Como tudo o que é inovador, há os que gostam e elogiam e os que não gostam e criticam. No Brasil, não foi diferente. De 1964 a 85, o Brasil uma época difícil marcado por lutas de guerrilheiros armados. E o povo, cansado da desordem que se instalara no país, sai às ruas para pedir uma intervenção militar.
O Regime Militar foi marcado por um viés conservador que objetivava trazer a ordem e o progresso no país que estava sendo atacado por grupos revolucionários. E é nessa época que surge as Artes Conceituais no país.
As
artes se apresentam de diversas formas: pintura, escultura, artes gráficas,
dança que se expressavam de uma maneira nova e transgressoras ao que as pessoas estavam acostumadas a ver. E, justamente, numa época de Regime Militar. Correto ou não, as autoridades entendiam que as Artes Conceituais tinham cunho contestador cujas propostas tinham como alvo o Estado e o regime a nível ideológico, político e social. E, partindo deste entendimento, a solução encontrada foi a censura.
No entanto, a censura atingiu com mais força a música e, mais especificamente,
o canto, porque era a forma mais fácil de transmitirem as ideias revolucionárias
para a maioria da população. As autoridades viam “sentidos obscuros por detrás”
das palavras das letras das canções que faziam sucesso na época. Por exemplo,
vejam esta canção famosa de Adoniran Barbosa:
http://pitayacultural.com.br/wp-content/uploads/2018/10/adoniran-472x640.jpg
Cantores
e compositores como Caetano Veloso, Zé Keti, Carlos Lyra, Chico Buarque,
Geraldo Vandré, Toquinho, Belchior, Taiguara, Milton Nascimento dentre outros,
tiveram suas músicas censuradas. Alguns intérpretes também foram censurados,
entre eles: Elis Regina (Tiro ao Álvaro) e Gal Costa (Vaca Profana).
Se
haviam ou não algo escondido, se foi ou não devaneio dos militares não se sabe
e nem cabe discussão. Mas o fato é que: artistas reclamavam da censura e das
prisões e alguns compositores e intérpretes foram exilados, por estarem
alinhados a grupos revolucionários.
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