sexta-feira, 5 de agosto de 2016

AS VESTIMENTAS DA ANTIGUIDADE (parte I)

Após a invenção da tecelagem, a fabricação de tecidos se tornou popular e presente na maioria dos agrupamentos primitivos. Com os tecidos, como já vimos, os povos cobriam o corpo ou serviam como cobertores ou tapetes. Mas início, as vestimentas eram incômodas porque caíam com facilidade, o que atrapalhava as atividades dos caçadores. Ainda na Pré-História, a invenção de uma nova ferramenta foi muito útil: a agulha.


Estima-se que a agulha tenha sido inventada a cerca de 30 milênios a/C. Eram agulhas rústicas, feitas de ossos, madeira ou marfim. Com elas, os povos da antiguidade podiam perfurar peles de animais e os tecidos. E unindo-os uns aos outros, inventaram a costura e puderam fazer vestimentas desde as mais simples e práticas até as mais elaboradas.
As técnicas da fabricação de tecidos foram melhoradas aos pouquinhos. Mas a experimentação os levou para outros caminhos. E utilizando a vegetação natural do ambiente, passaram a fazer fios a partir de fibras vegetais naturais. O resultado foi a criação de novos tipos de tecidos como os de linho e os de algodão.

Na idade antiga, de 6.500 a 400 a/C, numa região localizada no Centro-sul da Turquia entre os rios Tigre e Eufrates, vivia uma civilização que se preocupava com a vestimenta. Essa preocupação não era sobre o tecido ou o modelo, mas porque o povo desse lugar tinha o maior respeito pelas pessoas que costuravam. Foram eles os primeiros a instituírem a costura como uma profissão, ao lado da agricultura e da domesticação dos animais. Em contrapartida, conhece-se pouco sobre essa civilização. Historicamente, sabe-se que viveram  cerca de 2 milênios e meio de anos a/C e os dados de que se tem notícia quanto ao seu vestuário, vem de referências arqueológicas realizadas em 1988, com a descoberta de desenhos e pinturas em jarros, potes e vasos desgastados pelo tempo e encontrados durante as escavações.  Esses objetos retratavam pessoas com suas vestimentas habituais.

AS VESTES NA MESOPOTÂMIA
Na Mesopotâmia do 4º milênio a/C, tinha um povo era criativo e habilidoso na arte de tecer e costurar com as agulhas. No entanto, preferiam usar saiotes feitos de peles.





AS VESTES EGÍPCIAS.
Os egípcios conheciam o tear e algumas técnicas e sabiam manejar as agulhas. Seus tecidos preferidos era os de fibra vegetal, tendo como preferido, o linho. No entanto, também conheciam o algodão.
Foram os egípcios os primeiros a utilizarem os tecidos como uma forma diferenciar as pessoas por sexo e por classes sociais.



A roupa dos faraós era muito especial e se diferenciava de toda a população. Essa vestimenta recebia o nome de “Kalasyris”. O kalasyris era composto do “chanti” (uma espécie de saia colocada sobre a tanga, quase transparente feito de um linho de fios muito finos), do “neket” (uma espécie de cinto feito de linho mais grosso, em formato triangular, cravejado de ouro e pedras preciosas) e o “hosch” (uma espécie de capa pequena ornamentado com ouro e pedras preciosas). O hosch era usado sobre os ombros e o peito nú. Completava o figurino uma sandália (feita com fibras de papiro) ornamentada com pedras preciosas em tons de azul turquesa ou de lápis-azul e ouro.

sandália egípcia de fibra de papiro

Os homens da corte e das classes mais abastadas usavam o chanti e o neket, o hosch e as sandálias. Tudo mais simples e um pouco mais grosso que as do faraó.
   O faraó e sua guarda pessoal

Os homens pobres que compunham a maior parte da população, usava somente uma túnica de algodão branco. Já os escravos, usavam apenas a tanga (geralmente de algodão rústico) ou viviam nús. E ambos andavam descalços. 
As mulheres dos faraós usavam uma túnica longa de linho muito fino na cor branca, que lhe cobria quase todo o corpo e era chamada de “loriga”. Tinha a forma tubular justa (parecendo malha) e enfeitada com ouro e pedrarias. Completava o vestuário a “túnica de Isis”, uma espécie de manto retangular e muita maquilagem. Os olhos eram bem marcados com uma linha de tinta preta e sombra verde. 

 

No tocante aos penteados, raspavam os cabelos para evitar os piolhos devido ao forte calor da região. Em seu lugar, usavam perucas altas e com cortes diferenciados e inspirados nas deusas de sua religião. E depilavam o corpo todo. Usavam brincos e pulseiras e outros adereços feitos com ouro e pedras preciosas com motivos religiosos. Da mesma forma que os homens, as mulheres da nobreza ou ricas faziam o mesmo, mas com menos ostentação que a mulher do faraó. Nos pés, sandálias feitas de fibras de papiro.


Já as mulheres pobres usavam túnicas simples e básicas tecidas em algodão, não raspavam os cabelos nem o corpo. Andavam descalças. Já as escravas usavam túnicas de algodão rústico
As mulheres ricas tinham túnicas longa de linho quase transparentes de tão finas que eram e enfeitadas com.  As mulheres do povo usavam túnicas de algodão branco e as escravas usavam uma túnica rústica.

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