segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ORIGEM DO CARNAVAL


Voltemos no tempo. Um tempo muito distante que nos leva aos primórdios da humanidade. Num tempo em que os homens acreditavam em muitos deuses e que eles viviam entre os mortais.

Nossa história começa no Oriente. Mais precisamente, no Egito. Segundo documentos históricos, nesse país se festejava a fertilidade da primavera, quando se agradecia a Osíris, deus do vinho no antigo Egito. A Festa de Osíris, como assim era chamada na época, acontecia quando as águas do Rio Nilo recuavam deixando à mostra grande extensão de terras férteis.
 
Oferenda a Osíris                          Detalhe da festividade

Mais ou menos na mesma época, na Grécia, outra festa semelhante acontecia. O homenageado era Dionísio, filho de Zeus (deus dos raios e trovões) com a princesa Sêmele (humana e mortal). Por causa da origem humana e mortal, Dionísio fica impedido de conviver com outros deuses no Olimpo.

Durante a adolescência, Dionísio aprendeu os segredos da agricultura da vinha. Aprendeu sobre o plantio, as podas, os cuidados com as uvas e o fabrico do vinho. Por isso, foi considerado o “deus do vinho”. E, apesar da idade, torna-se um notório consumidor de vinho.

Dionísio e as bacantes

Dionísio gostava de festas, perseguições amorosas e de atividades ritualistas. Vivia cercado por mulheres humanas (as bacantes), que embriagadas pelo vinho lhes satisfaziam todos os desejos. Enquanto isso, sátiros, centauros, elfos e ninfas que tocavam flautas e dançavam para animar as orgias.
De tempos em tempos, Dionísio e seus seguidores desciam as montanhas e iam para o centro do povoado em uma bela carruagem enfeitada com flores e uvas. Durante o passeio, mexiam com as pessoas e ofereciam-lhes vinho. Algumas pessoas seguiam o cortejo. Com o passar do tempo, esse passeio se tornou tradição.

Séculos depois, com o crescimento do Império Romano veio o desejo de expandir o território. Durante essa expansão, os romanos entraram em contato com as tradições gregas e levaram consigo algumas delas. Entre essas tradições, a homenagem a Dionísio.

Invasão romana

Os romanos modificaram um pouco essa festa. Elegeram Baco ou Saturno, como o novo homenageado. As bacantes foram substituídas pelas saturnais, sacerdotisas do templo de Baco. Nessa festa havia grande liberdade de costumes (prazeres carnais), muita comida e bebida. Por causa disso, a festa ficou conhecida como Carnevale e passaram a ter a duração de três dias.
  
                        Baco                                                          Cortejo romano

Na idade Média, com a ascensão do cristianismo e do grande poder que a Igreja passou a assumir, os prazeres carnais foram abolidos. Com isto, a tradição perdeu força. Mas, enquanto em Roma a festa perdia força, a de Veneza ganhava expressão.

Veneza, nessa época, era uma pequena república, mas que tinha grande importância e poder para a região. Possuía um poderoso centro mercantil e servia de caminho obrigatório para a Itália e rotas para a China e outras regiões do Oriente Próximo. Daí ter um centro de característica multicultural.

O Caminho das Máscaras

Os festejos do Carnaval em Veneza tinham um toque diferente. Os foliões, usando máscaras, passaram a brincar nas ruas em forma de cortejo, elogiando ou criticando os governantes ou a Igreja. Esse cortejo (conhecido como “Liston dele Maschere” ou caminho das máscaras) era acompanhado por mágicos, acrobatas, saltimbancos, mercadores e charlatães e nobres com suas roupas de seda e muitas jóias. Os foliões compravam dos mercadores os famosos “mattaccinos” ou “ovos perfumados” para atirarem uns nos outros ou pelas janelas das casas de alguma moça casadoura.

 
                     músicos                                           vestimentas                                      máscaras

Á medida que o tempo foi passando, o Carnaval de Veneza foi enriquecendo em termos de música, de vestuário (cada vez mais rico e exótico), das belíssimas máscaras confeccionadas em sedas. Enfim, os festejos passaram a fazer parte da cultura local e impressionou o mundo por muitos séculos. Algumas figuras desses festejos ficaram imortalizadas, como o Arlequim, a Colombina, o Pierrot e o Polichinelo.

 
                                        Arlequim, colombina e Pierrot                        Polichinello

Outros países passaram a festejar também o Carnaval. Mas, cada um com seu próprio jeito e pouca expressão.

Fonte

Resumo (bem resumido) de um trabalho de pesquisa realizado em fevereiro de 2002, com acesso pela Internet aos arquivos do Centro de Pesquisas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, para o curso de Arte-Terapia.

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