terça-feira, 14 de julho de 2015

O CINEMA NA ERA DA COR

Embora os filmes sonoros causassem frisson no início e uma grande polêmica posteriormente, há quem achasse que os filmes também deveriam ser coloridos já que a intenção era refletir a realidade. E a realidade é, sem dúvida, colorida.

                                                   filme mudo "VIAGEM À LUA" pintado a mão

Durante o cinema mudo já haviam experiências com filmes coloridos. Era uma trabalheira danada porque era preciso colorir manualmente foto a foto. No entanto as experiências dessa época eram mais por curiosidade em saber como ficariam.

A partir de 1906, outra novidade estava para causar novo frisson e nova polêmica. Uns “doidinhos” inventaram um sistema em duas cores e que ficou conhecido com o nome de “Technicolor”. Mas, a experiência não deu muito certo, o público se decepcionou com a novidade e as tentativas foram deixadas de lado.

Cartaz do filme "VAIDADE e BELEZA" rodado em Technicolor de 2 cores.

Por outro lado, as indústrias cinematográficas, fosse por questões financeiras, por idealismo estético ou por acreditarem que “não se mexe naquilo está dando certo” e, continuaram investindo nos filmes em preto e branco. Por sinal, investiram em grandes produções e excelentes temas.

Uma ideia boa, mesmo que tenha uma experiência desastrosa, nunca morre. Há sempre algumas que acreditam nela e investem pesado em pesquisas até encontrarem uma resposta favorável. E foi o que aconteceu com o tal sistema TECHNICOLOR. Foram levantados os problemas, estudadas as soluções, reformulado integralmente e por volta de 1933 estava agora totalmente reformulado. Tinha agora um sistema de três cores comercializáveis e que podiam se misturar formando inúmeras tonalidades bem próximas ao real. O filme “VAIDADE E BELEZA” (1935), do diretor Rouben Mamoulian foi a primeira experiência deste novo sistema em algumas cenas. Na década de 1950, o filme "O LADRÃO DE BAGDAD", do diretor Michael Powell, foi o primeiro a ser totalmente rodado em Thecnicolor.

 


 
cenas do filme "O LADRÃO DE BAGDÁ" - Technicolor de 3 cores.

Embora ainda enfrentassem a tese defendida por alguns diretores (Frank Capra foi um deles) de que a cor denegria a arte cinematográfica. Mas o público gostou e aprovou o novo sistema.

Em 1953, um novo sistema foi experimentado: o CINEMASCOPE. Este novo sistema veio revolucionar tudo o que se sabia sobre a cor nos filmes. O sistema cinemascope usava apenas uma câmera de filmagem, um projetor e um filme padrão de 35 milímetros. A imagem tinha um formato comprimido no sentido horizontal e se descomprimia por meio de lentes especiais (anamóficas) durante a projeção, o que permitia que as imagens se adaptassem a todos os outros sistemas. O primeiro filme rodado integralmente neste sistema foi “O MANTO SAGRADO”, do diretor Henry Koster e cujo protagonista foi Victor Mature. Este filme foi indicado ao “OSCAR” de 1953 e em três categorias diferentes.



cenas do filme "O MANTO SAGRADO" - cinemascope

O cinema colorido tornava-se, finalmente, uma realidade. E chegou em grande estilo e com uma grande produção. Tempos depois as indústrias cinematográficas estavam rendidas ao sistema de cores em suas filmagens, totalmente integradas ao novo sistema, não só pelas facilidades que se lhes apresentavam, mas também pelas exigências do mercado cinematográfico.

Após a Segunda Guerra Mundial, a popularização da televisão veio trazer um novo desafio para as indústrias cinematográficas. E como resposta ao novo desafio elas aumentaram as telas de projeção e melhoraram e muito seus espetáculos.

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