quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O CINEMA MUDO

Desde o início do cinema, seus inventores e produtores tentaram sonorizar seus filmes. Mas, foram tentativas frustradas. Para evitar a monotonia, os filmes eram acompanhados de músicas ao vivo, narrações, diálogos legendados entre uma cena e outra e, até mesmo, improvisavam alguns efeitos especiais. Mas, não há demérito nenhum nisso. Afinal, o cinema e os filmes estavam dando os primeiros passos e as pessoas estavam investindo no cinema e contribuindo para sua evolução.

Os primeiros filmes tinham imagens em preto e branco. Os coloridos que apareceram a seguir eram pintados à mão quadro a quadro, como os de Georges Méliè.

Entre 1919 e 1929 surgiram grandes cineastas do cinema mudo e com eles, novas escolas. Na França, o Cinema Impressionista ou o Cinema de Vanguarda fez surgir:


 ABEL GANCE - com os filmes “NAPOLEON” (um épico onde ele mesmo interpreta  Napoleão) e “J’ACCUSE”.


 JEAN EPSTEIN, com o filme “A QUEDA DA CASA DE USHER” (1929)

 GERMANE DULAC, com o filme “LA SOURIANTE MADAME BEUDET”


  JEAN RENOIR, com o filme “A MOÇA DA ÁGUIA” e que, mais tarde, auxiliaria na construção de uma nova escola cinematográfica: a do Realismo Poético Francês.

O expressionismo alemão coloca em destaque os filmes:


ROBERT WIENE, diretor do filme “DAS CABINET DES DR. CALEGARI” (1920), um filme de terror, onde ele mesmo faz o papel do Dr Calegari.


 FRIEDRICH WILHELM MURNAU que, em 1922 dirigiu dois filmes: “NOSFERATU” e “PHANTON"

 FRITZ LANG, que, em 1927, dirige o filme “METRÓPOLIS”. Outros filmes que merecem destaque nessa época foram: “O GABINETE DAS FIGURAS DE CERA” e “A ÚLTIMA GARGALHADA”.

O surrealismo espanhol destacou:


 LUIS BUÑUEL, com o filme “UM PERO (cão) ANDALUZ” com legenda em português, em 1928, e “A IDADE DO OURO”.


 SERGUEI EISENSTEIN (cineasta russo) cria uma nova técnica de montagem que ficou conhecida como “montagem intelectual ou dialética. O filme que marcou sua carreira foi “O COURAÇADO DE POTEMKIN”, de 1925.


  DZIGA VERTOV dirigiu o filme “O HOMEM COM A CAMERA” e fez um documentário bastante sofisticado chamado “CINE-OLHO”. Destacam-se ainda os filmes de arte: “AELITA” e “TERRA”.


 CARL THEODOR DREYER, cineasta dinamarquês, produz o filme mudo “LA PASSION DE JEANNE D’ARC” (1928) que contava com Maria Falconetti (atriz) no papel de Joana D’Arc. Por valorizar a expressão facial dos atores, o filme foi considerado um dos melhores filmes da história do cinema.

Dessa época, restaram poucos filmes em bom estado de conservação. A maioria deles se perdeu. Uma parte ficou esquecida num canto qualquer, sem conservação ou cuidado. Outra parte, destruída na II Guerra Mundial. Uma outra parte, destruída para a retirada do nitrato de prata usado nas películas.

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