domingo, 28 de julho de 2013

DANÇAS MILENARES

A DANÇA E O TEMPO


Danças Milenares são aquelas que eram realizadas pelas civilizações antigas como meio de reverenciar os deuses. Tinham, portanto, uma forte ligação com o sagrado.


Os egípcios promoviam grandes eventos tais como festividades de casamentos, funerais e de comemoração da colheita. Nessas festividades as danças serviam como forma de agradecimento pela bondade dos deuses ou motivo para pedir proteção.

Os gregos acreditavam que o poder dos deuses era mágico. Assim, cada deus tinha seu próprio ritual realizado com danças. Mas, além do ritual sagrado, elas ainda tinham outras finalidades, como por exemplo, a de preparar fisicamente grupos de atletas e de guerreiros. Ou, como parte do teatro da época onde os dançarinos formavam o “coro”.

A elite da civilização romana não deu crédito para a dança. Isto porque, na Idade Média se dá a grande expansão da fé cristã e com ela a responsabilidade da Igreja em evangelizar e cultuar o Cristo. Por causa disso, a Igreja determinava o que era sagrado e o que era profano. E a dança, com seus movimentos corporais, é considerada como prática profana. Com o tempo, foi sendo esquecida. Mas, como forma improvisada e de diversão ainda podiam ser vistas nos campos da região.

No século XVI, surge o Renascimento. E com ele, mudanças no pensamento e nos costumes. É também nessa época que a dança reaparece. Tem um sentido de improvisação, de ludicidade e diversão que encanta o povo italiano. Essa dança espontânea e comunicativa recebe o nome de “balleto”. Em pouco tempo, se torna agradável e passa a ser apreciada pela nobreza, ganha status social e projeção dentro e fora da Itália. E os “balletos” chegam ás terras francesas no século XVII.

O Renascimento trouxe muitas mudanças no pensamento e nos costumes. E com essas mudanças a dança ressurge. Mas de uma forma diferente. Estudos sobre ela passaram a ser feitos por pessoas e grupos organizados passando a ser conhecida como “balé”. A consequência desses estudos traz uma complexidade maior. A dança deixa de ser apenas diversão e passa a exigir mais disciplina.  Experimentam novos ritmos e novos passos. 
As novas apresentações exigem um lugar mais apropriado dos que os grandes salões da monarquia. Dessa maneira, transferem-se para os palcos dos teatros. E com essa transferência surgem os espetáculos de dança realizados por “profissionais”, mas que ainda como algo que ficava entre o teatro e as pantomimas.
Nova era se inicia: o Romantismo. Outras mudanças acontecem. Os contos de fadas da literatura fazem grande sucesso. Histórias de Andersen, dos irmãos Grimm e de outros são lidos por todos e em todos os grandes centros da Europa. E por que não contá-los de outra maneira? Numa outra forma linguagem? Numa forma onde a música e corpo se unem e se fundem num movimento ímpar?
E de expressões pessoais ou grupais, as danças passam a contar histórias completas, com início, meio e fim feliz. Essas histórias falavam de fadas, bruxas, magias e feitiços.

Mas, para contá-las era preciso que essa linguagem fosse entendida pela platéia. E surgem os grandes, ricos e belos cenários que transformavam os sonhos em realidade. Os personagens também tinham que ser reais e surge sua caracterização por meios dos esplendorosos figurinos. A música encomendada aos mais virtuosos compositores da época. E foi assim que a dança alcançou triunfo. Eram espetáculos deslumbrantes e apaixonantes por sua sensibilidade. E se tornaram grandes espetáculos. E surgem as primeiras escolas oficiais de dança, como a retratada nesta pintura.

Fonte de pesquisa


http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=

quinta-feira, 18 de julho de 2013

AS DANÇAS E O TEMPO

A História da Dança nos revela quatro grandes movimentos: as danças primitivas, as milenares, a moderna e a contemporânea.

DANÇAS PRIMITIVAS

Nas eras Paleolítica e Mesolítica (de 9000 e 8000 a.C.), os homens viviam num mundo hostil, agrupavam-se em pequenos grupos isolados e nômades, protegiam-se nas cavernas, alimentavam-se da caça, da pesca, da colheita de frutos e vegetais retirados da natureza. Uma época em que a luta pela sobrevivência era uma constante. E diante de todo esse esforço buscaram um meio de expressar seu modo de vida.

Criaram, então, uma espécie de jogo: a imitação dos animais que conheciam, admiravam e que tanto temiam. Era sem dúvida uma expressão individual, mas que todos (homens, mulheres, crianças, jovens e idosos) podiam participar.

As pessoas, cobertas com peles de animais abatidos se posicionavam em forma circular em torno de um animal caçado. Corriam, saltavam, imitavam os movimentos desse animal, expressavam a forma de seu ataque e os movimentos de defesa dos caçadores.

Ao longo do tempo, as pessoas passaram a acreditar que, agindo dessa maneira, encarnavam o espírito, a coragem e a força dos animais abatidos. De vez em quando, ouvia-se um grito. Era alguém mais empolgado que soltava a voz na imitação do urro do animal reverenciado. E essa ação oral passou a ser repetida pelos demais.

E essa expressão oral foi, aos poucos, sendo aliada aos movimentos. Ganhou força e terminou sendo integrada aos movimentos dos jogos.

Som e movimento. Foi dessa união que surgiu a Música e a Dança. E esses movimentos transformaram-se em rituais.

No período Neolítico (6500 a.C.) os homens deixaram de ser nômade e passaram a se fixar num determinado lugar. Dependiam da terra para plantar e criação de animais. E dessa nova necessidade surgiram a agricultura e a pecuária.

Os rituais, mais do que nunca, estavam evidência. Frutos e vegetais conquistados com o trabalho agrícola eram colocados em torno de uma fogueira. Os rituais, porém, já não tinham mais o sentido imitativo. O sentido era outro: o de pedir proteção contra as intempéries da natureza para que não prejudicassem o plantio e a colheita ou que afugentassem os animais. Pediam que a terra fosse fértil e a colheita farta. E também havia os rituais de agradecimento da fertilidade da terra, dos rebanhos e das mulheres.

Os rituais tinham, agora, uma conotação religiosa. Fazia parte desses rituais: as oferendas, as danças e as expressões orais que se ligavam ao ritmo da natureza. Consequentemente, os rituais ganharam força e se espalharam por todas as tribos.