Há
25 mil anos atrás, na Era Paleolítica, mais precisamente, na Idade da Pedra
Lascada, as peles amarradas ao corpo que os homens primitivos usavam eram muito
duras e atrapalhavam sua mobilidade no momento da caçada ou na fuga de algum
predador, embora também os protegesse contra espinhos, galhos e algumas
vegetações mais rijas além do frio.
Com
o passar do tempo, na Idade da Pedra Polida, os homens primitivos descobriram
que essas peles ficavam mais moles, macias e mais esticadas quando as mastigavam.
Assim, cobriam mais o corpo, sentiam menos frio e ainda se protegiam mais
naquele ambiente inóspido. Presume-se que essa roupagem se tornou popular entre
as inúmeras tribos.
Foi
ainda na pré-história (era Paleolítica) que os primeiros humanóides começaram a
conviver e a se relacionar com alguns animais. No começo, os animais menos
ferozes, como os cães, serviam de companhia. E a domesticação foi essencial.
Mais tarde, sentiram a necessidade de se fixar num pedaço de chão e de
criá-los. Foi então que passaram a usá-los como auxílio para o trabalho. O gado
zebu foi usado como força para o trabalho de arar a terra. O cavalo foi usado
como montaria e outros animais como a vaca, porco, cabra, coelho, ovelha e
galinhas na alimentação.
Nessa
época, era um costume tribal fazerem um entrelaçado de pequenos galhos e ramos
para fazerem barreiras para represarem a água, escudos para se defenderem nos
ataques de animais ou nas lutas contra os inimigos e cestos para guardares seus
pertences ou estocar comida. A inspiração para esses trançados veio,
provavelmente, da observação das teias de aranhas ou dos ninhos que as aves
construíam. Estes objetos criavam uma das mais duradouras de suas invenções: a
tecelagem.
Uma
dessas criações foi importantíssima para a implantação das vestimentas. Foi a
criação de ovelhas. Não se tem uma informação precisa de quando isso aconteceu.
Mas, sabe-se que a carne servia como alimento. Já a pele, servia de vestimenta
e percebiam que ela deixava o corpo aquecido por isso, também eram usadas como
leito ou como cobertura nas estações mais frias em algumas tribos. O fato é que
logo se propagou. Quando eram muitas e já tinham o suficiente, jogavam-nas
fora. E foi assim por milênios.
Também
não se sabe qual povo, quando ou onde, mas presume-se que acerca de 12 mil anos
atrás, na Era Neolítica ou idade da Pedra Polida, os hominídeos brincando ou
experimentando descobriram uma nova finalidade para elas. Descobriram que com a
pele das ovelhas podiam fazer um fio. E imitando a tecelagem dos cestos, os
entrelaçavam de forma rústica formando uma espécie de tecido macio e quente. E
descobriram a lã.
O
trançado manual era bastante complicado, pois a lã era maleável demais. Então,
começaram a experimentar algo que facilitasse o trabalho. E foi nessa
experimentação que descobriram ou inventaram o primeiro tear manual. Era
rústico como o seu ambiente. Era feito de troncos e galhos e passavam os fios
sobre eles e iam entrelaçando outros. E o resultado foi um tecido grosseiro,
mas bem quentinho. E os utilizaram cobertores e mantas que jogavam sobre o
corpo, tapetes e enfeites para as casas.
As
mulheres se encarregaram de fazer os tecidos enquanto os homens se dedicavam
aos cuidados da criação dos rebanhos.
A
invenção se espalhou. Várias tribos e vários povos a utilizaram. Com o tempo,
foram experimentando outros materiais retirados da própria terra com
abundância, como a fibras vegetais do linho e do algodão por exemplo.
tear manual onde hoje é Portugal
tear manual na África
Cada
povo tentou adaptar o tear com o que tinha em suas terras. Outros tentaram
melhorá-lo. E ainda hoje os utilizamos e os adaptamos ás nossas necessidades, a
novos materiais e a tecnologia de que dispomos.
A
tecelagem é, portanto, a mais antiga forma de artesanato que conhecemos.
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