sexta-feira, 31 de março de 2017

ANOS 40 E A SEGUNDA GUERRA

 
De ambos os lados, o treinamento das tropas era intenso.

Desde 1937, a Europa já se preparava para a anunciada e esperada Segunda Guerra Mundial. Por causa disso, a moda já trazia uma tendência militar com algumas adaptações para serem mais funcionais no cotidiano. E as já se preparavam parra tempos difíceis. Em meados de 1938, as rádios europeias incentivavam as pessoas eram incentivadas a racionar e reciclar as roupas em suas próprias residências para economizarem o mais que pudessem. As roupas deveriam ser práticas, versátil e pouco ostensivas para não despertarem a atenção dos invasores.

Uma onda de escassez de produtos (tecidos) acontece por toda a Europa, principalmente na França, o ponto mais visado pelas tropas inimigas. E a moda deixa de ser uma necessidade. Os produtos agora desviavam o rumo dos grandes ateliês para seguirem para as fábricas de produtos para uso dos soldados, como na confecção de uniformes, paraquedas e outros materiais necessários (gazes, curativos, lençóis para hospitais etc).





Mas a moda caseira, não deixou de trazer uma certa tendência de moda. Os ombros arredondados, mangas largas, corpetes com cintura modelada que deixavam a silhueta estreita e com a cintura bem marcada. As saias eram retas e para facilitar o movimento ao andar de bicicleta (outra tendência por razão econômica) as saias tinham pregas invertidas. Era uma moda que muitas vezes eram inspiradas nos trajes dos camponeses   e até mesmo, da era medieval.



Em 1939 tem início com a invasão alemã em terras francesas, tudo piorou. Como curiosidade, as mulheres já faziam uso das meias de nylon desde meados da década de 30. Porém, nos anos que antecederam e durante a guerra, por causa do nylon ser utilizado para fins militares, encontrar um par de meia era extremamente difícil. E quando encontravam eram muito caras. Pela dificuldade em achá-las e por falta de dinheiro, as mulheres passaram a costurar as meias na parte de trás em forma de uma risca (o leg-paiting). Com isso, as pernas ficavam mais definidas. Além do mais, os homens adoravam vê-las com essas meias e teciam elogios ao charme de quem as usava. Mas não era fácil para, sozinha, colocar a risca no lugar certo. Sempre precisavam a ajuda de alguém (irmã ou amiga).



Mas de uma coisa não abriam mão: os chapéus. Produzidos agora em tamanho menor. No entanto, no tempo da guerra eram muito caros. Para substitui-los passaram a usar lenços, redes e turbantes. Esta nova moda de cobrir os cabelos era também mais prática para o trabalho nas fábricas. E podiam ser usados em outras ocasiões.

 
Opções para a falta e o custo dos chapéus.


Nas fábricas, as mulheres não podiam usar brincos, cintos ou deixar os cabelos soltos. E passaram a usar bandanas, lenços e o snood (rolos feitos com cabelo). As calças compridas usadas apenas em esportes como a montaria, passou a ser mais usada em todos os momentos  o que passou a ser uma novidade.

Veronica Lake

Com a escassez de roupas, os penteados e maquiagens receberam destaque. Cabelos mais longos ou a altura dos ombros inspirados em Veronica Lake era usado pela maioria das mulheres. Por muitos salões de beleza, por serem fechados ou por estarem destruídos pelos ataques aéreos, as mulheres encontraram nos grampos uma forma de prendê-los ou para formar os cachos. As unhas perfeitamente pintadas ficaram para trás e apenas eram polidas.

A MODA MASCULINA

  



Não houve muitas alterações. Os civis continuavam a usar os ternos. Os mais jovens podiam optar pelo uso do paletó sobre a camisa, o traje completo com paletó e colete ou, simplesmente, o colete sobre a camisa e que ficavam sempre muito elegantes. Os mais simples (pobres) preferiam a calça comprida e camisa.  Os mais chiques usavam um terno com corte mais requintado.  No inverno, uma jaqueta ou sobretudo os agasalhava. No entanto, o chapéu era indispensável. Os soldados, obviamente, usavam fardas.

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