Em 1959, com o objetivo de uma nova linguagem na arte abstrata
brasileira, Lygia passa a fazer parte do Movimento Neoconcreto, no Rio de
Janeiro. Lygia participa da Primeira Exposição Nacional de arte Neoconcreta, no
MAM do RJ. Na mesma exposição estão: Amilcar de Casstro, Sergio Camargo,
Gerreira Gullar e outros. Lygia cria seus quadros com a intenção de ultrapassar
os limites da superfície e levam o nome de “UNIDADES”.
Entre
os anos de 1960 a 1964, Lygia cria a série “BICHO”. São esculturas geométricas metálicas,
articuladas por dobradiças. Com essa série, Lygia queria garantir a
participação do público. Cria ainda uma outra série, a “OBRA MOLE” com pedaços
de lâminas de borracha, incrementada de sacos plásticos, pedras, conchas e
outros.
Em 1964, passa a lecionar no Instituto Nacional dos Cegos.
Entre
seus trabalhos destacam-se: “NOSTALGIA DO CORPO” (1968) uma obra sensorial que
propõe ao público a sentir, por ex: o sopro da respiração ou o contato de uma
pedra sobre a mão. Coisas simples e corriqueira, mas que não paramos para
perceber.
No mesmo ano, ainda propõe “A CASA É O LABIRINTO”, uma simulação do
útero. O público pode percorrer e ter uma experimentação tátil em diversos
compartimentos.
Entre
1970 a 1975, Lygia volta a Paris. Leciona no curso de Comunicação Gestual da
Faculdade de Artes Plásticas St. Charles, na Sorbone. Ali desenvolve experiências
terapêuticas usando objetos sensoriais com seus alunos.
Em 1973, cria a “BABA
ANTROPOLÓGICA, onde algumas pessoas derramavam fios que saiam de suas bocas sobre
alguém que estava deitado.