Os
primeiros filmes eram revelados sob a ação do piragol, como já vimos em
postagem anterior, Sua ação era lenta e suave agindo sobre as imagens negras
resultantes da luz transmitida, nas imagens mais claras, sob a ação da luz
refletida, surgia a cor creme, sugerindo o branco. Já para os detalhes, surgia
a cor sépia. Por isso, as fotografias eram sempre em preto e branco.
laboratório fotográfico
Mas
o tempo foi passando, as câmeras fotográficas foram adquirindo cada vez mais praticidade,
os filmes foram melhorando. Mas apesar da popularidade de um e outro, depois
das fotografias tiradas e o filme ter terminado, a revelação ainda ficava a
cargo dos laboratórios estúdios fotográficos e do trabalho dos fotógrafos. E com isso novas
pesquisas foram realizadas com o objetivo de desenvolver as formas de revelação.
etapas da revelação
REVELAÇÃO
Para
revelar as fotografias, o filme era mergulhado, por determinado tempo, numa
solução química formada por várias substâncias e dosados para que essa solução
pudesse controlar os grãos de preta metálica (os haletos) para que a imagem se
tornasse visível. Essa
solução era formada por agentes reveladores e compostos orgânicos. Os principais
compostos orgânicos eram formados por: amidol, glicina, hidroquinona, metol, paranimofenol
e a parafenilenodiamina. Tudo isso muito bem dosado para que a imagem
aparecesse.
Cada
substância tinha uma função específica para que agissem sobre os grãos de prata:
a parafenilenodiamina agia sobre os grãos tornando-os pequenos e finos. O
amidol agia com rapidez sobre eles fazendo as imagens aparecerem. Mas sua ação era
pouco duradoura, porque se deteriorava rapidamente. Então a glicina, com sua
ação lenta e suave e poderosa, continuava o trabalho do amidol. O
hidrominofenol agia nas áreas intermediárias entre o negro e o branco mesclando
essas cores e fazendo surgir os contrastes. O paraminofenol, com uma ação rápida e suave, não
deixava aparecer certas zonas esbranquiçadas nas imagens, causadas pela ação
das outras substâncias.
Com
o tempo e com o aumento da demanda, os fotográfos precisavam diminuir a duração do processo químico. E passaram a
juntar na solução alguns “aceleradores”, ou seja, substâncias alcalinas ou um composto
combinado de sulfitos, sendo o álcali ou carbonato de sódio, o mais utilizado.
Revelada
as imagens era necessário protegê-las da oxidação proveniente dos agentes
químicos usados na revelado e do contato delas com o ar. Para isso, o filme era
novamente mergulhado numa outra solução que neutralizava os efeitos das
substâncias químicas. O mais usado foi o sulfito de sódio.
MODERADORES (STOP)
Por
fim, era preciso eliminar os resíduos químicos e dos aceleradores. Para isso,
os filmes eram novamente mergulhados numa terceira solução: a dos moderadores. A
função dos moderadores era parar por completo a ação dos reveladores e
aceleradores. Os principais moderadores eram: o 6-nitrobenzimidazol, o
benzotriazol, o 5-clorobenzimidazol, a tiocetanalida e o tetrazol.
FIXAÇÃO
Depois
de tudo isso, vinha a processo de fixação da imagem permitindo que ela fosse duradoura.
E para isso era preciso que os resíduos que, por ventura ainda restassem,
pudessem ser dissolvidos em água. O tempo de fixação era de vinte minutos para filmes no negativo; de
vinte a sessenta minutos para papel de cópia de gramatura simples
e de 35 a 120 minutos para papel de gramatura dupla. O fixador mais empregado é
o tiossulfato de sódio, chamado comumente hipossulfito ou hipo. Finalmente, os
filmes eram lavados em água corrente para retirar os excessos dos fixadores.
LAVAGEM
Depois
de lavados os filmes eram pendurados para secar. Só depois de secos, era feita
a impressão em papel. Todo esse trabalho levava em média de 2 a 3 dias. Esta
forma de revelação e impressão de fotografias durou até 1960.
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