Este
foi um período muito importante e que não pode ser esquecido. A troca do
orifício da câmara escura por lentes foi um grande passo na história da
fotografia. Entre as lentes mais antigas, a Veneziano Bárbaro foi a primeira
lente a ser usada numa câmara escura, ainda no século XV. Mas, somente entre os anos
do Século XVII e XVIII é que os grandes avanços da ótica ficaram conhecidos
através das lunetas e telescópios.
antigos telescópios
O
princípio da ótica e suas lentes fantásticas foram usados no início do cinema e
está registrado no filme “Viagem a Lua” de Geórge Meliè. E não parou por aí. Um
princípio que embora tenha ganho alguns avanços com as novas tecnologias
continua válido até os dias de hoje.
Imagem do filme "Viagem à Lua" de George Meliés,
mostrando um foguete chegando à lua.
Mas,
para os pintores e gravuristas de alguns séculos atrás, um outro problema se
tornava muito urgente: como fixar as imagens obtidas pelas câmaras escuras? E se
necessitavam de uma solução rápida devemos convir que ela veio, mas não com a
rapidez desejada.
Em 1793, o francês Joseph Nicéphore Niépce era
um homem dedicado a inventos de aparelhos técnicos. Interessava-se também por processos mecânicos que envolviam a
ação da luz e, por esse motivo, começou a trabalhar com litografia.
Litografia (também conhecida como litogravura) consiste na reprodução de
um escrito ou gravura impressos sobre papel, superfície calcária ou placa de
zinco. Para isso, Niépce usava uma prensa e uma tinta graxenta. Mas, evidentemente,
tinha que fazer como outros artistas: copiar desenhos e gravuras antes que
apagassem e perdesse o trabalho iniciado.
um trabalho de litografia
Intrigado com a curta duração das imagens, Niépce passou a se interessar
por experimentos fotográficos. E sem saber que outros inventores já faziam
pesquisas para descobrir um fixador para as imagens obtidas em câmaras escuras,
Niépce começou a fazer seus próprios experimentos. Evidentemente, os primeiros resultados
foram negativos.
Em 1816, tratando papéis com nitrato de prata e as imagens fixadas com
ácido nítrico, Niépce obteve alguns resultados de baixa duração.
Por volta de 1822, usando verniz de asfalto (hoje conhecido como betume
da Judeia) e aplicado sobre vidro e fixando a imagem com uma mistura de óleos
com o intuito de fixá-la, conseguiu que a imagem ficasse exposta por oito
horas. Niépce deu a este processo o nome de “SISTEMA HELIOGRÁFICO”. Documentos
comprovam que esta foi a primeira fotografia da história, mesmo que tivesse uma
curta duração.
Em 1826, usando o verniz de asfalto e fixando a imagem com sua própria
urina, obteve uma fotografia com uma duração mais longa. Contudo, ainda não era
o que todos esperavam. Mas Niépce não desistiu.
Um pintor de paisagens e de gravuras chamado JAQUES MANDÉ DAGUERRE ouviu
falar dos bons resultados de Niépce e, em 1829, se associa a ele e passam a
trabalhar juntos na tentativa de acharem um fixador mais duradouro. Niépce conhece
o químico Dumas e com ele também se associa.
O trio Niépce, Dumas e Daguerre passam a realizar novos experimentos.
Dumas despreza e abandona os processos usados pelo sócio por serem lentos
demais. Essa sociedade durou pouco tempo porque Niépce faleceu em 1833.
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