quarta-feira, 13 de julho de 2016

O VESTUÁRIO


Vestir-se não é só colocar uma roupa qualquer no corpo. Também não colocar no corpo tudo o que aparece nos desfiles de moda. Pois nem tudo o que está na moda é do seu gosto ou lhe fica bem.

Moda? O que é isso? O termo “moda” tem vários sentidos. Porém, quando se trata do vestir tem como significado “uma maneira ou um costume predominante”, ou seja, uma vestimenta que é comum e apreciada por muitas pessoas.

Vestir-se é um fenômeno social, porque traduzem os valores de uma sociedade em determinada época. E cada época tem características próprias que as identifica e a distingue das outras.

Vestir também é uma arte. Não é só pela combinação de peças e cores, mas principalmente, pelas transformações e detalhes que foram conquistados e perdidos ao longo do tempo. E as perdas foram significativas quando pensamos que a sociedade caminhou para uma vida mais prática do que bela.

É arte também quando olhamos sobre o desenho ou modelo de uma peça, no corte, nos detalhes e no caimento da vestimenta no corpo, sejam elas femininas ou masculinas. E como outros tipos de arte tem seu lado psicológico. As vestimentas dizem muito de nós: do que somos, do que gostamos, qual o nosso estado de humor etc.

E como tudo na vida vestir uma roupa exclusiva ou comprada pronta nos faz lembrar, mais uma vez, de que tudo é um processo. E como todo processo tem uma porção de etapas: criação (do modelo feito por um estilista), o desenvolvimento (modelagem, corte, montagem e a costura) e a finalização (os acabamentos). Por isso, criar uma vestimenta não acontece de uma hora para outra.

Quem nunca se perguntou sobre o motivo pelo qual usamos vestimentas? Quem a inventou? Ou se essa preocupação com a moda é uma mania dos tempos atuais?

OS PRIMÓRDIOS DAS VESTIMENTAS

A história do vestuário é bem antiga. Ela existe desde a Era Primitiva. Segundo a teoria evolucionista, descendemos de um tipo especial de primatas que foram evoluindo lenta e progressivamente até se transformarem no que hoje chamamos de “seres humanos”. E como todo primata tinham o corpo coberto de pelos que os protegiam do frio intenso.

Constantemente precisavam procurar alimento quando este escasseava. Então, partiam para lugares distantes onde a comida era mais farta. Dessa maneira, tornaram-se nômades. A vida não era nada fácil para esses primatas, pois iam por caminhos íngremes e perigosos e as viagens demoravam muitos meses ou anos. Encontravam também diversas variações climáticas: calor, chuva, frio, nevascas etc.

Embora a evolução lhes trouxesse muitos benefícios, como por exemplo o desenvolvimento da arte de criar objetos, por outro lado, lhes trouxe muitos prejuízos também, como a perda da pelagem por causa da evolução que acontecia em seus corpos. Por isso, muitos hominídeos morriam pelo caminho, fosse de acidentes naturais, de cansaço, de fome ou de frio. E sem a cobertura de pelos sobre o corpo passaram a sentir muito mais frio.





Ninguém sabe quem teve a ideia, mas ela aconteceu. E, numa tentativa sobrevivência, passaram a usar peles de animais que jogavam por cima do corpo. Mas as peles eram pequenas e não conseguiam cobrir o corpo todo. E quando isto acontecia, precisavam de usar as mãos para segurar uma clava ou um objeto qualquer, nos momentos de luta com algum animal ou grupo inimigo, ou até mesmo para caçar ou pescar. E, ao cumprir essas tarefas, não podiam ficar segurando as peles. Também não se sabe quem teve a ideia de unir as peles teve a ideia de unir as peles. O que se sabe é que foi feito e a partir daquele momento, podiam cumprir suas tarefas e se manter aquecidos ao mesmo tempo. E estava criada a primeira vestimenta no mundo.


O mesmo aconteceu com os calçados. Enrolando peles nos pés foi a solução encontrada para atravessar grandes distâncias cobertas de gelo.

O tempo foi passando, passando e em determinada época, a pele das vestes dos caçadores primitivos passou a ser um sinal de destaque na tribo. A pele do animal mais feroz, ou mais difícil de caçar no corpo de um caçador era um símbolo de bravura e de coragem. O mesmo acontecia quando um guerreiro enfeitava seu corpo ou vestes com dentes, ossos ou cabelos dos seus oponentes. Estes passavam a ser respeitados e ouvidos pelo grupo, e muitos tornavam-se chefes.


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