Jamais um artista teve sua vida tão vasculhada e divulgada quanto a de Arthur Bispo do Rosário, seja por ter sido descoberto como artista tardiamente, seja por sua internação num hospício ou por suas obras serem de uma singularidade jamais vista em canto algum.
Até hoje, ninguém sabe porque Arthur perdeu a razão. Mas, nunca foi agressivo, nem mesmo, nos momentos mais graves de suas crises ou de suas alucinações. Ao contrário, segundos que conviveram com ele afirmam é que sempre foi uma pessoa quieta. Gostava de se isolar quando por dentro se sentia agitado.
Até hoje, ninguém sabe porque Arthur perdeu a razão. Mas, nunca foi agressivo, nem mesmo, nos momentos mais graves de suas crises ou de suas alucinações. Ao contrário, segundos que conviveram com ele afirmam é que sempre foi uma pessoa quieta. Gostava de se isolar quando por dentro se sentia agitado.
De
quando em quando no hospício, Arthur se trancava em seus aposentos e só abria
um pouco a porta para receber a comida ou para pedir um tecido, linhas ou
agulhas ou outra coisa que precisasse e para receber esses pedidos. O que ele
estava fazendo ninguém sabia. Apesar da curiosidade dos cuidadores por causa
dos seus estranhos, como Bispo não dava trabalho e nem promovia confusões,
poucos se lembravam dele ou do que fazia. Só para se ter ideia a última vez que
se trancou durou anos e culminou com sua morte.
Ao
entrarem nos aposentos de Bispo do Rosário, surpreenderam-se com o que viram. O
acervo de suas obras era gigantesco. Com peças simples, ares infantis e muito
coloridas, dobradas num canto do aposento ou expostas nas paredes, revelavam
uma originalidade ímpar.
Havia muito tempo que Bispo do Rosário não tinha qualquer contato com o mundo
exterior, mas suas obras tinham um ar de modernidade e contemporaneidade.
Muitos críticos questionaram suas obras numa tentativa de relacionar o que viam com sua doença mental. Outros, no entanto, logo viam sua qualidade artística independente de sua origem ou de sua doença.
Muitos críticos questionaram suas obras numa tentativa de relacionar o que viam com sua doença mental. Outros, no entanto, logo viam sua qualidade artística independente de sua origem ou de sua doença.
Na
verdade, usando objetos que podia conseguir no ambiente onde vivia naquele momento,
Bispo conseguia reunir: o folclore e a cultura de sua terra natal; as
lembranças e sonhos de sua meninice; as lembranças dos países em que estivera como
jovem marinheiro e a habilidade adquirida com os trabalhos esporádicos e mal
remunerados em suas peças simples e ingênuas, mas com uma profundidade e uma atualidade
impressionante.
As
obras de Arthur Bispo do Rosário não deixavam nada a dever àquelas produzidas
pelos famosos artistas de sua época. Tanto que suas obras foram expostas no
Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, como uma produção de “Pós-Pop art”.
Indiscutivelmente a criatividade, a singularidade e o estilo inconfundível das
obras do Bispo do Rosário mostram o seu talento.
Hoje
suas obras estão expostas num museu que leva seu nome: Museu Bispo do Rosário, organizado
por Eva Klabin e seus assessores e se localiza na cidade do Rio de Janeiro - RJ.
Próxima postagem: o Acervo do Bispo do Rosário
Pessoal, desculpem a demora nas postagens, mas foi por problemas de saúde.
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