Com a
morte de Niépce, Louis Daguérre e Dumas continuam o trabalho. E depois de
muitas experiências, em agosto de 1839, Daguérre apresenta um novo processo à
L’Acadêmie des Sciènces er Beaux Arts de Paris. Um processo que viria a ser
revolucionário que ficou conhecido como “Daguerreotipia”.
Era um
processo complexo e trabalhoso. Era preciso fazer uma chapa de cobre e prata e
submetida a vapores de iodo e que devia ficar exposta a luz por um longo tempo
numa câmara escura por cerca de 4 a 10 minutos, dependendo da iluminação do
objeto. Depois disso, essa placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido que
aderia nas partes onde a luz incidira e assim a imagem aparecia. A imagem
gravada então era revelada e fixada por uma solução de tiossulfato de sódio.
imagem obtida na placa no processo de Daguerre
A imagem
obtida era rica em detalhes e com tal perfeição que impressionava a todos. O
resultado era uma fotogravura. Mas ainda não era uma fotografia.
Apesar da
perfeição da imagem, haviam alguns inconvenientes. O primeiro deles era que o
manuseio dos produtos químicos era muito perigoso, principalmente, quando esse
manuseio era realizado por pessoas com poucos conhecimentos de química.
O segundo
inconveniente era o custo. Cada chapa produzia apenas uma única imagem. Este
fato impedia que cópias dessa imagem fossem reproduzidas. Para isso, era
preciso que novas chapas na quantidade de cópias fossem preparadas encarecendo
o processo.
O
terceiro era a lentidão do processo. A chapa deveria ficar exposta à luz por um
longo espaço de tempo. Por isso, era melhor que as imagens fossem de prédios,
monumentos e natureza morta pois permaneciam o tempo todo imóveis. Já os
retratos eram bem mais difíceis porque as pessoas (ou os modelos) deveriam
ficar imóveis por um período de 30 a 45 minutos, tempo necessário para que a
chapa captasse a imagem e seus pormenores. Desse modo se piscassem ou
respirassem mais profundamente, a imagem ficaria toda embaçada, equivalendo a
perda do trabalho. Muito menos essa imagem poderia ser usada pela imprensa, que
ainda dependia dos desenhistas e gravuristas para ilustrar as publicações.
Apesar
dos inconvenientes, a técnica se tornou popular. E, em pouquíssimo tempo, era
usada no mundo todo, incluindo-se os lugares mais longínquos. Seja como for, Louis
Daguérre foi o primeiro a dar um passo gigantesco na questão das imagens
obtidas e para a história da fotografia.
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