De ambos os lados, o treinamento das tropas era intenso.
Uma
onda de escassez de produtos (tecidos) acontece por toda a Europa, principalmente
na França, o ponto mais visado pelas tropas inimigas. E a moda deixa de ser uma
necessidade. Os produtos agora desviavam o rumo dos grandes ateliês para
seguirem para as fábricas de produtos para uso dos soldados, como na confecção
de uniformes, paraquedas e outros materiais necessários (gazes, curativos,
lençóis para hospitais etc).
Mas
a moda caseira, não deixou de trazer uma certa tendência de moda. Os ombros
arredondados, mangas largas, corpetes com cintura modelada que deixavam a
silhueta estreita e com a cintura bem marcada. As saias eram retas e para
facilitar o movimento ao andar de bicicleta (outra tendência por razão
econômica) as saias tinham pregas invertidas. Era uma moda que muitas vezes
eram inspiradas nos trajes dos camponeses
e até mesmo, da era medieval.
Em
1939 tem início com a invasão alemã em terras francesas, tudo piorou. Como curiosidade, as
mulheres já faziam uso das meias de nylon desde meados da década de 30. Porém,
nos anos que antecederam e durante a guerra, por causa do nylon ser utilizado
para fins militares, encontrar um par de meia era extremamente difícil. E
quando encontravam eram muito caras. Pela dificuldade em achá-las e por falta
de dinheiro, as mulheres passaram a costurar as meias na parte de trás em forma
de uma risca (o leg-paiting). Com isso, as pernas ficavam mais definidas. Além
do mais, os homens adoravam vê-las com essas meias e teciam elogios ao charme
de quem as usava. Mas não era fácil para, sozinha, colocar a risca no lugar
certo. Sempre precisavam a ajuda de alguém (irmã ou amiga).
Mas
de uma coisa não abriam mão: os chapéus. Produzidos agora em tamanho menor. No
entanto, no tempo da guerra eram muito caros. Para substitui-los passaram a
usar lenços, redes e turbantes. Esta nova moda de cobrir os cabelos era também
mais prática para o trabalho nas fábricas. E podiam ser usados em outras
ocasiões.
Opções para a falta e o custo dos chapéus.
Nas
fábricas, as mulheres não podiam usar brincos, cintos ou deixar os cabelos
soltos. E passaram a usar bandanas, lenços e o snood (rolos feitos com cabelo).
As calças compridas usadas apenas em esportes como a montaria, passou a ser
mais usada em todos os momentos o que
passou a ser uma novidade.
Veronica Lake
Com
a escassez de roupas, os penteados e maquiagens receberam destaque. Cabelos mais
longos ou a altura dos ombros inspirados em Veronica Lake era usado pela
maioria das mulheres. Por muitos salões de beleza, por serem fechados ou por
estarem destruídos pelos ataques aéreos, as mulheres encontraram nos grampos
uma forma de prendê-los ou para formar os cachos. As unhas perfeitamente
pintadas ficaram para trás e apenas eram polidas.
Não
houve muitas alterações. Os civis continuavam a usar os ternos. Os mais jovens podiam optar pelo uso do paletó sobre a camisa, o traje completo com paletó e colete ou, simplesmente, o colete sobre a camisa e que ficavam sempre muito elegantes. Os mais simples (pobres) preferiam a calça comprida e camisa. Os mais chiques usavam um terno com corte mais requintado. No inverno, uma jaqueta ou sobretudo os agasalhava. No entanto, o chapéu era indispensável. Os soldados, obviamente, usavam fardas.
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