Este
foi um período muito importante e que não pode ser esquecido. A troca do
orifício da câmara escura por lentes foi um grande passo na história da
fotografia. Entre as lentes mais antigas, a Veneziano Bárbaro foi a primeira
lente a ser usada numa câmara escura, ainda no século XV. Mas, somente entre os anos
do Século XVII e XVIII é que os grandes avanços da ótica ficaram conhecidos
através das lunetas e telescópios.
antigos telescópios
O
princípio da ótica e suas lentes fantásticas foram usados no início do cinema e
está registrado no filme “Viagem a Lua” de Geórge Meliè. E não parou por aí. Um
princípio que embora tenha ganho alguns avanços com as novas tecnologias
continua válido até os dias de hoje.
Imagem do filme "Viagem à Lua" de George Meliés,
mostrando um foguete chegando à lua.
Mas,
para os pintores e gravuristas de alguns séculos atrás, um outro problema se
tornava muito urgente: como fixar as imagens obtidas pelas câmaras escuras? E se
necessitavam de uma solução rápida devemos convir que ela veio, mas não com a
rapidez desejada.
Litografia (também conhecida como litogravura) consiste na reprodução de
um escrito ou gravura impressos sobre papel, superfície calcária ou placa de
zinco. Para isso, Niépce usava uma prensa e uma tinta graxenta. Mas, evidentemente,
tinha que fazer como outros artistas: copiar desenhos e gravuras antes que
apagassem e perdesse o trabalho iniciado.
um trabalho de litografia
Intrigado com a curta duração das imagens, Niépce passou a se interessar
por experimentos fotográficos. E sem saber que outros inventores já faziam
pesquisas para descobrir um fixador para as imagens obtidas em câmaras escuras,
Niépce começou a fazer seus próprios experimentos. Evidentemente, os primeiros resultados
foram negativos.
Em 1816, tratando papéis com nitrato de prata e as imagens fixadas com
ácido nítrico, Niépce obteve alguns resultados de baixa duração.
Por volta de 1822, usando verniz de asfalto (hoje conhecido como betume
da Judeia) e aplicado sobre vidro e fixando a imagem com uma mistura de óleos
com o intuito de fixá-la, conseguiu que a imagem ficasse exposta por oito
horas. Niépce deu a este processo o nome de “SISTEMA HELIOGRÁFICO”. Documentos
comprovam que esta foi a primeira fotografia da história, mesmo que tivesse uma
curta duração.
Em 1826, usando o verniz de asfalto e fixando a imagem com sua própria
urina, obteve uma fotografia com uma duração mais longa. Contudo, ainda não era
o que todos esperavam. Mas Niépce não desistiu.
O trio Niépce, Dumas e Daguerre passam a realizar novos experimentos.
Dumas despreza e abandona os processos usados pelo sócio por serem lentos
demais. Essa sociedade durou pouco tempo porque Niépce faleceu em 1833.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADA PELA VISITA.
Espero que tenha encontrado o que precisava, tenha gostado do que encontrou e que volte muitas outras vezes. Ficarei muito feliz se você deixar um recadinho para mim.