Você
sabe quem é esta pessoa?
Dica: é uma figura estranha e enigmática tanto para as artes em geral, quanto para a Arte-Terapia. Você sabe quem ele é?
Esta é Japaratuba (Sergipe), a Cidade onde Bispo do Rosário
nasceu e viveu até sua juventude.
Arthur
era natural de Japaratuba, uma pequena e pacata cidade litorânea do estado
brasileiro de Sergipe. Era filho do sr. Adriano Bispo do Rosário e da sra
Blandina Francisca de Jesus.
A data do nascimento de Arthur é controversa. As informações são dos
registros das empresas onde ele trabalhou. No entanto, nuns registros consta a
data de 14 de maio de 1909 e, em outras, a data de 16 de março de 1911.
Inclusive, pode não ser nenhuma dessas e ser outra.
Marinha Brasileira de 1925
Em 1925, supondo que para fazer o serviço militar, Arthur Bispo do
Rosário entra para a Marinha. Em serviço, Bispo teve a oportunidade de conhecer
muitos lugares do mundo. Gostava de esporte e se tornou boxeador pela
Instituição. Mas, era um militar indisciplinado e, segundo seus chefes, foi
dispensado por isso.
Fora
da Marinha, Bispo trabalhou em diversos lugares. Entre eles, trabalhou a
Companhia de Energia Elétrica (a famosa “Light”). Os demais serviços eram
realizados aqui e ali e sem carteira assinada. Ou seja, fazia muitos “biscates”
e ganhava pouco. Um belo dia, Bispo decidiu sair de sua terra natal e rumou
para o Rio de Janeiro.
Quando chegou ao Rio? Ninguém sabe ao certo. A notícia
que se tem segue a seguinte cronologia:
De
1933 a 1937, trabalha no Departamento de Tração de Bondes. De 1937 a 1938,
trabalha como empregado doméstico da família Leoni, em Botafogo (RJ).
Em
21 de dezembro de 1938, Bispo desperta de um sonho ou de uma alucinação. Acorda
seu patrão (o sr Leoni) afirmando desesperadamente que Deus lhe havia dado uma ordem e ele precisava
ir imediatamente para a Igreja da Candelária.
O
sr Leoni nem teve tempo de indicar o caminho, pois Bispo saiu correndo. Sem conhecer
a região e saber como chegar à Candelária, Bispo passou e entrou em várias
Igrejas. E andando sem rumo, acabou chegando ao Mosteiro de São Bento onde foi
acolhido pelos monges. Bispo afirmava aos monges “ser um enviado de Deus e encarregado
de julgar vivos e mortos”. E era insistente nessa afirmação.
Mosteiro de São Bento
Desconfiados
de insanidade mental, os monges decidiram encaminhá-lo para a polícia. Lá,
afirmando e reafirmando sua missão divina aos policiais, é feito sua ficha onde
consta que é “louco e indigente”. Em seguida, é transferido para o HOSPÍTAL
PEDRO II (o Hospital da Praia Vermelha, como era conhecido pela população
local) e onde ficou internado por um mês.
Colônia Juliano Moreira em 1939 - hoje, em ruínas
Após
alguns exames físicos, psicológicos e psiquiátricos, Arthur foi diagnosticado
como sendo “esquizofrênico-paranóico” e transferido para a COLÔNIA JULIANO
MOREIRA, no subúrbio de Jacarepaguá (RJ), onde recebeu um registro como sendo o
“paciente 01662”.
Nesse hospício. Bispo do Rosário permaneceu por mais de 50 anos.
Continua na próxima postagem
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