. Thomas Alva Edison foi um deles. Estudou muito, melhorou inventos de outros e inventou novidades. Edison patenteou mãos de 1800 invenções.


Em certo momento, Thomas Edison e outros inventores passaram a se perguntar: “Se a fotografia mostra imagens estáticas porque não mostra-las em movimento?”. E se empenharam mais e mais em estudos e experimentos para conseguir isso. E muitas foram as contribuições. Porém, nem todas foram bem sucedidas.

Em 31 de agosto de 1887, Thomas Edison patenteou uma nova invenção: o KINETOSCÓPIO. Tratava-se de uma caixa com uma abertura por onde se podia ver uma imagem em movimento, ampliada por uma lupa. Por dentro, uma complicada estrutura (para a época) fazia a imagem se movimentar. Edison havia inventado a primeira câmera cinematográfica bem sucedida e mostrava ao público os filmes produzidos por ele. Mas, o grande inconveniente é que as pessoas só podiam ver individualmente. 

Conheça o kinetoscópio.


Melhorando-o ainda mais, em 1896, Edison lança o VITASCÓPIO, um projetor bastante comercializado. Assista: 


Foi nesse cenário que, em 1894, os Irmãos Lumière inventaram uma máquina (bastante rudimentar) que projetava numa tela imagens de pessoas, animais e transportes em movimento. O CINEMATÓGRAFO, como ficou conhecida essa máquina, era na verdade, um projetor de filmes de pequena duração.  E diferente do kinetoscópio, o cinematógrafo permitia que várias pessoas pudessem assistir aos filmes ao mesmo tempo. Mas, esse projetor não foi comercializado na época.


Com o cinematógrafo começa a história do cinema.

Assista a um Cinematógrafo


domingo, 12 de outubro de 2014

FÃ DE FILMES


Eu adoro assistir a um bom filme. Mas, não sou uma assídua frequentadora das salas de exibição. Como já dizia Peter Greenway, “hoje os filmes vão mais às pessoas do que as pessoas vão aos filmes”, eu deixo que eles venham até mim. Graças a tecnologia, assistir a um bom filme já não é uma prerrogativa dessas salas. Eu os assisto em casa pelo computador, alugo numa locadora ou pela televisão mesmo.

Gosto de filmes. E não importa o estilo desde que prendam a minha atenção. Confesso que o único tipo de que não faço nenhuma questão de assistir são os de terror. Não despertam minha curiosidade, meu interesse e quando assisto a um, não acho graça.

Como já disse inúmeras vezes, sou fã das artes visuais. E os filmes integram as artes visuais. Conhecidos como a7ª ARTE”, os filmes encantam milhões de pessoas pelo mundo a fora.

Sempre tive curiosidade por conhecer como surgiram e como evoluíram para chegar ao que conhecemos hoje. Aliás, gosto de saber a história das coisas. Mais que todos os outros temas, a “7ª ARTE” é um tema apaixonante. Estudá-la nos leva a compreender as mudanças e os diversos desmembramentos destas mudanças e os seus porquês. Mais que isso, compreender as ideologias presentes em cada época, em cada filme e essas ideologias afetam o público e a sociedade e como isso se dá, em caso afirmativo.

Eu gosto muito e espero que vocês também gostem. Até a próxima postagem.

domingo, 28 de setembro de 2014

E PRIMAVERA CHEGOU!


Deus nos dá um presente todos os anos. È um presente simples, lindo e perfumado. Um presente que enche nossos olhos de uma beleza delicada e suave. Seu perfume é delicado, mas capaz de nos fazer recordar sentimentos e emoções antigas e recentes. Esse presente tem um nome igualmente delicado: PRIMAVERA.

Quero dar um presente a vocês, caros leitores. Uma obra de arte em forma de vídeo. Um trabalho de um pintor chamado Gary Jenkins. Eu o descobri ao buscar ideias para um trabalho. E como adoro pinturas, fiquei impressionada com as pinturas dele.
Espero que seja do agrado de vocês também. 



sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER ART JOURNAL?

Para fazer Art Journal você precisará de:

- um caderno ou bloco de folhas de papel aquarelável (canson, vergê, panamá ou outros de 200 g ou mais) que poderão ser guardados em pastas. O tamanho desse caderno é você quem decide, podendo ser pequeno ou grande. Eu comecei com um pequeno, reaproveitando uma agenda velha que eu tinha e colando nela as folhas de canson. 

Uma dica: entre a folha já desenhada e a outra que receberá uma nova ideia, deixe sempre o verso da página anterior e o verso da nova, em branco. Isto porque, ao pintar a nova página, as tintas podem manchar e estragar o trabalho anterior. Mesmo forrando com jornal ou folha de revista, as manchas podem acontecer. Depois de terminado o trabalho, basta colar essas páginas uma na outra e pronto.



- algumas tintas (guache, acrílica ou aquarela) ou lápis de cor aquarela. 



- alguns pincéis (1 redondo, 1 chato e um liner) duros e macios.

- papéis coloridos ou figuras

- canetas hidrográficas

- uma ideia ou um texto.


O QUE É PRECISO SABER SOBRE A ART JOURNAL?

Cada página é composta de três partes essenciais:



·  FUNDO – pintado com tinta ou lápis de cor. Quanto mais camadas de tinta forem usadas mais grosso deverá ser o papel (suporte). Também pode ser usado: massa de modelar para artesanato para dar um certo relevo.


· IMAGEM – pode ser construída com um desenho ou pintura. Mas, se você não sabe desenhar ou pintar não se preocupe. Você ainda pode se valer de alguns recursos como a colagem de figuras, papéis, tecidos, fitas, folhas secas, botões, flores de papel ou tecido. Pode ainda usar carimbos ou stencil (moldes vazados) de letras, números, figuras. E se não quiser, tem ainda outro recurso: copie a figura desejada (mas só as linhas essenciais e os detalhes ficam por sua conta). Aproveite o que tenha em casa: tampinhas, sacos plásticos, de bolinhas, toalhinhas plásticas, rendas etc que também podem funcionar como carimbos. Para isso, espalhe um pouco de tinta, suje a tampinha, tire um pouco do excesso e carimbe a vontade.


· TEXTO – O texto pode ser formado por uma palavra, uma frase ou alguns parágrafos. Pode ser um poema, a letra de uma música ou algo que você queira. Pode escrever á mão, digitar no computador ou recortar de uma revista ou jornal e colar, carimbar ou moldes vazados. Podem ser letras simples, ou aquelas gordinhas que se fazia antigamente nas capas dos trabalhos escolares.

Depois disso, é só dar asas à imaginação e colocar a mão na massa.

BENEFÍCIOS DA ART JOURNAL

Segundo quem pratica esta modalidade artística, a ART JOURNAL é um dos caminhos para que se possa aprender a comunicar ideias. Ideias que podem ser suas ou de outras pessoas.

Por ser uma arte livre e fácil de fazer, aprendemos a refletir sobre essa ideia e a buscar ou criar soluções para ela.  Com o uso de várias técnicas e de uma infinidade de materiais e de adaptar outros, desenvolvemos a expressão por meio de imagens, o que exige criatividade e imaginação. Ao praticá-la regularmente, desenvolvemos uma série de habilidades e o senso estético.

Como desenvolvimento de habilidades, pode-se observar uma melhora na observação das coisas do entorno, a percepção de detalhes que normalmente passam despercebidos, melhora a atenção, a concentração e as habilidades manuais.

Como benefícios terapêuticos: acalma e alivia o stress do dia a dia. O prazer que sentimos ao ver uma página pronta melhora a autoestima e a autoconfiança e ambas nos levam a superar nossas próprias limitações e medos. Refletindo sobre cada lembrança, ideia, problema e emoções ali colocadas, passamos a nos conhecer melhor. E quem se conhece bem e profundamente, vive melhor e garante uma melhor saúde física e mental.

Se gostou, mãos a obra!


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

EU E A ART JOURNAL

Quem convive comigo sabe o prazer que tenho em aprender coisas,  principalmente, se forem novidades para mim. Por outro lado, quem trabalha com arte  tem sempre uma técnica nova para aprender. E por que não ensinar tudo o que aprendo aos meus  pimpolhos? Claro que adaptado a idade, possibilidades e capacidade de criar. Por isso, vivo vasculhando novidades na Internet.

Como já disse um vocês no comecinho deste blog, as Artes Visuais me encantam. Como também já disse várias vezes, sou muito curiosa. E quando a curiosidade ataca, não sossego enquanto não aprendo. Foi assim a arte os kirigamis, origamis, Quillings, Pássaros (já apresentados num painel).


Mas, a pintura é algo que me fascina. Adoro pintar com lápis de cor e até que me saio muito bem. Mas, a pintura com tinta sempre foi aquela "pedrinha no sapato". Apesar de tentar muito, os resultados não ficavam bons. Sempre apareciam muitos defeitos. Foi, então  que decidi que aprenderia a pintar com tinta de qualquer jeito.

Há um tempo atrás, assisti alguns vídeos que mostravam um trabalho de art journal , mas arte feia, bagunçada e deixei para la. Talvez aquele não fosse o momento.  Acredito que nada acontece por acaso e que na vida tudo tem o seu momento. 

Mas, tomada a decisão de aprender pintura, passei a pesquisar vídeos que me ensinassem os primeiros passos. Mas, tudo me parecia muito complicado.   Não  mais que de repente, clico num vídeo de Art Journal. Um vídeo da Vicky Papaioannou com um trabalho bonito, daqueles que aguçam a curiosidade. E assisti  todos os vídeos que ela postara. Uma beleza! 

  


                                                         Alguns trabalhos da Vicky

Me inscrevi nas páginas de vários artistas do gênero e, um a um , assisti todos os vídeos postados. Vi trabalhos horrorosos e que jamais faria. Mas também vi muita coisa bonita. Com o tempo, fui selecionando os que gostava dos que não gostava.

Assistindo a uma montanha de vídeos fui percebendo que a era uma arte descompromissada da perfeição. Que valorizava mais a expressão artística. E que tudo funcionava em tom de brincadeira feita de lembranças, momentos felizes ou importantes, de criticas e de reflexões. E comecei a pensar que pintar podia ser muito mais prazeroso do que eu imaginava.

E comecei a fazer com materiais que tinha em casa. Lógico que os primeiros trabalhos ficaram horríveis e nem vou mostrar de tão horrorosos que ficaram. Mas, nao desisti. Afinal, já fiz coisas bem mais complicadas e que deram muito certo.

Depois de praticar um pouco, meus trabalhos de Arte Journal ficaram assim:

 


Aos poucos, fui adaptando alguns  materiais,  comprando outros como stencil, tintas novas e diferentes, blocos de canson, etc.   E era tudo  o que eu precisava  para dar Início ao que buscava. Com o tempo,  fui desenvolvendo o meu jeito de fazer, ou seja, uma expressão minha. 

 

 

Com a insistência, meus trabalhos foram melhorando e eu continuo me divertindo muito  em praticá-la. Tanto, que estou alçando novos vôos. 

 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A MÚSICA POPULAR


A música popular (ou pop) é um gênero acessível e apreciado por inúmeras pessoas. Difere da música erudita ou clássica por não ter tanta elaboração, nem ser tão formal. Difere também da música folclórica, por não se prender a músicas tradicionais de uma região ou de um povo. Mas, com certeza, tem raízes esses tipos, nas músicas religiosas e misturadas com as conquistas das de vanguarda.

A música pop (ou popular) difere de um país para outro. Mas, isto não impede que sejam conhecidas em outros países ou no mundo todo.

No século XIX, os músicos ainda viajavam pelo mundo divulgando seu trabalho para o maior número de pessoas possível.

 Já no século XX, com as primeiras gravações em discos e o advento do rádio tornou essa tarefa bem mais fácil. Milhares de pessoas podiam ouvir músicas sem ter que ir a um evento público ou a um teatro. As músicas chegavam á casa das pessoas



Mais tarde, os avanços tecnológicos do cinema e da televisão propiciaram uma divulgação maior, fato que levou alguns ritmos a uma popularidade internacional. Alguns ficaram bastante conhecidos, como por exemplo, o samba e a bossa-nova (do Brasil), o rock e o country, o rap, o blues e o jazz (dos EUA), o reggae (da Jamaica), a salsa (de Cuba e da Colômbia).




As músicas internacionalmente conhecidas e apreciadas fazem parte de um grupo seleto que ficou conhecido como “word music” ou “música do mundo”.


Ao contrário das músicas eruditas, religiosas e folclóricas, as populares são efêmeras. Fazem sucesso por um tempo limitado e, depois, desaparecem para ceder lugar a outras mais novas. No entanto, é possível perceber que algumas delas se perpetuaram pelo tempo afora e ainda são apreciadas como antigamente.

Nos anos finais do século XX e iniciais do século XXI a Internet veio modificar ainda mais o cenário musical. Agora, milhões de pessoas podem ouvir música em qualquer lugar: na rua, nos transportes públicos (desde que tenha fones de ouvido) ou em qualquer outro lugar, com acessos pelo celular. A internet também colaborou para que a música popular tenha se tornado uma fonte de negócios altamente rentáveis.

Mas, todo este avanço também trouxe consequências. Os lucros fizeram com que as gravadoras de discos selecionassem para gravar as músicas de maior apelo comercial e sem preocuparem com a qualidade das letras. Esta atitude fez com que a população consumisse uma música de qualidade duvidosa.


Por outro lado, a facilidade proporcionada pela internet e os lucros ligados ás atividades musicais alimentam sonhos. A esperança de uma vida tranquila financeiramente faz com que muitas pessoas se julguem talentosas e postem nas redes sociais, verdadeiras “aberrações musicais e vocais”. E, em meio a esse mar de porcarias, ainda encontramos pessoas verdadeiramente talentosas.

Outra consequência é a mudança do conceito de sucesso. Antigamente, ouvia-se uma música e se apreciava a letra, o ritmo e a melodia. Só então se comprava o disco (LP) ou o CD. A quantidade de vendagem de LPS ou de CDs determinava o sucesso dessa música.

Nos dias de hoje, o sucesso é medido pelo número de visualizações nas diferentes redes sociais. As postagens que recebem milhões de acessos chamam a atenção e são consideradas bem sucedidas. Mas, nada garante que as pessoas apreciaram a música ali exposta. Por isso, muita gente faz “sucesso” sem merecer. 

domingo, 13 de julho de 2014

A MÚSICA ELETRÔNICA

Nas primeiras décadas do século XX, a música de vanguarda e, em especial a música concreta, vivia uma fase de prosperidade criativa. O inusitado e a variedade dessas experiências sonoras despertavam interesse.


Os sons que destinados a realizar interferências nas músicas podiam se puros (ou seja, não precisavam combinar com a harmonia melódica e da tonalidade); impuros (exatamente como eram produzidos) ou os chamados “sons brancos” (como um somatório de sons com boas possibilidades sonoras e que passavam a fazer parte da melodia).

Toda essa experiência era muito cara e levava muito tempo porque tudo era feito manualmente. Por outro lado, exigia que o compositor (ou músico) fosse suficientemente hábil para tocar e manipular os instrumentos. Outro grande entrave era que as novas aparelhagens exigiam um ambiente especial. Mas, a liberdade que tinham para criar e experimentar fazia com que tudo valesse a pena.

 theremin ondes martenot

trautonium

Na Alemanha (1930) surgem os primórdios dos instrumentos eletrônicos. O “theremin”, o “ondes martenot” e o “trautonium” trouxeram maiores facilidades e maior liberdade para experimentar e explorar os sons além de ampliar o poder criativo acenando com novas e imensas possibilidades. Porém, não durou por muito tempo.


Em 1940, os governos da Itália, da Rússia e da própria Alemanha passaram a interferir, controlando e coibindo os experimentos. Afirmavam que os vanguardistas faziam uma “arte degenerada”, tal qual aberrações artísticas. Muitos compositores foram presos e castigados severamente. Principalmente, os de origem judia, que foram acusados de serem “bolchevistas”.

De modo geral, os compositores e artistas de outros seguimentos artísticos (pintura, escultura, arquitetura, literatura etc) ficaram impedidos de trabalhar ou de expor seus trabalhos anteriores. Muitos deles foram perseguidos, banidos ou presos e viram suas obras queimadas em praças públicas.


Esses governos desejavam que as artes em geral voltassem ao modelo clássico tradicional. Aliados politicamente, esses países viviam um momento de euforia nacionalista apoiados pelo sonho de uma raça e uma cultura superior, uma das loucuras de Hittler. Por isso, somente eram permitidas e divulgadas as composições que falassem dos feitos heroicos e dos valores cívicos dessas nações. Podiam ser tonais, alegres ou ritmadas, mas deviam ter forte apelo nacionalista, pois se preparavam para a eclosão da II Guerra Mundial, que aconteceu nos anos finais da década.

E, diante da pressão governamental, todas as formas de arte tiveram um retrocesso. Alguns compositores conseguiram fugir da Europa durante antes e durante os tempos de guerra. Mas, muitos acabaram presos e mortos nos campos de concentração.

Quando a guerra acabou, os compositores vanguardistas retomaram suas experiências. Recolheram os “cacos” do que havia sobrado de seus registros. Foram tempos difíceis. Porém, o que foi ruim, também trouxe muitas mudanças para as artes em geral.


Na década de 50, os vanguardistas reconheceram que os experimentos anteriores eram primitivos e que tudo já estava ultrapassado. Durante os tempos de guerra, novas tecnologias foram desenvolvidas e que podiam ser aproveitadas. Surge assim, novas e imensas possibilidades através dos sons eletrônicos.

Os novos compositores abraçaram as novas ideias. Aperfeiçoaram e diversificaram os aparelhos eletrônicos possibilitando inovações nas experiências sonoras. Os aparelhos tornaram-se mais acessíveis, mais leves e fáceis de transportar, já não precisavam de tantos aparatos ou de ambientes especiais. Tornavam também o trabalho mais simples. O que era feito manualmente, agora podia ser bem mais rápido: coisa de poucos minutos.


Os vanguardistas da música eletrônica perceberam que o público também havia mudado. Não se interessavam mais pelo inusitado dos instrumentos, mas pelo resultado final do trabalho, ou seja, da obra em si.


Nas décadas seguintes, os vanguardistas encontraram um campo aberto para suas experimentações. E a música concreta avançou fecunda e criativa. É verdade que nem todas foram sucesso e que algumas foram consideradas “verdadeiras transgressões musicais”. Mas, fazem parte dos avanços.