sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ENQUANTO ISSO, A DANÇA CLÁSSICA INOVA

Apesar do balé clássico ter sido muito criticado por bailarinos e coreógrafos por conta da disciplina rígida exigia, a beleza dos espetáculos e a perfeição dos movimentos (para a época) continuavam impressionando a todos que os assistiam.

É preciso saber que, até o final do século XVII, existiam cinco posições fundamentais que os caracterizavam.

 

Por volta de 1870, as bailarinas italianas espalhavam uma nova mudança na dança clássica. Apresentavam uma dança mais acrobática e mais sensual.

 

No inicio do século XVIII, o balé clássico inova com uma nova posição: passos na ponta dos pés. Esse passo ou posição exigia da bailarina uma leveza que impressionava o público que assistia. Essa nova posição dava á bailarina maior expressividade. Mas esta nova posição era tipicamente feminina, por isso, as grandes escolas passaram a ter mais mulheres que homens.


Aos bailarinos cabia o papel de suporte. Precisavam ser fortes, belos e expressivos, capazes de amparar a bailarina com o próprio corpo nos movimentos de ponta, segurando-a pela cintura, de levantá-la e sustentá-la no alto. Cabia-lhes também o papel do par romântico das histórias amorosas dançadas. E com isto, a dança clássica adquiriu uma sensualidade inovadora para os padrões da época.


A monarquia russa sempre quis mostrar poder e grandiosidade. Por isso, os governantes incentivavam e investiam recursos na dança. Todo esse interesse atraiu talentos de todas as partes do mundo. Mas, foi no início do século XX que a influência do balé russo invadiu os espetáculos e ganhou a Europa de ponta a ponta.

QUEM FOI NIJINSKY?

Diaghilev Nijinsky foi bailarino, amante das artes e autor de peças dançantes como a “Sagração da Primavera” e “Balanchine”. Acreditava ser possível reunir num espetáculo vários tipos de artes. Por isso, os cenários de suas peças foram assinados por grandes nomes da pintura. As músicas de suas peças eram sempre inéditas e compostas por grandes compositores, como Stravinsky, por exemplo.

Pensando dessa forma, Nijinsky organizou um “grupo itinerante” e se apresentou o grupo em todos os grandes centros europeus, fazendo enorme sucesso. Com ele, trabalharam grandes nomes do balé. Anna Pavlova foi uma delas.

  
                                           Um pouco das performances de Nijinsky

Nijinsky e Pavlova trouxeram inovações para o balé clássico. Deram mais destaque ao corpo de baile, deixando de ser apenas um tipo de figuração.

                                                                        Anna Pavlova

Com Nijinsky, o balé clássico ressurge no Ocidente com peças ricas e, ás vezes, polêmicas. Espetáculos extremamente virtuosos, poéticos, inovadores e modernos que ganham a atenção do público e novos talentos despontavam e novos grupos de dança aparecem no cenário artístico da dança.



Em 1920, um desses grupos, fundado por Rolf de Maré e o coreógrafo Jean Börlin  e de origem sueca, causou grande polêmica durante 5 anos. O grupo rompia com as tradições do balé clássico e apresentava-se com uma coreografia inovadora e mais contemporânea. As obras mais famosas deste grupo foram: “La Création du Monde”, apresentada em 1923 e “Relâche”, em 1924, que apresentava um filme enquanto dançavam. Eles também foram os responsáveis pela introdução da arte cubista no balé “Ícaro”, onde expunham uma obra de Picasso como cenário.

                                                                 grupo sueco

Em 1925, as pressões e críticas sobre o grupo e sua forma de dançar foram tantas e tão fortes, que o grupo se desfez. No entanto, não passaram em branco. As danças clássicas acabaram por incorporar outros movimentos mais modernos e marcantes em suas coreografias.

Fonte de pesquisa

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