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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

ZENTANGLE - 4º PASSO - MAIS DESCOBERTAS

Aprender a trabalhar com Zentangle, é uma delícia, e já afirmei isso em outra ocasião. E se reafirmo uma citação, é porque realmente é.  Não importa se saia bonito ou feio, esquisito, torto, incomum. Claro, nem tudo sai perfeito como você o eu gostaríamos. 

Mas grande sacada é tentar, experimentar, tirar conclusões e encontrar soluções.

Sim, tenho problemas em desenhar rostos. E daí? Os rostos de Picasso, para mim são horrorosos, e ele continua sendo um grande nome da Pintura contemporânea.
Padrões: na blusa, flores, folhas e fundo.

Esta imagem é uma montagem. Como não conseguia alinhar o nariz e a boca, procurei mãos e tapei o rosto com elas. Padrão: fundo, flores, folhas, cabelo, roupa.

Esta imagem também é uma montagem. Repeti  a primeira imagem desta página, modifiquei o cabelo, e para tampar o nariz que havia ficado muito esquisito, coloquei uma borboleta para disfarçar. Em vez de roupas, o padrão foram as borboletas e as pequenas mandalas ao fundo.


Copiada a imagem da figura humana, o que fazer ao fundo? Procurei alguns riscos nos meus guardados e achei estas flores que já havia usado em outra ocasião, podendo dar a elas uma cara nova. E foi o que fiz e achei que combinou com a figura humana Usei os padrões na roupa da moça, nas flores e nos arabescos que simulam galhos.


Ao vasculhar meus guardados encontrei esta figura de costas. Uma boa oportunidade para trabalhar novas soluções, ou como uma forma de resolução de problema (que na maioria das vezes, não precisam de fazermos contas). A primeira opção foi esta: a moça de costas para um jardim. Sim uma solução simples e pobre. ou melhor: paupérrima. Nas foi o que pensei naquele momento.
Veja se você descobre os padrões.

Este rosto já foi usado várias vezes em outras situações. Mas cada vez que o faço ele adquire um aspecto novo. E eu acho isso muito bom. Desta vez, os padrões estão no... Descubra.

Esta imagem da moça é a mesma da anterior em posição invertida, Apenas dobrei um dos braços. Então pensei: O que ela poderia estar vendo? Muitas ideias me vieram a mente: praia, vendo algo num caminho. Mas, que caminho era esse? Para onde ela estaria indo? o que chamaria sua atenção? E na minha cabeça construí uma pequena história e a contei com desenhos.

Da mesma forma que o rosto anterior, também já foi muito usado e com formas diferentes dando a sensação de ser sempre novo. Esta imagem está repleta de padrões. Você já está apta (o) a descobri-los. Então, mãos à obra. Se quiser descrevê-los, deixe nos comentários.

Até a próxima postagem.

terça-feira, 17 de março de 2020

LIVROS ESCAVADOS


Quero te mostrar um outro tipo de recorte: o LIVRO ESCAVADO. 


Uma obra de arte que faz parte do chamado "ALTERED BOOK", realizados com livros bem grossos. Neles, os recortes são mais simples, irregulares, retos ou inclinados, ou ainda, feitos em patamares que incluem um ou mais livros, como se vê na foto acima. E nesses patamares, você coloca a decoração que quiser (bonecos, carros, casas, árvores, galhos secos,). 

 

Nas fotos, as casas são feitas com papelão resistente e encapado com os pedaços retirados do próprio livros nos recortes. As árvores também são aproveitamentos dos pedaços retirados. Depois, tudo é colado sobre os grupos de folhas colados. 

Três dicas: No caso de tentar a montanha da segunda imagem: a) cole todas as folhas em pequenos grupos (de 15 a 20-25) folhas antes de recortar; b) comece os recortes de trás para a frente; c) use um estilete bem afiado.

MAIS ALGUNS EXEMPLOS DIFERENTES


  



Muito lindos!!!

Fonte de Imagens: Pinterest

domingo, 9 de fevereiro de 2020

ALTERED BOOK COM DOBRAS PARA TE INSPIRAR

QUERIDOS LEITORES

Aqui estão algumas sugestões para você dobrar as folhas dos livros e criar as mais belas obras de arte. Tudo vai da sua vontade e do seu interesse.




 
 

Imagens Google

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

ALTERED BOOK: você sabe o que é?

Navegar pela Internet é incrível! Você encontra um monte de coisas legais e muitas, muitas coisas ruins, às quais não dou importância alguma.

Mas falando de coisas boas, encontrou um tipo novo de arte visual que me deixou extasiada: a ALTERED BOOK, ou livro alterado. É uma forma de arte e de reciclagem daqueles livros cujos conteúdos ficaram comprovadamente ultrapassados pelas novas descobertas.

O ALTERED BOOK é uma arte feita de recortes ou por dobras das folhas dos livros de forma que formem uma cena. E uma arte belíssima, delicada, mas muito meticulosa por apresentar todos os planos das artes visuais. Essas obras vão das mais simples...






... ou mais complexas, como as que formam cenas, como estas:



As fotos são para que você fique interessado em aprender a fazê-la. Videos na próxima postagem.

Imagens: Google.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

COMO PRESENTEAR NESTE NATAL?

O NATAL ESTÁ CHEGANDO! E muita gente está sem dinheiro para comprar o presente dos sonhos e está sem dinheiro. Mas nem tudo está perdido. Valorize uma lembrancinha com uma bela e fácil embalagem. E o melhor, gastando muito pouco.

E como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, este vídeo mostra uma porção delas que, com coisas que você tem em casa, você as fará com toda a certeza. Assista ao vídeo e mãos a obra. 


O que colocar dentro? Não importa. Valorize-o e será bem recebido e apreciado

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A ARTE BRUTA DO BISPO DO ROSÁRIO



 "Roda da Vida"

Antes de sua internação no sanatório, Bispo do Rosário já mostrava um certo talento artístico ao elaborar pequenas esculturas em madeira e outros diversos objetos. No entanto, suas obras simples e rudimentares ganharam expressão e reconhecimento internacional somente após sua morte.

As obras do Bispo eram vistas na época como despretensiosas e ignoravam todas as convenções acadêmicas, os formalismos e enquadramentos dos estilos o que fazia com que os críticos se impressionassem e procurassem estudá-la e investigá-la ainda mais suas criações. O jeito simples e, até certo ponto infantil de suas obras, marcavam uma nova modalidade dentro do que se considerava como “arte moderna”.

Jangadas no mar

O pintor francês Jean Dubuffet, interessado nas obras de pacientes psiquiátricos e dos artistas sem formação acadêmica, denominou estas produções artísticas como "ARTE BRUTA", como um tipo distinto do “fazer artístico”. Muitos críticos não consideram as obras do Bispo como arte. Mas o que é arte? 
Lembranças da Marinha

Arte, por acaso, não é um movimento da nossa imaginação que nos leva a descobrir caminhos pela qual concretizamos esse movimento? E de onde surge esse movimento? Do que nos toca a sensibilidade? Do que vemos, do que sentimos ou das nossas lembranças? Dos nossos desvios ou da nossa sanidade? 

O potencial artístico inclui isso tudo, ora juntos, ora separados entre si. Portando, é ou não um movimento criador? O importante é que a força do movimento imaginativo (ou criador) nos leve a um outro movimento: o de retratar o pensado/criado/imaginado. E nessa retratação, os materiais utilizados dependem das condições e da disposição em um determinado momento. Pode-se usar o que se tem à mão ou com materiais pesquisados e planejados.
Jangada

A arte designada como “Arte Bruta" ou a “Arte dos Loucos” é assim. Depende da cultura absorvida na sua forma mais original. Expressa em manifestações originais e manuais que incorporam modelos sem qualquer formalidade, porém com uma lógica e coerência, ultrapassando as diferentes modalidades artísticas contemporâneas até então conhecidas. Em nível artístico, o processo sociocultural é veiculado e retratado na sua totalidade. 

Além disso, todas as obras do Bispo do Rosário apresentam os alicerces básicos de uma criação artística: um planejamento de elaboração, a originalidade de execução e sua marca como autor (basta ver a obra e saber quem a fez). 

O Muro

As obras do Bispo do Rosário continuam sendo rotuladas como “arte marginal”. Esse rótulo deriva da sua condição de internado num manicômio e pelo diagnóstico de esquizofrenia, dos delírios místicos, da exclusão e da marginalidade social. Mas são obras que fascinam e causam admiração porque inclui valores, variedade de discursos e pode estudada tanto no sentido das disparidades como nas suas peculiaridades com a realidade.

O Carrossel

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

OS OBJETOS DO BISPO

As obras do Bispo do Rosário são bastante diversificadas. Na Colônia Juliano Moreira, Bispo tinha à sua disposição, utensílios do cotidiano como: canecas de alumínio, colheres, vassouras, rodos, botões, garrafas plásticas, madeiras de caixas de fruta, calçados entre outros para colecionar e depois construir suas obras. Ele rendia esses objetos a um pedaço de madeira e os pendurava na parede para “economizar espaço”.


Bispo afirmava que ouvia vozes e que elas lhe davam ordens para recolher as coisas do mundo, pois deveria apresentá-las a Deus, no dia do Juízo Final. Segundo Bispo, a criação das peças que fazia era uma imposição dessas vozes. Por isso, não gostava de ser chamado de “artista”.






Continua


domingo, 22 de setembro de 2019

LOUCURA OU GENIALIDADE DO BISPO?


Jamais um artista teve sua vida tão vasculhada e divulgada quanto a de Arthur Bispo do Rosário, seja por ter sido descoberto como artista tardiamente, seja por sua internação num hospício ou por suas obras serem de uma singularidade jamais vista em canto algum.
Até hoje, ninguém sabe porque Arthur perdeu a razão. Mas, nunca foi agressivo, nem mesmo, nos momentos mais graves de suas crises ou de suas alucinações. Ao contrário, segundos que conviveram com ele afirmam é que sempre foi uma pessoa quieta. Gostava de se isolar quando por dentro se sentia agitado.


De quando em quando no hospício, Arthur se trancava em seus aposentos e só abria um pouco a porta para receber a comida ou para pedir um tecido, linhas ou agulhas ou outra coisa que precisasse e para receber esses pedidos. O que ele estava fazendo ninguém sabia. Apesar da curiosidade dos cuidadores por causa dos seus estranhos, como Bispo não dava trabalho e nem promovia confusões, poucos se lembravam dele ou do que fazia. Só para se ter ideia a última vez que se trancou durou anos e culminou com sua morte. 
  
Ao entrarem nos aposentos de Bispo do Rosário, surpreenderam-se com o que viram. O acervo de suas obras era gigantesco. Com peças simples, ares infantis e muito coloridas, dobradas num canto do aposento ou expostas nas paredes, revelavam uma originalidade ímpar.


Havia muito tempo que Bispo do Rosário não tinha qualquer contato com o mundo exterior, mas suas obras tinham um ar de modernidade e contemporaneidade. 

Muitos críticos questionaram suas obras numa tentativa de relacionar o que viam com sua doença mental. Outros, no entanto, logo viam sua qualidade artística independente de sua origem ou de sua doença.

Na verdade, usando objetos que podia conseguir no ambiente onde vivia naquele momento, Bispo conseguia reunir: o folclore e a cultura de sua terra natal; as lembranças e sonhos de sua meninice; as lembranças dos países em que estivera como jovem marinheiro e a habilidade adquirida com os trabalhos esporádicos e mal remunerados em suas peças simples e ingênuas, mas com uma profundidade e uma atualidade impressionante.

As obras de Arthur Bispo do Rosário não deixavam nada a dever àquelas produzidas pelos famosos artistas de sua época. Tanto que suas obras foram expostas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, como uma produção de “Pós-Pop art”. Indiscutivelmente a criatividade, a singularidade e o estilo inconfundível das obras do Bispo do Rosário mostram o seu talento.   

Hoje suas obras estão expostas num museu que leva seu nome: Museu Bispo do Rosário, organizado por Eva Klabin e seus assessores e se localiza na cidade do Rio de Janeiro - RJ.

Próxima postagem: o Acervo do Bispo do Rosário

Pessoal, desculpem a demora nas postagens, mas foi por problemas de saúde.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

LOUCO OU ARTISTA?


Você sabe quem é esta pessoa?
Dica: é uma figura estranha e enigmática tanto para as artes em geral, quanto para a Arte-Terapia. Você sabe quem ele é?


 Este é Arthur Bispo do Rosário, mais conhecido como “Bispo do Rosário”.


Esta é Japaratuba (Sergipe), a Cidade onde Bispo do Rosário 
nasceu e viveu até sua juventude.


Arthur era natural de Japaratuba, uma pequena e pacata cidade litorânea do estado brasileiro de Sergipe. Era filho do sr. Adriano Bispo do Rosário e da sra Blandina Francisca de Jesus.

A data do nascimento de Arthur é controversa. As informações são dos registros das empresas onde ele trabalhou. No entanto, nuns registros consta a data de 14 de maio de 1909 e, em outras, a data de 16 de março de 1911. Inclusive, pode não ser nenhuma dessas e ser outra. 
  
Marinha Brasileira de 1925
Em 1925, supondo que para fazer o serviço militar, Arthur Bispo do Rosário entra para a Marinha. Em serviço, Bispo teve a oportunidade de conhecer muitos lugares do mundo. Gostava de esporte e se tornou boxeador pela Instituição. Mas, era um militar indisciplinado e, segundo seus chefes, foi dispensado por isso.

Fora da Marinha, Bispo trabalhou em diversos lugares. Entre eles, trabalhou a Companhia de Energia Elétrica (a famosa “Light”). Os demais serviços eram realizados aqui e ali e sem carteira assinada. Ou seja, fazia muitos “biscates” e ganhava pouco. Um belo dia, Bispo decidiu sair de sua terra natal e rumou para o Rio de Janeiro. 

Quando chegou ao Rio? Ninguém sabe ao certo. A notícia que se tem segue a seguinte cronologia:

De 1933 a 1937, trabalha no Departamento de Tração de Bondes. De 1937 a 1938, trabalha como empregado doméstico da família Leoni, em Botafogo (RJ).

Em 21 de dezembro de 1938, Bispo desperta de um sonho ou de uma alucinação. Acorda seu patrão (o sr Leoni) afirmando desesperadamente que Deus lhe havia dado uma ordem e ele precisava ir imediatamente para a Igreja da Candelária.



O sr Leoni nem teve tempo de indicar o caminho, pois Bispo saiu correndo. Sem conhecer a região e saber como chegar à Candelária, Bispo passou e entrou em várias Igrejas. E andando sem rumo, acabou chegando ao Mosteiro de São Bento onde foi acolhido pelos monges. Bispo afirmava aos monges “ser um enviado de Deus e encarregado de julgar vivos e mortos”. E era insistente nessa afirmação.

Mosteiro de São Bento

Desconfiados de insanidade mental, os monges decidiram encaminhá-lo para a polícia. Lá, afirmando e reafirmando sua missão divina aos policiais, é feito sua ficha onde consta que é “louco e indigente”. Em seguida, é transferido para o HOSPÍTAL PEDRO II (o Hospital da Praia Vermelha, como era conhecido pela população local) e onde ficou internado por um mês.

Colônia Juliano Moreira em 1939 - hoje, em ruínas 

Após alguns exames físicos, psicológicos e psiquiátricos, Arthur foi diagnosticado como sendo “esquizofrênico-paranóico” e transferido para a COLÔNIA JULIANO MOREIRA, no subúrbio de Jacarepaguá (RJ), onde recebeu um registro como sendo o “paciente 01662”. 



Nesse hospício. Bispo do Rosário permaneceu por mais de 50 anos.

Continua na próxima postagem

terça-feira, 23 de julho de 2019

LYGIA CLARK (terapeuta sensorial)


De volta os Rio de janeiro, dedica-se ao estudo de possibilidades terapêuticas da arte sensorial e dos objetos relacionados à essas terapias. Com isso, passa a dar consultas terapêuticas particulares alheias ás artes e à psicanálise, entre 1978 e 1985.





Suas obras ganharam notoriedade nacional e internacionalmente. E em 25 de abril de 1988, Lygia Clark falece no Rio de Janeiro