quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

AS DAGUERREOTIPIAS











Com a morte de Niépce, Louis Daguérre e Dumas continuam o trabalho. E depois de muitas experiências, em agosto de 1839, Daguérre apresenta um novo processo à L’Acadêmie des Sciènces er Beaux Arts de Paris. Um processo que viria a ser revolucionário que ficou conhecido como “Daguerreotipia”.



Era um processo complexo e trabalhoso. Era preciso fazer uma chapa de cobre e prata e submetida a vapores de iodo e que devia ficar exposta a luz por um longo tempo numa câmara escura por cerca de 4 a 10 minutos, dependendo da iluminação do objeto. Depois disso, essa placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido que aderia nas partes onde a luz incidira e assim a imagem aparecia. A imagem gravada então era revelada e fixada por uma solução de tiossulfato de sódio.


imagem obtida na placa no processo de Daguerre

A imagem obtida era rica em detalhes e com tal perfeição que impressionava a todos. O resultado era uma fotogravura. Mas ainda não era uma fotografia.



Apesar da perfeição da imagem, haviam alguns inconvenientes. O primeiro deles era que o manuseio dos produtos químicos era muito perigoso, principalmente, quando esse manuseio era realizado por pessoas com poucos conhecimentos de química. 


O segundo inconveniente era o custo. Cada chapa produzia apenas uma única imagem. Este fato impedia que cópias dessa imagem fossem reproduzidas. Para isso, era preciso que novas chapas na quantidade de cópias fossem preparadas encarecendo o processo.


O terceiro era a lentidão do processo. A chapa deveria ficar exposta à luz por um longo espaço de tempo. Por isso, era melhor que as imagens fossem de prédios, monumentos e natureza morta pois permaneciam o tempo todo imóveis. Já os retratos eram bem mais difíceis porque as pessoas (ou os modelos) deveriam ficar imóveis por um período de 30 a 45 minutos, tempo necessário para que a chapa captasse a imagem e seus pormenores. Desse modo se piscassem ou respirassem mais profundamente, a imagem ficaria toda embaçada, equivalendo a perda do trabalho. Muito menos essa imagem poderia ser usada pela imprensa, que ainda dependia dos desenhistas e gravuristas para ilustrar as publicações.


Apesar dos inconvenientes, a técnica se tornou popular. E, em pouquíssimo tempo, era usada no mundo todo, incluindo-se os lugares mais longínquos. Seja como for, Louis Daguérre foi o primeiro a dar um passo gigantesco na questão das imagens obtidas e para a história da fotografia.

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