domingo, 26 de fevereiro de 2012

A CONSCIÊNCIA


A consciência é a menor parte da psique. Como já comparava Jung, a consciência emerge no inconsciente como uma ilha desponta no oceano. E nesse pequeno espaço está tudo o que conhecemos.

Estrutura-se a partir das histórias que ouvimos, que vivemos ou participamos. A consciência as recebe, as seleciona  e as estrutura. Mas, essa organização  não é homogênea. Na seleção, a consciência rejeita mais do que guarda. 

únicos na multidão

Também estabelece competências que são as regras sociais. Mas, atrás de todas as regras está a nossa vontade. E é essa vontade que nos faz aceitar os valores sociais porque desejamos ser aceitos, valorizados e respeitados como seres coletivos, mas ela também nos faz desejar que sejamos únicos e diferentes dos demais, como seres individuais. E é isto que nos diferencia uns dos outros.

Desta maneira, a consciência possui um espaço que não aceita facilmente as novidades, pois para ela, tudo precisa de um nome, um jeito, um rótulo. Por isto também, agimos de formas diferentes. Uns são mais “extrovertidos”, voltados para fora de si mesmos, suas relações estão além de si mesmo, voltadas para os outros e para o mundo. Outros são mais “introvertidos”, centrados em si mesmos. Sua relação refere-se a si próprios e vê o mundo de acordo com o seu ponto de vista.

introvertido - extrovertido

E para que possamos tomar ciência das coisas e e de nós mesmos, a consciência desempenha 4 funções importantes e denominadas por Jung como “tipos psicológicos”. São elas: o pensamento, o sentimento, a sensação e a intuição.   As duas primeiras são mais racionais, enquanto as duas outras são mais irracionais.

Esses tipos psicológicos têm a capacidade de definir, conceituar, classificar, diversificar, raciocinar, analisar, julgar e tomar decisões sendo que o “pensamento” é baseadas na lógica racional. Tudo tem um “por quê que o direciona para perceber e entender os outros e o mundo enquanto que o “sentimento” julga e decide direcionado por um sistema de valores baseados nos afetos e nas emoções. A “sensação” julga e decide baseada nas percepções sensoriais, enquanto que a “intuição” é mais abstrata e voltada para os pressentimentos

Esses tipos funcionam em pares opostos.  Suas combinações possíveis são múltiplas e variadas. Um tipo é dominante e o outro é auxiliar. Os restantes atuam como complementos.  Dessa maneira, uma pessoa cujo “pensamento” é o dominante tem comportamentos que são diametralmente opostos aos da pessoa que tem a “sensação” como tipo dominante. Da mesma forma a “intuição” é o oposto do “sentimento”.

Todo esse conjunto atua nos indivíduos formando os vários tipos de personalidades. Por isso, elas são tão complexas.

FONTE:
FUNDAMENTOS DA TEORIA jUNGUIANA - apontamentos de aula.

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