MÚSICA MODERNA E O MUNDO (III)
Conta a
história que por volta do 1830, um jovem polonês da região da Boêmia compôs uma
música de ritmo alegre e bastante rico. Esse jovem chamou-a de Polca. Naquela época,
saber escrever era coisa para poucos. Por isso, muitos compositores chamavam um
maestro da localidade para escreverem as músicas que compunham. Foi o que
aconteceu com este jovem. O maestro ao copiar sua música mudou o nome “Polca”
para “Esmeralda”.
A polca
teve dois momentos, segundo os historiadores. Esses momentos foram antes e
depois de Chopin. Antes, as polcas polonesas eram alegres e vibrantes e tocadas
e dançadas nas festas do carnaval polonês. Depois de Chopin, tornaram-se mais
refinadas e pomposas ao estilo das chamadas “músicas clássicas” e fizeram parte
dos grandes recitais nos salões palacianos e nos grandes teatros.
Mas, o
ritmo alegre e empolgante conquistou um grande público. E além de ouvi-la,
passaram a dança-la também. Aos poucos, a polca foi tomando conta da Europa. E
em cada canto do mundo, a polca foi sofrendo pequenas modificações no ritmo. Em
pouco tempo, surgiram estilos diferentes como: a polca-mazurca, a polca galope
e a polca tramblanka (ou progressiva).
Na
Europa, desde 1840, a polca-mazurca é a mais popular. Ao longo do tempo foram
introduzidos novos passos provenientes da mazurca, uma espécie de polca tocada
e dançada na Noruega. No entanto, a mazurca sueca também difere no ritmo e na
coreografia da mazurca norueguesa.
Por ter
uma forma mais simples, mais rápida e mais vibrante, a polca galope ganhou
popularidade. Mas, ao longo do tempo, foi sofrendo variações. Os dançarinos
adotaram alguns passos semelhantes aos da valsa e com passos laterais e
rodopios. Em muitos lugares, é muito esperada para finalizar as festas.
A polca
Tramblanka (ou progressiva) é genuinamente polonesa e era tocada e dançada em cerimônias de
casamento e em festas familiares. Os dançarinos realizavam pequenos saltos ora
com uma perna, ora com a outra. Mas, variações nos passos tem sido introduzidas
Com o
tempo, a polca se espalha pelo mundo. E chega ao continente americano trazida
por europeus imigrantes que para cá vieram no século XIX. Evidentemente,
adequações foram realizadas.
Na
América do norte, a polca seguiu o modelo europeu. Na dança, os dançarinos vem
nela uma forma de expressão individual e de identidade étnica em que a liberdade é a característica principal dessa
expressão. A polca é usada em atividades recreativas e culturais convertendo-se
sempre numa atração.
Na
Argentina e no Paraguai, a polca passou a fazer parte da cultura desses povos.
A grande popularidade do ritmo e da dança, transformou a polca importada da
Europa em uma das tradições nacionais. Nesses países, a polca ganhou uma nova
batida, letras e novos instrumentos foram incorporados como o contra-baixo, o
acordeon e, algumas vezes, instrumentos de percussão.
dança campeira - Brasil
As letras
das polcas argentinas contam feitos históricos e ressaltam a valentia e a
bravura dos seus heróis. Falam também do povo como os guerreiros gaúchos da
região dos pampas, ou da vida, trabalho e coragem dos campineiros em contato
com a natureza. O mesmo acontece com o sul brasileiro, mais precisamente, no
Rio Grande do Sul.
A polca
paraguaia é uma criação adaptada ao gosto do estilo musical e identidade
cultural de seu povo. As principais variações da polca são as guarânias e os
chamamés Este mesmo gosto musical aparece no Mato Grosso do Sul, região
centro-sul brasileira.
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