segunda-feira, 5 de junho de 2017

A MODA DOS ANOS 70

Os anos 70 foram os mais ricos em termos de moda. Tanto que suas influências ainda estão presentes nos dias atuais. Foi uma época inspiradora para os estilistas, e muitos deles, que não haviam adquirido expressão no mudo da moda, tornaram-se conhecidos. 


Woodstock, em Nova York, no final dos anos 60, havia sido um sucesso e influenciou os jovens do mundo inteiro. Os hippies, surgidos não final da década anterior, marcaram moda na nova década. E o que eram estranho, no final dos anos 60, agora estava presente em todos os lugares. E, com eles, voltava também o romantismo. Os homens deixaram de lado a formalidade. Passaram a usar roupas mais coloridas, com estampas psicodélicas. 


As mulheres tornavam-se mais românticas e despidas de vaidade rigorosa. E se tornavam-se únicas. Usavam um estilo próprio, mais de acordo com sua preferência, seu bem-estar e suas necessidades. As saias ganharam um aspecto indiano. As blusas e batas ganharam novas estampas multicoloridas.

 


A moda unissex ganhou mais força que nunca. As calças compridas tornaram-se o ponto central da moda e ganharam as famosas bocas de sino usadas com sapatos de plataformas. O importante era sentir-se bem com a roupa que estava usando.

Apesar de ter sido anos difíceis para a política e a economia de muitos países, foi sem dúvida uma década de revoluções nas artes, principalmente com as músicas de Pink Floyd, dos grupos Beathes e Yes. O comportamento da juventude mudaria muito mais do que na década anterior, pois a liberação sexual das mulheres era o tema central das rodas de conversa. E a moda não ficou de fora de todos esses acontecimentos.


As roupas ganharam desenhos e cores psicodélicas novas e, com isso, a moda se tornou mais colorida e vibrante. Ganharam coletes de couro ou jeans com franjas e flores no estilo country americano como moda unissex. Vestidos (maxi ou mini) e as saias largas e compridas ganharam babados e estampas florais. Podiam ter mangas curtas ou em longas em forma de sino, num retorno nostálgico de épocas anteriores, também podiam ser vistos em quantidade.

As blusas ficaram mais largas e soltas (as famosas batas) e podiam ser usadas com as saias ou calças compridas. As túnicas, mais justas e longas até pouco acima dos joelhos eram usadas com calças compridas. Tanto as batas como as túnicas podiam ter ou não mangas (curtas ou longas).

Era uma moda livre, solta, fácil de fazer e usar. Uma moda descomplicada em que podia usar a qualquer momento e em qualquer ocasião. A combinação de cores e tecidos era aleatória para dar igualdade a todos (outro lema da época). E mesmo que se combinasse, tudo parecia descombinado. A cor do momento era o “caramelo” e usado em diversas tonalidades.


Os cabelos ficaram mais compridos, desalinhados e extravagantes, para homens e mulheres, também se tornava comum. Porém tinham um corte definido, batizado de “black power”, numa homenagem à raça negra que até então passava despercebida pela maioria branca. Moças e rapazes ganharam faixas e bandanas (panos amarrados triangulares) na cabeça.

O lema do momento era “Faça amor, não faça a guerra” e tornou-se a influência fundamental dessa moda. Estava presente nos colares com o símbolo da paz comprados nas famosas barracas hippies estendidas nas praças e ruas das cidades. Muitos desses colares e brincos deixaram as joias de lado, mas ganharam em materiais alternativos como: macarrões, penas, penduricalhos feitos com contas feitas de papel ou de folhas de revistas. As bolsas podiam ser pequenas ou grandes, lisas ou franjadas, feitas de couro, crochê ou de tecido (geralmente, de jeans desgastados pelo uso e reaproveitados) e enfeitadas com tachinhas para combinar com as calças boca de sino, também recebiam tons de caramelo num botão, num enfeite ou outro acessório qualquer e o símbolo da paz. Mas o brilho, não podia faltar fosse nas roupas ou nos acessórios. Esse brilho era dado pelas tachinhas e fivelas.

Cabelos black power dos Jacksons Five


 
O cabelo black power de Tim Maia

Entretanto, não foi nada fácil para os hippies. Viviam do que produziam: lenços de estampas florais e psicodélicas, roupas artesanais, saias longas, túnicas patchwork, bandanas coloridas, colares de miçangas, bijuterias, bolsas de crochê, botas de camurça, sandálias de plataforma. As pinturas dos tecidos eram artesanais, feitas com materiais como terra, sucos vegetais e florais, porque os viviam com dificuldades financeiras. 

 Para ocasiões mais formais.


Inspirados nos hippies, os homens dos anos 70 deixaram de lado as roupas nas cores padrão (preto, azul marinho, marrom e cinza) para curtir as roupas mais coloridas, que os deixava com um visual mais jovial e despojado. Foi nessa época também que os homens passaram a usar faixas coloridas nos cabelos, óculos, anéis, colares, pulseiras, sapatos e bolsas. Mas não foi fácil, principalmente, para os mais velhos, muito arraigados aos costumes anteriores.

Mas não se pode negar que foi uma época marcante, com roupas e acessórios que fazem sucesso até hoje.


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