domingo, 4 de agosto de 2013

REVIRAVOLTA NA DANÇA

Em meados do século XIX, a dança sofre uma nova reviravolta. Essa reviravolta, com uma forma de dança mais solta, leve, livre e real provocou uma renovação no jeito de dançar. E a razão dessa mudança toda foi uma mulher. Seu nome: “Isadora Duncan”.

ISADORA DUNCAN

O casal Dora Gray Duncan (pianista e professora de música) e de Joseph Charles (poeta) já com dois filhos via nascer, em 27 de maio de 1877, na cidade de São Fransisco, EUA, uma menina que receberia o nome de Ângela Isadora Duncan. Algum tempo depois do nascimento de outro filho, os pais de Isadora se divorciam.

Isadora e seus irmãos são criados pela mãe. Levavam uma vida cheia de dificuldades, mas que em nada impediu a educação das crianças. E essa educação foi primordial para as crianças que, além da educação escolar recebiam da mãe aulas de literatura, poesia, música e artes plásticas.

Isadora era uma criança precoce e, aos 4 anos, mostra grande interesse pela dança. Esse interesse fez com que a mãe a matriculasse num curso de balé clássico.

Aos 11 anos, Isadora mostrava-se já era bastante determinada e com personalidade forte e marcante. É a época em que decide montar um espetáculo coreografado por ela mesma. Para esse espetáculo reuniu três coisas que a encantavam: os movimentos da natureza, as músicas de Wagner, Chopin e Beethoven e as esculturas da Grécia Antiga. Dessa maneira, dançou com os cabelos meio soltos, pés descalços e vestiu uma túnica de seda à moda grega. Preferia usar a música de Wagner, mas como as músicas dele e de Chopin eram consideradas subversivas, optou pelas de Beethoven. Era um espetáculo com máxima liberdade de movimentos, ora improvisados e inspirados no movimento do vento ou das plantas dentre outros, ora formando esculturas gregas em pleno palco, tendo ao fundo apenas uma cortina azul. E fez muito sucesso de público e de crítica.

   

A partir de então, Isadora e irmãos passam a participar de novos espetáculos, tendo a mãe ao piano. Pouco a pouco, Isadora se desprende da rigidez do balé clássico e aperfeiçoa sua técnica. Sua técnica inovadora. Uma arte leve que, através da expressão corporal, transmite toda a energia que vem do fundo da alma e onde qualquer cenário é supérfluo. Uma técnica que é completamente diferente do usual. E Isadora passa a ensinar esse novo jeito de dançar.


Isadora vai para a União Soviética em busca de mais liberdade para trabalhar. Inspira-se nas danças sagradas da Grécia Antiga. Agora, ao som das músicas de Wagner e Chopim sua expressividade pessoal e suas improvisações ganhavam mais expressividade, beleza, suavidade, energia e realidade. Os cenários continuavam despojados, uma simples cortina azul. E isto encantava o público e o mundo.


Isadora teve uma vida afetiva instável. Jovem ainda casou-se com Gordon Graig (designer teatral), mas logo se separam. Casou-se novamente com Eugène Singer (fabricante das máquinas de costura Singer) e pouco tempo depois, separa-se novamente. E desses relacionamentos resultaram em dois filhos.

Em 1898, aos 21 anos, Isadora vai para Londres, tentar seu reconhecimento profissional no mundo. Busca liberdade e tranquilidade no trabalho e na esfera afetiva. Sua instabilidade emocional é visível, mas continuava brilhando intensamente nos palcos europeus.

E, a partir de então, percorreu o mundo levando sua arte, gerando em todos os lugares muita curiosidade sobre ela.
1902 – apresentação em Paris
1908 – cria e coreografa o espetáculo “The Dance”
1913 – seus filhos e a governanta que os acompanhava morrem afogados no Rio Sena. Por causa disto, Isadora suspende suas apresentações por alguns anos.
1916 – Isadora apresenta-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Está com 38 anos.
1920 – Vota a Moscou. Lá Casa-se com o poeta soviético Serguei Iessienin e separa-se dele, em 1922. Inconformado com a separação, Serguei se mata em 1925.
1925 – Isadora vai para Nice, na França. De lá, não sai mais. Vivia modestamente e sem a fama e o sucesso de outrora.
1927- Isadora escreve “My Life” (sua autobiografia) e morre em 14 de setembro desse ano.
1928 – São editados seus artigos em “The Arte of the Dance” como homenagem póstuma.

Isadora Duncan foi, portanto, a pioneira da dança moderna.

Fonte de pesquisa:

www.infoescola.com › Biografias
pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=

domingo, 28 de julho de 2013

DANÇAS MILENARES

A DANÇA E O TEMPO


Danças Milenares são aquelas que eram realizadas pelas civilizações antigas como meio de reverenciar os deuses. Tinham, portanto, uma forte ligação com o sagrado.


Os egípcios promoviam grandes eventos tais como festividades de casamentos, funerais e de comemoração da colheita. Nessas festividades as danças serviam como forma de agradecimento pela bondade dos deuses ou motivo para pedir proteção.

Os gregos acreditavam que o poder dos deuses era mágico. Assim, cada deus tinha seu próprio ritual realizado com danças. Mas, além do ritual sagrado, elas ainda tinham outras finalidades, como por exemplo, a de preparar fisicamente grupos de atletas e de guerreiros. Ou, como parte do teatro da época onde os dançarinos formavam o “coro”.

A elite da civilização romana não deu crédito para a dança. Isto porque, na Idade Média se dá a grande expansão da fé cristã e com ela a responsabilidade da Igreja em evangelizar e cultuar o Cristo. Por causa disso, a Igreja determinava o que era sagrado e o que era profano. E a dança, com seus movimentos corporais, é considerada como prática profana. Com o tempo, foi sendo esquecida. Mas, como forma improvisada e de diversão ainda podiam ser vistas nos campos da região.

No século XVI, surge o Renascimento. E com ele, mudanças no pensamento e nos costumes. É também nessa época que a dança reaparece. Tem um sentido de improvisação, de ludicidade e diversão que encanta o povo italiano. Essa dança espontânea e comunicativa recebe o nome de “balleto”. Em pouco tempo, se torna agradável e passa a ser apreciada pela nobreza, ganha status social e projeção dentro e fora da Itália. E os “balletos” chegam ás terras francesas no século XVII.

O Renascimento trouxe muitas mudanças no pensamento e nos costumes. E com essas mudanças a dança ressurge. Mas de uma forma diferente. Estudos sobre ela passaram a ser feitos por pessoas e grupos organizados passando a ser conhecida como “balé”. A consequência desses estudos traz uma complexidade maior. A dança deixa de ser apenas diversão e passa a exigir mais disciplina.  Experimentam novos ritmos e novos passos. 
As novas apresentações exigem um lugar mais apropriado dos que os grandes salões da monarquia. Dessa maneira, transferem-se para os palcos dos teatros. E com essa transferência surgem os espetáculos de dança realizados por “profissionais”, mas que ainda como algo que ficava entre o teatro e as pantomimas.
Nova era se inicia: o Romantismo. Outras mudanças acontecem. Os contos de fadas da literatura fazem grande sucesso. Histórias de Andersen, dos irmãos Grimm e de outros são lidos por todos e em todos os grandes centros da Europa. E por que não contá-los de outra maneira? Numa outra forma linguagem? Numa forma onde a música e corpo se unem e se fundem num movimento ímpar?
E de expressões pessoais ou grupais, as danças passam a contar histórias completas, com início, meio e fim feliz. Essas histórias falavam de fadas, bruxas, magias e feitiços.

Mas, para contá-las era preciso que essa linguagem fosse entendida pela platéia. E surgem os grandes, ricos e belos cenários que transformavam os sonhos em realidade. Os personagens também tinham que ser reais e surge sua caracterização por meios dos esplendorosos figurinos. A música encomendada aos mais virtuosos compositores da época. E foi assim que a dança alcançou triunfo. Eram espetáculos deslumbrantes e apaixonantes por sua sensibilidade. E se tornaram grandes espetáculos. E surgem as primeiras escolas oficiais de dança, como a retratada nesta pintura.

Fonte de pesquisa


http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=

quinta-feira, 18 de julho de 2013

AS DANÇAS E O TEMPO

A História da Dança nos revela quatro grandes movimentos: as danças primitivas, as milenares, a moderna e a contemporânea.

DANÇAS PRIMITIVAS

Nas eras Paleolítica e Mesolítica (de 9000 e 8000 a.C.), os homens viviam num mundo hostil, agrupavam-se em pequenos grupos isolados e nômades, protegiam-se nas cavernas, alimentavam-se da caça, da pesca, da colheita de frutos e vegetais retirados da natureza. Uma época em que a luta pela sobrevivência era uma constante. E diante de todo esse esforço buscaram um meio de expressar seu modo de vida.

Criaram, então, uma espécie de jogo: a imitação dos animais que conheciam, admiravam e que tanto temiam. Era sem dúvida uma expressão individual, mas que todos (homens, mulheres, crianças, jovens e idosos) podiam participar.

As pessoas, cobertas com peles de animais abatidos se posicionavam em forma circular em torno de um animal caçado. Corriam, saltavam, imitavam os movimentos desse animal, expressavam a forma de seu ataque e os movimentos de defesa dos caçadores.

Ao longo do tempo, as pessoas passaram a acreditar que, agindo dessa maneira, encarnavam o espírito, a coragem e a força dos animais abatidos. De vez em quando, ouvia-se um grito. Era alguém mais empolgado que soltava a voz na imitação do urro do animal reverenciado. E essa ação oral passou a ser repetida pelos demais.

E essa expressão oral foi, aos poucos, sendo aliada aos movimentos. Ganhou força e terminou sendo integrada aos movimentos dos jogos.

Som e movimento. Foi dessa união que surgiu a Música e a Dança. E esses movimentos transformaram-se em rituais.

No período Neolítico (6500 a.C.) os homens deixaram de ser nômade e passaram a se fixar num determinado lugar. Dependiam da terra para plantar e criação de animais. E dessa nova necessidade surgiram a agricultura e a pecuária.

Os rituais, mais do que nunca, estavam evidência. Frutos e vegetais conquistados com o trabalho agrícola eram colocados em torno de uma fogueira. Os rituais, porém, já não tinham mais o sentido imitativo. O sentido era outro: o de pedir proteção contra as intempéries da natureza para que não prejudicassem o plantio e a colheita ou que afugentassem os animais. Pediam que a terra fosse fértil e a colheita farta. E também havia os rituais de agradecimento da fertilidade da terra, dos rebanhos e das mulheres.

Os rituais tinham, agora, uma conotação religiosa. Fazia parte desses rituais: as oferendas, as danças e as expressões orais que se ligavam ao ritmo da natureza. Consequentemente, os rituais ganharam força e se espalharam por todas as tribos.

domingo, 30 de junho de 2013

PEIXINHO DE ORIGAMI

Assistam ao vídeo e confiram  como é fácil fazer um peixinho de origami! 


Depois, é só ensinar aos filhos ou alunos e criar muitas coisas bonitas!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ESCULTURAS FEITAS DE PAPEL: novo conceito de escultura

Alô minha gente!

Pesquisando, encontrei esta maravilha! É um novo conceito de esculturas, feitas em papel machê e emolduradas como um quadro. Vejam a beleza, a perfeição e a delicadeza de cada composição. Vários artistas se dedicam a este minucioso trabalho.

Parabéns aos artistas da PAPER ART.


LINDOS! 

domingo, 16 de junho de 2013

MÍMICA: A ARTE SEM PALAVRAS

OS MOVIMENTOS E O HOMEM (2)

Segundo Laban, os seres humanos se movimentam para satisfazer uma necessidade. Por isso, todo movimento tem um objetivo seja atingir algo que é de seu interesse ou para dirigir-se a algum lugar específico. 

Quando um movimento, de pegar uma maçã por exemplo, é realizado com rapidez as pessoas que o observam não percebem nada além do próprio movimento. No entanto, se esse movimento for realizado com voracidade, os observadores poderão perceber o desejo ou a intenção de comê-la. 

O movimento em si não necessita de adaptar-se a caracteres, ás ações, ás épocas ou ás situações. Mas, a observação e a compreensão podem ser influenciadas pelo ambiente em torno do ser que se move dando a cada ação, um colorido diferenciado. É o caso da mímica, uma forma gestual de expressar ideias, pensamentos e sentimentos em que as palavras não são utilizadas. Assistam o vídeo ilustrativo onde o mímico se vale dos movimentos corporais para se comunicar.

                                     

 Enquanto forma de expressão artística, a MÍMICA faz parte da dramaturgia e sua  origem  é muito antiga. Dizem alguns estudiosos que essa arte surgiu no antigo teatro grego e estaria atrelada às musas: Polímnia (comédia), Terpsícore (dança) e Calíope (poesia).

O florescimento desse teatro ocorreu no século e  IV antes de Cristo. Nessa época, a forma mais elaborada era a "hypothesis" e que poderia ser uma comédia ou um drama. Os atores construíam e desenvolviam seus personagens, usavam máscaras e apresentavam-se em dias festivos á luz do dia. Era comum um único ator  representar vários personagens.

Tempos depois, essa forma de teatro foi levada para Roma e adequada ao gosto do público de lá. Com o passar do tempo, os romanos desenvolveram sua própria técnica: a PANTOMIMA.

Com a queda do Império Romano, a Igreja Católica fechou os teatros e proibiu as mímicas. Apesar de tudo,  a arte sobreviveu. Na idade Média, os atores da  chamada  "Commedia dell'arte" precisavam ter um conhecimento maior da arte de criar pensamentos e sentimentos e... de representá-los. 

Os mímicos voltam à cena, apresentando-se em praças, mercados e circos. As performances atraiam o público de todas as camadas sociais pela forma exagerada com que se apresentavam, a temática sempre atualizada e a forma de comunicação muito fácil com a platéia. Foram dessas apresentações que surgiram os personagens do Arlequim, Pierrô e Colombina.  As trupes viajavam por todos os cantos da Europa e disseminavam a forma desse teatro.

Durante a Primeira Guerra Mundial  a mímica ganhou mais importância, sendo incluída em filmes, apesar de estarem sob a vigilância da Gestapo. Após a Segunda Guerra Mundial, Marcel Marceau (e seu personagem "Bip") foi o nome mais expressivo dessa forma artística. Assistam uma das performances de Marcel Marceau,  chamada "The Maskmaker".

Marcel Marceau morreu em 1965.

Até mais. Voltaremos ao assunto.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

VAMOS FAZER UMA FOCA DE ORIGAMI?

OLÁ, PESSOAL!


Vamos aprender a fazer uma foca de origami. O passo a passo está no video. É só assistì-lo para aprender e colocar em prática. Vamos lá?!!