terça-feira, 16 de agosto de 2016

AS VESTIMENTAS DA ANTIGUIDADE (parte II)

AS VESTES GREGAS
As artes e a arquitetura de suas cidades apresentam o retângulo como figura geométrica básica. Apreciavam mais o valor estético do que o erotismo. Adoravam tudo o que era belo, simétrico e prático. E esta preferência também aparece em suas vestimentas. A preocupação com a beleza estética dos corpos também era grande.

No século VII a I a/C, a veste grega mais comum era o “chiton ou quiton ”, uma túnica que nada mais era do que um retângulo de linho preso a um dos ombros com agulhas, chamadas “fíbulas”. E como suas vestes tinham que se harmonizar com o corpo de quem o vestia, o lado preso poderia ser do lado direito ou esquerdo desde que tudo ficasse em harmonia com os ornamentos (bordados) que utilizavam na barra do corte do tecido.
O linho, a lã, o algodão e a seda eram tecidos conhecidos pelos gregos e estes os teciam artesanalmente. E dessa forma, suas roupas diferenciavam-se em vestes de inverno e de verão. Os quitons feitos de seda eram usados em ocasiões muito especiais.

Os gregos diferenciavam os quitons femininos dos masculinos. Os quitons femininos recebiam o nome de “exomídes”. Era uma túnica presa num ou nos dois ombros presos por um broche ou por fíbulas. Para marcar a cintura usavam um cinto bordado, um cordão ou uma correia de couro. Os exomídes eram decotados e apareciam em duas versões de comprimento: até os joelhos (para garotas e moças solteiras) e até o tornozelo (para as casadas e senhoras mais idosas). E para complementar o traje, usavam o “pharós” (um vestido jônico) que funcionava como uma espécie de xale, cobrindo a cabeça e o corpo.





Já as vestes masculinas eram compostas pelo quiton solto e preso num ombro só e no inverno usavam o “himation”, um tecido de lã que cobria o corpo todo, branco ou da cor do fio (mais para o creme). A simplicidade e a elegância eram a marca principal dessa cultura.
Os sapatos completavam o vestuário e chegaram a lançar moda entre os povos de sua época porque foram os primeiros a observarem que os pés esquerdos e direitos precisavam de moldes diferentes.

Os homens usavam sandálias mais fechadas por tiras de couro davam um tom mais sóbrio a elas. Já as mulheres usavam as sandálias com menos tiras, portanto mais abertas e simples.

O VESTUÁRIO ROMANO

No último século a/C, os trajes romanos eram fortemente influenciados pelas culturas grega e etrúria (povo bárbaro). Usavam uma túnica solta e por cima, um retângulo mais estreito, que funcionava como um chalé e recebia o nome de “toga”. Semelhante aos egípcios, era a toga quem diferenciava os ricos dos pobres. Mas homens e mulheres usavam basicamente o mesmo tipo de roupa.






Em Roma, o traje civil dos ricos era formado por dois tipos de roupa. A primeira, era composta por uma túnica feita de linho ou lã que cobria todo o corpo e conhecida como “túnica”. Por baixo desta túnica, usavam uma calça feita de pele que ia até os joelhos (de origem etrúria) e era chamada de “femoralina”. Após longo tempo de conquistas e aprendizado de diversas culturas, os romanos passaram a umas túnicas com mangas retangulares e aparentes até os cotovelos (a “stola”) por cima da túnica básica. Complementava a vestimenta masculina a “palla”, um manto retangular (semelhante aos gregos) que envolvia a cabeça e o corpo e caía sobre um dos braços e por ele era segura.



Para as mulheres, complementava sua vestimenta o “flammeum”, um manto retangular (semelhante ao dos gregos) que variavam no desenho dos bordados e na cor  e que envolviam a cabeça e o corpo. Eram coloridos (principalmente o laranja) e usados por mulheres. E sobre ele usavam coroas de flores ou de pérolas para fixá-lo.

Os tecidos mais utilizados eram o linho (mais comum), a lã e a seda de várias cores (técnica de tingimento de fios aprendida com os egípcios). As mulheres usavam as roupas íntimas de linho, as “stolas” com mangas mais longas e que cruzavam no peito.




Os romanos pobres usavam uma túnica e uma toga, amarrada por um cordão marcando a cintura. Em contato com os escravos de outras culturas, os romanos da plebe aprenderam a fazer tintas de origem vegetal e também passaram a usar roupas mais coloridas.

Os meninos usavam uma túnica curta até o meio da coxa, amarrada a cintura por um cordão. Os meninos ricos ainda usavam um cordão preso ao pescoço com um pêndulo em forma de concha (como uma medalha) e que era abandonado quando recebiam a primeira toga, como uma transição para a vida adulta e sinal de virilidade.




Os escravos usavam uma túnica curta (até a coxa) simples e sem mangas feita em algodão. Já os servos, usavam uma túnica mais longa (até os joelhos), simples e com mangas.






Os romanos, ao contrário dos gregos, gostavam de se enfeitar com bordados, jóias e acessórios. Esses enfeites tinham como objetivo motivos religiosos e podiam ser objetos da natureza (animados ou inanimados), ou feitos pelo homem, desde que lhes fossem atribuídos poderes sobrenaturais ou mágicos e cultuados. Já as jóias eram confeccionadas com ouro, diversas pedras preciosas ou semipreciosas, cobre, bronze e ferro. Mas a preferência era a pérola.

Os romanos possuíam uma variedade de calçados. No entanto, três tipos eram os mais usados: a) o “soleae”, um calçado de sola simples atada ao peito do pé por duas correias, muito confortável e ideal para ser usado em casa. b) o “calceus”, um tipo de sandália mais formal e fechada, mas confortável. Própria para ser usada com a toga. Faziam uso dela os camponeses, legionários e homens para ficar em casa. c) o “calceus patricius”, um calçado fechado, que subia até a barriga da perna e atada com tiras cruzadas. Era apropriada para os homens. d) o “pero”, uma espécie de sandália aberta, com tiras e amarrada na altura do tornozelo. Era mais usada pelos romanos pobres. E) a "caligae”, usada pelo exército e era formado por uma sola reforçada, com cravos de ferro ou cobre.
Completava o vestuário o calçado, outra marca do status social. Essa diferenciação se dava pela cor dos calçados. Os brancos eram para os ricos e os marrons para os pobres e para o exército.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OBRIGADA PELA VISITA.

Espero que tenha encontrado o que precisava, tenha gostado do que encontrou e que volte muitas outras vezes. Ficarei muito feliz se você deixar um recadinho para mim.