Após a invenção da tecelagem, a fabricação de tecidos se tornou
popular e presente na maioria dos agrupamentos primitivos. Com os tecidos, como
já vimos, os povos cobriam o corpo ou serviam como cobertores ou tapetes. Mas
início, as vestimentas eram incômodas porque caíam com facilidade, o que atrapalhava
as atividades dos caçadores. Ainda na Pré-História, a invenção de uma nova
ferramenta foi muito útil: a agulha.
Estima-se que a agulha tenha sido inventada a cerca de 30
milênios a/C. Eram agulhas rústicas, feitas de ossos, madeira ou marfim. Com
elas, os povos da antiguidade podiam perfurar peles de animais e os tecidos. E
unindo-os uns aos outros, inventaram a costura e puderam fazer vestimentas desde
as mais simples e práticas até as mais elaboradas.
As técnicas da fabricação de tecidos foram melhoradas aos
pouquinhos. Mas a experimentação os levou para outros caminhos. E utilizando a
vegetação natural do ambiente, passaram a fazer fios a partir de fibras vegetais naturais. O resultado
foi a criação de novos tipos de tecidos como os de linho e os de algodão.
Na idade antiga, de 6.500 a 400 a/C, numa região localizada no
Centro-sul da Turquia entre os rios Tigre e Eufrates, vivia uma civilização que
se preocupava com a vestimenta. Essa preocupação não era sobre o tecido ou o
modelo, mas porque o povo desse lugar tinha o maior respeito pelas pessoas que
costuravam. Foram eles os primeiros a instituírem a costura como uma profissão,
ao lado da agricultura e da domesticação dos animais. Em contrapartida,
conhece-se pouco sobre essa civilização. Historicamente, sabe-se que viveram cerca de 2 milênios e meio de anos a/C e os
dados de que se tem notícia quanto ao seu vestuário, vem de referências
arqueológicas realizadas em 1988, com a descoberta de desenhos e pinturas em
jarros, potes e vasos desgastados pelo tempo e encontrados durante as
escavações. Esses objetos retratavam pessoas
com suas vestimentas habituais.
AS VESTES NA MESOPOTÂMIA
Na Mesopotâmia do 4º milênio a/C, tinha um povo era criativo e
habilidoso na arte de tecer e costurar com as agulhas. No entanto, preferiam
usar saiotes feitos de peles.
AS VESTES EGÍPCIAS.
Os egípcios conheciam o tear e algumas técnicas e sabiam manejar
as agulhas. Seus tecidos preferidos era os de fibra vegetal, tendo como
preferido, o linho. No entanto, também conheciam o algodão.
Foram os egípcios os primeiros a utilizarem os tecidos como uma
forma diferenciar as pessoas por sexo e por classes sociais.
A roupa dos faraós era muito especial e se diferenciava de toda
a população. Essa vestimenta recebia o nome de “Kalasyris”. O kalasyris era
composto do “chanti” (uma espécie de saia colocada sobre a tanga, quase
transparente feito de um linho de fios muito finos), do “neket” (uma espécie de
cinto feito de linho mais grosso, em formato triangular, cravejado de ouro e
pedras preciosas) e o “hosch” (uma espécie de capa pequena ornamentado com ouro
e pedras preciosas). O hosch era usado sobre os ombros e o peito nú. Completava
o figurino uma sandália (feita com fibras de papiro) ornamentada com pedras
preciosas em tons de azul turquesa ou de lápis-azul e ouro.
sandália egípcia de fibra de papiro
Os homens da corte e das classes mais abastadas usavam o chanti
e o neket, o hosch e as sandálias. Tudo mais simples e um pouco mais grosso que
as do faraó.
O faraó e sua guarda pessoal
As mulheres dos faraós usavam uma túnica longa de linho muito
fino na cor branca, que lhe cobria quase todo o corpo e era chamada de “loriga”.
Tinha a forma tubular justa (parecendo malha) e enfeitada com ouro e pedrarias.
Completava o vestuário a “túnica de Isis”, uma espécie de manto retangular e
muita maquilagem. Os olhos eram bem marcados com uma linha de tinta preta e
sombra verde.
No tocante aos penteados, raspavam os cabelos para evitar os
piolhos devido ao forte calor da região. Em seu lugar, usavam perucas altas e
com cortes diferenciados e inspirados nas deusas de sua religião. E depilavam o
corpo todo. Usavam brincos e pulseiras e outros adereços feitos com ouro e
pedras preciosas com motivos religiosos. Da mesma forma que os homens, as
mulheres da nobreza ou ricas faziam o mesmo, mas com menos ostentação que a
mulher do faraó. Nos pés, sandálias feitas de fibras de papiro.
Já as mulheres pobres usavam túnicas simples e básicas tecidas
em algodão, não raspavam os cabelos nem o corpo. Andavam descalças. Já as
escravas usavam túnicas de algodão rústico
As mulheres ricas tinham túnicas longa de linho quase
transparentes de tão finas que eram e enfeitadas com. As mulheres do povo usavam túnicas de algodão
branco e as escravas usavam uma túnica rústica.
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