Greta Garbo
Foi
na década de 1930 que a atriz Greta Garbo, magra, pele bronzeada, com um visual
sofisticado, sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e o uso de pó de arroz
claro, fazia furor no cinema e, principalmente, entre as mulheres. Todas
queriam se parecer com ela e a imitavam. A partir de então, surge um novo
padrão de beleza feminina.
Greta Garbo
E
foi com o cinema, como seus corpos perfeitos, que serviu de referência para a
disseminação desse padrão, para tormento para uma grande maioria de mulheres,
cujos corpos não se encaixavam nele.
Traje de gala e esportivo
Trajes do cotidiano
Os
modelos de roupas que usavam (os esportivos, os do dia a dia e os de festas se
popularizavam entre as mais magras. Outro tormento, foi que, esses modelos não
ficavam tão bem nas mais "cheinhas". Mas ainda assim, esses modelos, principalmente,
os esportivos como o short para andar de bicicleta, se tornaram muito populares
e sendo usados até os dias atuais. Outra peça muito popular foram os suéteres,
os pareôs estampados e os maiôs inteiros e bem mais curtos que os anteriores.
Óculos escuros: o furor da década
Um
novo acessório de moda, que foi essencial nessa época, foi o uso dos óculos
escuros e que eram usados por muitos artistas de vários setores, como do
teatro, cinema e música.
Elegância e beleza até nos dia de chuva.
Em
1935, os sapatos foram o top dos acessórios de moda. Criadores como Salvatore
Ferragamo e outros de renome internacional, lançavam suas marcas e as transformaram
em impérios de luxo e beleza.
Porém, com uma crise política e econômica na
Europa, muitos desses criadores passaram a usar materiais mais econômicos como
a palha, o cânhamo e materiais sintéticos. Ferragamo foi um deles. Mas ainda
assim, com genialidade. Ferragamo lança também a palmilha compensada.
Materiais alternativos: sem perder o bom gosto e a elegância
Enquanto
isso, Gabrielle Chanel continuava como a maior estilista de Paris, seguida de Madeleine
Vionnet e Jeanne Lanvin. Na Itália surge Elsa Schiaparelli no cenário da moda.
Esta surpreende com suas peças inspiradas no surrealismo.
GENTE DA MODA (1930)
Madeleine Vionnet
Jeanne Lanvin Mainbocher
Elsa Schiaparelli
Desponta para o
sucesso um estilista americano: Mainbocher. Suas roupas eram mais sérias e
elegantes, insperadas no corte enviezado realizado por Vionnet. Desta maneira
os corpos femininos retomam sua valorização, principalmente os seios (ou mamas
como é usado atualmente) que suas formas tornam a ganhar valor. E aquelas que
os tinham muito grandes ou muito pequenos passaram a fazer uso dos sutiãs para
lhes dar forma. Voltam também as cintas (uma nova espécie de espartilho) mais
flexíveis que davam mais naturalidade aos contornos do corpo.
Moda para todas as ocasiões
Moda festa
Vestidos de Madeleine Vionnet
Nesta
década, a moda era clássica simples, harmoniosa, natural e valorizadora do
corpo feminino. No final da década, em 1939, com a situação política agravada e
prenúncios de uma nova guerra, a tendência da moda foi uma linha mais
militarizada, preparando a população europeia para os tempos difíceis que
estavam por vir. Surgem as saias com aberturas laterais para facilitar o uso em
bicicletas.
Porém,
muitos estilistas, preocupados com a eminência de uma guerra, fecharam seus
ateliês ou mudaram-se para outros países.
MODA MASCULINA
MODA MASCULINA
A moda não teve grandes alterações. Apenas perdeu o colete no cotidiano, mas podia ser usado em ocasiões especiais. O uso de chapéu e gravata era essencial. O uso de óculos escuros não pegou muito entre os homens comuns. Seu uso se restringia mais aos artistas.
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