Lembrando: o inconsciente é formado pelo inconsciente coletivo e pelo inconsciente pessoal. Este, localiza-se na periferia do inconsciente e
na vizinhança da consciência.
inconsciente coletivo
inconsciente pessoal
consciente
Nosso ego faz uma triagem de nossas lembranças de nossa memória e
das experiências que vivenciamos. Nessa triagem, o ego pode aprova-las ou rejeitá-las. Uma lembrança desagradável ou
uma experiência que não foi muito boa pode ser julgada e considerada pelo ego
como esquecida. Um conflito pessoal ou moral que nos faz sofrer, pode ser
considerado como “rejeitado”, pois nossa memória não conseguiria guardar tantas
lembranças
E para onde vão todos estes
conteúdos? Para o inconsciente pessoal, é claro. Assim, o inconsciente pessoal
(ou individual) se torna um excelente banco de dados, uma espécie de “arquivo
morto” da nossa memória. Os conteúdos ficam lá quietinhos e escondidinhos até
que um fato qualquer nos faça lembrar deles.
Mas, o inconsciente pessoal não guarda só o que é ruim ou o que
nos faz sofrer. Ele guarda também coisas boas que esquecemos com o tempo.
Guarda também algumas de nossas qualidades, “aquelas” que não
queremos mostrar a ninguém. Por exemplo, um criminoso muito mau e perverso
guarda no seu inconsciente pessoal a
bondade e a ternura porque, para ele, essas qualidades são sinais de
“fraqueza”. E embora ele as esconda bem escondido, há sempre um momento em sua
vida em que elas se revelam. Isto
porque basta um simples pensamento ou um fato qualquer que se ligue a elas e as
traga de volta à consciência.
um aglomerado ou complexo
No inconsciente pessoal estão ainda algumas percepções que não
nos demos conta, além de alguns sentimentos, emoções, pensamentos com grande
apelo afetivo e que não condizem com as atitudes conscientes. Todos esses conteúdos se juntam e formam um aglomerado de pouca expressão. Jung os chamou de “complexos”.
Mas, ao se formarem, as experiências significativas desses conteúdos atraem um arquétipo que passa a ser o centro desse complexo,
O arquétipo carrega
esse aglomerado de forte carga de energia na tentativa de voltar à consciência.
Desta forma, os complexos constituem pequenas personalidades com independência
própria. Embora estejam separados da personalidade total dos indivíduos, atuam
sobre ela com força instintiva. Como fazem isso?
Quando uma experiência, sentimento ou um pensamento qualquer se
ligar a um complexo, aciona o arquétipo. Este, se enche de energia, ganha força
própria e entra na consciência de tal forma que passa a controlar nossos
pensamentos e comportamentos.
Um
complexo não é, necessariamente, ruim. Embora ele traga um certo desequilíbrio para
as pessoas, como por exemplo, “perder a cabeça”, “sair do sério”, “agir sem
pensar” num momento de nervosismo ou de ira. Mas, também pode uma fonte de
inspiração para uma série de situações como por exemplo nas manifestações artísticas.
Fontes:
JUNG, C.G. “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”.
Editora Vozes, SP
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OBRIGADA PELA VISITA.
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