Os
anos 70 foram os mais ricos em termos de moda. Tanto que suas influências ainda
estão presentes nos dias atuais. Foi uma época inspiradora para os estilistas,
e muitos deles, que não haviam adquirido expressão no mudo da moda, tornaram-se
conhecidos.
Woodstock,
em Nova York, no final dos anos 60, havia sido um sucesso e influenciou os
jovens do mundo inteiro. Os hippies, surgidos não final da década anterior,
marcaram moda na nova década. E o que eram estranho, no final dos anos 60,
agora estava presente em todos os lugares. E, com eles, voltava também o
romantismo. Os homens deixaram de lado a formalidade. Passaram a usar roupas
mais coloridas, com estampas psicodélicas.
As mulheres tornavam-se mais
românticas e despidas de vaidade rigorosa. E se tornavam-se únicas. Usavam um
estilo próprio, mais de acordo com sua preferência, seu bem-estar e suas
necessidades. As saias ganharam um aspecto indiano. As blusas e batas ganharam
novas estampas multicoloridas.
A
moda unissex ganhou mais força que nunca. As calças compridas tornaram-se o
ponto central da moda e ganharam as famosas bocas de sino usadas com sapatos de
plataformas. O importante era sentir-se bem com a roupa que estava usando.
Apesar
de ter sido anos difíceis para a política e a economia de muitos países, foi
sem dúvida uma década de revoluções nas artes, principalmente com as músicas de
Pink Floyd, dos grupos Beathes e Yes. O comportamento da juventude mudaria
muito mais do que na década anterior, pois a liberação sexual das mulheres era
o tema central das rodas de conversa. E a moda não ficou de fora de todos esses
acontecimentos.
As
roupas ganharam desenhos e cores psicodélicas novas e, com isso, a moda se
tornou mais colorida e vibrante. Ganharam coletes de couro ou jeans com franjas
e flores no estilo country americano como moda unissex. Vestidos (maxi ou mini)
e as saias largas e compridas ganharam babados e estampas florais. Podiam ter
mangas curtas ou em longas em forma de sino, num retorno nostálgico de épocas
anteriores, também podiam ser vistos em quantidade.
As
blusas ficaram mais largas e soltas (as famosas batas) e podiam ser usadas com
as saias ou calças compridas. As túnicas, mais justas e longas até pouco acima
dos joelhos eram usadas com calças compridas. Tanto as batas como as túnicas
podiam ter ou não mangas (curtas ou longas).
Era
uma moda livre, solta, fácil de fazer e usar. Uma moda descomplicada em que
podia usar a qualquer momento e em qualquer ocasião. A combinação de cores e
tecidos era aleatória para dar igualdade a todos (outro lema da época). E mesmo
que se combinasse, tudo parecia descombinado. A cor do momento era o “caramelo”
e usado em diversas tonalidades.
Os
cabelos ficaram
mais compridos, desalinhados e
extravagantes, para homens e mulheres, também se tornava comum. Porém tinham um
corte definido, batizado de “black power”, numa homenagem à raça negra que até
então passava despercebida pela maioria branca. Moças e rapazes ganharam faixas
e bandanas (panos amarrados triangulares) na cabeça.
O
lema do momento era “Faça amor, não faça a guerra” e tornou-se a influência
fundamental dessa moda. Estava presente nos colares com o símbolo da paz
comprados nas famosas barracas hippies estendidas nas praças e ruas das
cidades. Muitos desses colares e brincos deixaram as joias de lado, mas
ganharam em materiais alternativos como: macarrões, penas, penduricalhos feitos
com contas feitas de papel ou de folhas de revistas. As bolsas podiam ser
pequenas ou grandes, lisas ou franjadas, feitas de couro, crochê ou de tecido
(geralmente, de jeans desgastados pelo uso e reaproveitados) e enfeitadas com
tachinhas para combinar com as calças boca de sino, também recebiam tons de
caramelo num botão, num enfeite ou outro acessório qualquer e o símbolo da paz. Mas o brilho, não podia faltar fosse nas roupas ou nos acessórios. Esse brilho
era dado pelas tachinhas e fivelas.
Cabelos black power dos Jacksons Five
O cabelo black power de Tim Maia
Entretanto,
não foi nada fácil para os hippies. Viviam do que produziam: lenços de estampas florais e psicodélicas, roupas artesanais, saias longas, túnicas patchwork, bandanas coloridas, colares de miçangas, bijuterias, bolsas de crochê, botas de camurça, sandálias de plataforma. As pinturas dos tecidos eram artesanais,
feitas com materiais como terra, sucos vegetais e florais, porque os viviam com
dificuldades financeiras.
Para ocasiões mais formais.
Inspirados
nos hippies, os homens dos anos 70 deixaram de lado as roupas nas cores padrão
(preto, azul marinho, marrom e cinza) para curtir as roupas mais coloridas, que
os deixava com um visual mais jovial e despojado. Foi nessa época também que os
homens passaram a usar faixas coloridas nos cabelos, óculos, anéis, colares,
pulseiras, sapatos e bolsas. Mas não foi fácil, principalmente, para os mais
velhos, muito arraigados aos costumes anteriores.
Mas não se pode negar que foi uma época marcante, com roupas e acessórios que fazem sucesso até hoje.
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