sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

GENTE MUITO ESPECIAL

Essa gente muito especial de quem trato nesta postagem, são os meus "pimpolhos" do atendimento. São constituídos (em sua maioria) de crianças sem deficiências que, devido a problemas familiares (ou educacionais) estão encontrando dificuldades em alguma(s) disciplina(s) da escola. Mas, tem ainda os que são "especialmente especiais", isto é, crianças e jovens deficientes intelectuais, com paralisia cerebral ou autistas.

Para uns ou para os outros, meu trabalho é uma forma de reabilitação com o objetivo de alcançar um nível melhor tanto físico, como mental e social, proporcionando os meios para que possam tomar consciência do problema que estão vivenciando, para modificar suas próprias vidas para que possam voltar a se inserir ou resgatar o tempo perdido e voltarem a se sentirem capazes de produzir e confiantes por se sentirem úteis.

Cada criança ou jovem é um universo diferente. Uma mesma dificuldade tem  múltiplas e complexas faces. Um mesmo signo pode ter vários significados. Uma mesma atividade, uma série de trabalhos a serem realizados. 

Tanto na Psicopedagogia quanto na Arte-Terapia é preciso "desenvolver o olhar". 


È preciso transformar o olhar que vê num olhar diferenciado, que vê além do que é visto, do óbvio, do expresso. Ter um olhar diferenciado é ter um olhar que analisa, que relaciona signos, símbolos e significados, que formula hipóteses para a compreensão do sujeito por inteiro, que define metas e estipula caminhos a serem percorridos, que procura estratégias e os meios para conhecer, conscientizar e transformar os sujeitos. Com certeza, não é uma tarefa fácil, mas com treino e boa vontade se consegue.

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