sexta-feira, 19 de maio de 2017

A MODA DOS ANOS 60

Com o final dos anos 50 surge, nos Estados Unidos, uma nova geração. Os jovens desfrutavam de boa situação financeira e, portanto, eram consumistas. E a nova década prometia muitas mudanças no comportamento dos jovens.


O sucesso do Rock and Roll, na voz de Elvis Presley e seu rebolado frenético, deu início a essas mudanças. A Aquela imagem dos rapazes vestindo blusões de couro, usando topetes e pilotando suas motos e lambretas ficava para trás. Por outro lado, as moças ingênuas e comportadas também. E para começar, as saias rodadas e amplas (do estilista Dior) eram substituídas pelas calças cigarettes, mais práticas e confortáveis para todas as ocasiões. Como se vê, os primeiros vislumbres de liberdade.

Os anos 60 foi uma época alegre em todos os sentidos. Foram tempos em que os jovens tiveram vez e queriam ser ouvidos. E sua voz se espalhou e modificou sociedade mundial. Os jovens passaram a encher as ruas, frequentar bares e bailes. 


Os adultos admirados com tantas novidades, procuravam conservar os costumes de até então. Na verdade, queriam moldá-los aos costumes anteriores, mas a rebeldia era maior e a transformação da juventude era radical.

Nos anos 60 ficaram marcados pelo fim da moda única. Várias propostas surgiam na forma de se vestir e cada vez mais ligadas ao comportamento desses jovens ou de um grupo deles. O novo mercado consumidor era voraz e as empresas passaram a criar produtos direcionados aos jovens, o que antes não existia. E foi assim que surge a moda jovem.



A juventude dos dessa época tinha uma moda que não seguia as regras da moda tradicional, o que já era outro sinal de liberdade. A sensação da época (1965) foi a “minissaia”. Uma ideia que surgiu nas ruas e Mary Quant e André Courrèges as divulgou com seus trabalhos. Nos anos 60 as principais mudanças na moda jovem tiveram influência do que vinha das ruas e que foram aproveitadas por muitos estilistas. Outras ideias que viraram moda e que surgiram nas ruas foram: as japonas e o estilo safari (os sahariennes) e depois atualizadas pelos estilistas.



Em seguida, lança os famosos tubinhos e que fazem o maior sucesso. E inspirado nas viagens espaciais, um pouco depois, lança as roupas metálicas e fluorescentes. Por sua vez, Saint Lourent adere aos tubinhos inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian.

estampa psicodélica


As indústrias de tecidos quebravam a cabeça para criarem estampas que agradasse aos jovens. Por isso, toda indústria têxtil criava uma coleção de tecidos com fibras naturais e com estamparia variada. Aproveitando uma delas, o italiano Pucci, fazia tubinhos com estampas psicodélicas.


As langeries também ganharam novas formas. As calcinhase a meia-calça dava mais conforto e segurança m fosse para usar com minissaia ou para dançar os ritmos do momento: o twist e o rock.


Em 1966, Ives Saint Laurent lança a moda unissex, ou seja, uma moda que vestia tanto homens como mulheres composta pelo jeans e camisas. Pela primeira vez as mulheres em séculos, as mulheres ousavam vestir roupas masculinas (smoking) sem serem criticadas ou mal-vistas. Enquanto isso, entre os anos 66 e 67, a alta-costura ia perdendo terreno no mundo da moda. E as grandes maisons de Paris cedem lugar para as butiques de moda prêt-à-portê de luxo. Com isso, as confecções ganhavam mais e mais terreno e necessitava de muita criatividade para suprir o desejo dos consumidores.

Nessa época, Londres se transformava no centro de atenção da moda. Afinal, era de lá que vinha o som do grupo mais famoso de todos os tempos: os Beatles. A modelo Jean Shrimptom era a personificação da beleza. Com aparência de adolescente, sempre de minissaia e botas, cabelos longos com franja e olhos bem maquiados. Jean tinha um estilo todo próprio de adolescente e fazia com que as inglesinhas se identificassem com ela. Por outro lado, Brigitte Bardot com seus cabelos compridos e soltos com certa rebeldia ou presos num coque no alto da cabeça, encanava o estilo sexy, imitado por muitas mulheres.



A maquiagem era o ponto mais importante e especialmente feita para os jovens. O foco eram os olhos sempre bem marcados por um delineador de cor preta. O baton nos lábios era outro ponto que não devia faltar. Brancos ou claros, porém os batons deviam ter a praticidade e a facilidade de uso, coisas próprias das jovens. Mas, Mary Quant sai na frente novamente. Ela cria novas embalagens e nomes divertidos, onde as jovens encontravam: o lápis para as pálpebras, o pó, o batom e um pincel.

E para quem não tinha tempo de cuidar dos cabelos, as perucas voltavam. Eram mais baratas que em épocas anteriores, porque eram feitas com uma fibra sintética (o kanekalon), com diversas tonalidades e modelos.

A MODA MASCULINA


A moda dos rapazes foi muito influenciada pelos Beatles. Os rapazes passaram a usar paletós sem colarinho e nos cabelos, uma franja grande. De Londres também vieram os mods, de paletós cintados, gravatas mais largas e as famosas botinas. Com a silhueta mais ajustada ao corpo e a gola rolê tornavam-se mais elegantes. Por isso, tornou-se um clássico nos guarda-roupas masculinos. No inverno, usavam as japonas, que os deixavam igualmente charmosos. O terno de Mao Tse Tug se tornou moda na Europa, mas não foi bem aceita nas Américas.


No Brasil, a Jovem Guarda também ditou os costumes. O sucesso na televisão propagou sua moda. As minissaias, as botas longas sem meias e os cabelos na testa. A minissaia, as botas longas sem meia e o cabelo na testa. Palavras como pão (rapaz bonito), bárbaro (coisa bonita e agradável) e a frase: “ que vá tudo para o inferno” não saíam da boca dos jovens.

Os avanços da medicina, as viagens do avião Concorde que ia além da barreira do som, mostrava um desenvolvimento tecnológico que influenciou a vida, amo moda, os desenhos e as artes dessa época. Tornaram-se mais populares e, portanto, mais passageiros.


No final da década, o mundo se volta novamente para os Estados Unidos, mais precisamente, para São Francisco, onde surge o Movimento Hippie, que pregava a paz e o amor através das flores. Nesse movimento todos os jovens que se sentiam excluídos de alguma forma se uniram (negros, gays, mulheres mais liberais). O movimento e suas palavras de ordem atingiram os jovens do mundo inteiro. Era uma forma de contracultura mais forte que o rock e o twist. Na verdade, era uma busca de um novo modo de vida, com novos comportamentos. Os cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, muita música, sexo e drogas, que transformava a vida numa viagem psicodélica.

As anos 60 terminam coroados com a chegada do homem à Lua ( julho/69) e com o grande show de rock: o Woodstock Music & Art Fair (agosto/69).


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