Vestir-se
não é só colocar uma roupa qualquer no corpo. Também não colocar no corpo tudo
o que aparece nos desfiles de moda. Pois nem tudo o que está na moda é do seu
gosto ou lhe fica bem.
Moda?
O que é isso? O termo “moda” tem vários sentidos. Porém, quando se trata do
vestir tem como significado “uma maneira ou um costume predominante”, ou seja,
uma vestimenta que é comum e apreciada por muitas pessoas.
Vestir-se
é um fenômeno social, porque traduzem os valores de uma sociedade em
determinada época. E cada época tem características próprias que as identifica
e a distingue das outras.
Vestir
também é uma arte. Não é só pela combinação de peças e cores, mas principalmente,
pelas transformações e detalhes que foram conquistados e perdidos ao longo do
tempo. E as perdas foram significativas quando pensamos que a sociedade
caminhou para uma vida mais prática do que bela.
É
arte também quando olhamos sobre o desenho ou modelo de uma peça, no corte, nos
detalhes e no caimento da vestimenta no corpo, sejam elas femininas ou
masculinas. E como outros tipos de arte tem seu lado psicológico. As
vestimentas dizem muito de nós: do que somos, do que gostamos, qual o nosso
estado de humor etc.
E
como tudo na vida vestir uma roupa exclusiva ou comprada pronta nos faz
lembrar, mais uma vez, de que tudo é um processo. E como todo processo tem uma
porção de etapas: criação (do modelo feito por um estilista), o desenvolvimento
(modelagem, corte, montagem e a costura) e a finalização (os acabamentos). Por
isso, criar uma vestimenta não acontece de uma hora para outra.
Quem
nunca se perguntou sobre o motivo pelo qual usamos vestimentas? Quem a
inventou? Ou se essa preocupação com a moda é uma mania dos tempos atuais?
OS
PRIMÓRDIOS DAS VESTIMENTAS
A
história do vestuário é bem antiga. Ela existe desde a Era Primitiva. Segundo a
teoria evolucionista, descendemos de um tipo especial de primatas que foram evoluindo
lenta e progressivamente até se transformarem no que hoje chamamos de “seres
humanos”. E como todo primata tinham o corpo coberto de pelos que os protegiam
do frio intenso.
Constantemente
precisavam procurar alimento quando este escasseava. Então, partiam para lugares
distantes onde a comida era mais farta. Dessa maneira, tornaram-se nômades. A
vida não era nada fácil para esses primatas, pois iam por caminhos íngremes e
perigosos e as viagens demoravam muitos meses ou anos. Encontravam também
diversas variações climáticas: calor, chuva, frio, nevascas etc.
Embora
a evolução lhes trouxesse muitos benefícios, como por exemplo o desenvolvimento
da arte de criar objetos, por outro lado, lhes trouxe muitos prejuízos também,
como a perda da pelagem por causa da evolução que acontecia em seus corpos. Por
isso, muitos hominídeos morriam pelo caminho, fosse de acidentes naturais, de cansaço,
de fome ou de frio. E sem a cobertura de pelos sobre o corpo passaram a sentir
muito mais frio.
O
mesmo aconteceu com os calçados. Enrolando peles nos pés foi a solução
encontrada para atravessar grandes distâncias cobertas de gelo.
O
tempo foi passando, passando e em determinada época, a pele das vestes dos
caçadores primitivos passou a ser um sinal de destaque na tribo. A pele do
animal mais feroz, ou mais difícil de caçar no corpo de um caçador era um símbolo
de bravura e de coragem. O mesmo acontecia quando um guerreiro enfeitava seu
corpo ou vestes com dentes, ossos ou cabelos dos seus oponentes. Estes passavam
a ser respeitados e ouvidos pelo grupo, e muitos tornavam-se chefes.
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