sexta-feira, 22 de julho de 2016

CURIOSIDADES SOBRE OS PRIMÓRDIOS DO VESTUÁRIO


Há 25 mil anos atrás, na Era Paleolítica, mais precisamente, na Idade da Pedra Lascada, as peles amarradas ao corpo que os homens primitivos usavam eram muito duras e atrapalhavam sua mobilidade no momento da caçada ou na fuga de algum predador, embora também os protegesse contra espinhos, galhos e algumas vegetações mais rijas além do frio.


Com o passar do tempo, na Idade da Pedra Polida, os homens primitivos descobriram que essas peles ficavam mais moles, macias e mais esticadas quando as mastigavam. Assim, cobriam mais o corpo, sentiam menos frio e ainda se protegiam mais naquele ambiente inóspido. Presume-se que essa roupagem se tornou popular entre as inúmeras tribos.


Foi ainda na pré-história (era Paleolítica) que os primeiros humanóides começaram a conviver e a se relacionar com alguns animais. No começo, os animais menos ferozes, como os cães, serviam de companhia. E a domesticação foi essencial. Mais tarde, sentiram a necessidade de se fixar num pedaço de chão e de criá-los. Foi então que passaram a usá-los como auxílio para o trabalho. O gado zebu foi usado como força para o trabalho de arar a terra. O cavalo foi usado como montaria e outros animais como a vaca, porco, cabra, coelho, ovelha e galinhas na alimentação.


Nessa época, era um costume tribal fazerem um entrelaçado de pequenos galhos e ramos para fazerem barreiras para represarem a água, escudos para se defenderem nos ataques de animais ou nas lutas contra os inimigos e cestos para guardares seus pertences ou estocar comida. A inspiração para esses trançados veio, provavelmente, da observação das teias de aranhas ou dos ninhos que as aves construíam. Estes objetos criavam uma das mais duradouras de suas invenções: a tecelagem.

Uma dessas criações foi importantíssima para a implantação das vestimentas. Foi a criação de ovelhas. Não se tem uma informação precisa de quando isso aconteceu. Mas, sabe-se que a carne servia como alimento. Já a pele, servia de vestimenta e percebiam que ela deixava o corpo aquecido por isso, também eram usadas como leito ou como cobertura nas estações mais frias em algumas tribos. O fato é que logo se propagou. Quando eram muitas e já tinham o suficiente, jogavam-nas fora. E foi assim por milênios.

Também não se sabe qual povo, quando ou onde, mas presume-se que acerca de 12 mil anos atrás, na Era Neolítica ou idade da Pedra Polida, os hominídeos brincando ou experimentando descobriram uma nova finalidade para elas. Descobriram que com a pele das ovelhas podiam fazer um fio. E imitando a tecelagem dos cestos, os entrelaçavam de forma rústica formando uma espécie de tecido macio e quente. E descobriram a lã.

O trançado manual era bastante complicado, pois a lã era maleável demais. Então, começaram a experimentar algo que facilitasse o trabalho. E foi nessa experimentação que descobriram ou inventaram o primeiro tear manual. Era rústico como o seu ambiente. Era feito de troncos e galhos e passavam os fios sobre eles e iam entrelaçando outros. E o resultado foi um tecido grosseiro, mas bem quentinho. E os utilizaram cobertores e mantas que jogavam sobre o corpo, tapetes e enfeites para as casas.

As mulheres se encarregaram de fazer os tecidos enquanto os homens se dedicavam aos cuidados da criação dos rebanhos.

A invenção se espalhou. Várias tribos e vários povos a utilizaram. Com o tempo, foram experimentando outros materiais retirados da própria terra com abundância, como a fibras vegetais do linho e do algodão por exemplo.
 
                                             tear manual onde hoje é Portugal 

                                                     tear manual na África

Cada povo tentou adaptar o tear com o que tinha em suas terras. Outros tentaram melhorá-lo. E ainda hoje os utilizamos e os adaptamos ás nossas necessidades, a novos materiais e a tecnologia de que dispomos.

A tecelagem é, portanto, a mais antiga forma de artesanato que conhecemos.


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