Não
poderia deixar passar a década de 40 sem mencionar as PIN-UPS. O que vem a ser
isso?
Pin-up
eram modelo ou artistas de cinema bonitas, atraentes, que posavam para
fotógrafos, desenhistas, ilustradores e pintores em poses muito sensuais. E
estas imagens estavam presentes em calendários, cartazes, revistas, jornais,
cartões postais e campanhas publicitárias.
No
entanto, esta ideia não surgiu na década de 1940. Ela surgiu ainda no final da
última década do século XIX, quando a moralidade da era vitoriana estava mais
frouxa e a cobrança social já não era tão rígida. É difícil precisar uma data para seu
surgimento. Sabe-se que a partir dessa época, os grandes pintores iniciaram
suas séries de mulheres com roupas íntimas, seminuas ou nuas. Por serem
populares, ilustraram os cartazes na Bèlle Époque e na era Eduardiana.
Para
alguns historiadores, o crédito é dado a Jules Cherét (1836 a 1932), um
publicitário litógrafo francês com reputação de grande artista e se consagrou
como “ pai dos cartazes publicitários modernos”. Em Paris, Cherét aprendeu
litografia ainda muito jovem (13 anos) e depois cursou a Escola de Desenho.
Trabalhou por um curto espaço de tempo em Londres e retornou a Paris. Em 1858,
seus amigos se impressionavam com a qualidades de seus desenhos e um deles, o
recomendou a um produtor de perfumes que o empregou imediatamente e financiava
novos estudos de aprimoramento. Em 1881, Cherét funda a primeira Impressora
Litográfica e muda-se para Chaix, onde é diretor e principal artista dessa
empresa.
Alguns cartazes de Cherét
Suas
primeiras estampas são impressas com duas cores e um pouco mais tarde, com até
seis cores e com letras que ganhavam uma dinâmica nova, desconhecida para a
época. Cherét foi, sem dúvida, o pioneiro e o maior orientador e artista das
artes gráficas de seu tempo.
Outro francês de renome e que seguiu os passos de Cherét foi Toulouse
Lautrec, fazendo cartazes de belas mulheres em poses bastante provocativas. O
cartaz mais famoso de Lautrec foi o da propaganda da programação do Moulin
Rouge, um cabaré famoso de Paris.
cartazes de "Toulouse Lautrec"
Para
outros historiadores, que tudo começou nos Estados Unidos com Charles Dana
Gibson (1867 a 1944). Em 1890, o artista querendo mostrar o ideal da beleza e a
sensualidade das mulheres do seu país, criou as “Gibson Girls” publicando uma
série de trabalhos desenhados em revistas e jornais. Eram mulheres altas e
magras, com corpos estruturais (dadas pelos espartilhos), de característica
aristocrática e romântica, com nariz e boca bem desenhados e olhos grandes.
Eram mulheres elegantes, bem vestidas, bem-educadas e com status social. Gibson
queria mostrar a independência, a realização pessoal, a autoconfiança e o
sorriso frequente dessas mulheres representantes de sua época. Essas imagens
também foram muito utilizadas por uma nova forma de arte que surgia nessa
época: a “art noveau”. Dizem também que as “Gibson Girls” foram as precursoras
das Pin-Ups que conhecemos hoje.
as "Gibson Girls"
Esses
cartazes com mulheres belas, fortes e de personalidade marcante se tornaram
muito populares, servindo de inspiração para muitas jovens americanas que
queriam se parecer com elas.
as "PIN UPS" dos anos 40
O
termo Pin-Ups surge em 1941, nos Estados Unidos. Pin-ups significa, em inglês, “pendurar
nas paredes”. Assim, era comum entrar num estabelecimento (principalmente de frequência
masculina) e um ou vários calendários ou posters das pin-ups em poses “picante”
e sexualmente provocativas. Os desenhos mais “comportados” eram destinados à
exibição mais informal, como nos jornais e revistas.
COMO
ERAM FEITOS ESSES CARTAZES
O
artista batia uma foto de uma modelo ou atriz famosa. Depois fazia o desenho da
foto em tamanho maior ou menor dependendo da utilidade. O fundo não era o mais importante.
A modelo, sim. Depois colocavam o fundo. Na época da Segunda Guerra, os armários dos soldados norte-americanos estavam repletos desses cartazes e calendários.
As pin-ups de Patrick Hitter
Na Inglaterra, o artista mais famoso
foi Patrick Hitte. Nomes como Gil Elvgren,
Alberto Vargas, George Petty e Art Frahm tornaram-se artistas especializados
neste gênero de arte. Algumas mulheres também
merecem reconhecimento como Olivia
de Berardinis, Luma Rouge,
Fiona Stephenson, Zoe Mozert, Joyce Ballantyne Brand, Pearl Frush, Jennifer Janesko, Ruth Deckard e
Bunny Yager.
os beefcakes
A expressão “cheesecake”
nada mais é do que um sinônimo de “foto pin-up”. Seu uso data de
1934, muito ante do uso do termo Pin-Up, numa espécie de anedota ou gíria inglesa
“better than cheesecake” que se pode traduzir para o português como “um verdadeiro pitéu” ou
coisa parecida. Hoje em dia, há homens
considerados Pin-ups. Entre eles, Brad Pitt. Nessa anedota ou gíria, ele seria beefcake (ou bofe, na gíria brasileira).
As PIN-UPS de Rion Vermon
Recentemente, Rion Vermon tem
explorado o gênero Pin-Ups, fundindo a
clássica garota pin-up com as Histórias em quadrinhos de super-heroínas e cartoons.
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