A tendência renascentista
era muito linear. Mas, no final do período alguns músicos ensaiavam coisas
novas. Mas, foi em 1067, quando Montiverdi compôs a ópera “Orfeo” que uma nova tendência
teve início. Com um estilo mais rebuscado, com excesso de ornamentos e com
riqueza de detalhes, coisa nunca vista anteriormente, contrapondo-se a uma simplicidade
ímpar que influenciou: as artes plásticas, arquitetura, a literatura, o teatro
e, finalmente, a música. Tinha início o período barroco.
Esse período foi
assim chamado porque o termo barroco significava irregular ou deformação. O
mundo conhecia o estilo gregoriano, linear e com pouquíssimas variações. E a
riqueza de ornamentos e a simplicidade pareciam se contradizer. Por isso, espantava-se
diante da contradição entre a simplicidade e o rebuscamento. Julgando que essas
duas características se conflitariam a certa altura do caminho, foi jocosa e pejorativamente
chamada de “barroca”. Mas, esse momento nunca chegou. Ao contrário, foi
chegando devagar e se espalhando por toda a Europa.
Começa na Itália,
com Montiverdi e, mais precisamente, com a ópera “Orfeo”. Chega a Alemanha com as
músicas de Heinrich Schütz. E na França, com as obras de Jean-Fphilippe Rameau.
Seguem-se ainda as músicas de Jean-Baptiste Lully, Giácomo Carissimi e
Arcangelo Corelli. E o movimento barroco
e se espalha pela Europa.
O período barroco
foi um dos mais originais, criativo, revolucionário, importante e influente que
já se viu em todos os tipos de arte. As obras musicais se tornaram mais longas
e inovadoras. As melodias abusavam dos bemóis e sustenidos, do baixo contínuo e
dos contrapontos. As tessituras eram mais leves e homofônicas e com acordes
simples. Os modos renascentistas ficaram reduzidos a dois: o jônico e o eólio e
se tornaram a base de um novo sistema tonal: o sistema tonal maior (jônico) e o
sistema tonal menor (eólio) formando uma harmonia que encantava a todos. Mas, as tessituras polifônicas também
estiveram presentes. E a harmonia era sem igual.
CONHEÇA A MÚSICA BARROCA
o melhor de Johann Sebastian Bach
Mas, os músicos renascentistas e barrocos não viam esse movimento como
uma revolução de estilos. Ao contrário, achavam que era um desenvolvimento
progressivo, já que sua intenção fundamental era o de resgatar a música da
antiguidade.
A princípio, o canto homofônico foi usado como recurso para a expressão
de sentimentos e resgate da dramaticidade das tragédias gregas, passou a ser
vista como algo revolucionário e inovador. Enquanto isso, as músicas sacras
mantinham o contraponto.
No decorrer do século XVII, novas formas musicais foram criadas, como: a
ópera, o oratório, a fuga, a suíte, a sonata e o concerto onde eram empregadas
as formas binárias, ternárias e suas variações, rondós, ritonellos e fugas. As
músicas tinham ritmos enérgicos e exuberantes. As melodias eram criadas em linhas longas, fluentes e notas de enfeites
como trinados, arpejos, apojaturas, mordentes etc. Os contrastes foram o marco
deste período: seja dos timbres instrumentais, de poucos ou de muitos
instrumentos, de sonoridades fortes e suaves. A exploração instrumental trouxe
o amadurecimento, o florescimento de grandes obras e de gêneros musicais e o virtuosismo de alguns músicos,
como Bach, Bextehude (organistas), Rameau, Scarlatti e Couperin (no cravo), Vivaldi e Corelli (violinistas).
Os principais tipos
de música dessa época foram: corais, recitativos, árias, óperas,
oratórios, cantatas, aberturas italianas, aberturas francesas, tocatas,
prelúdios corais, suíte de danças, sonatas de câmara, sonatas de chiesa,
concertos grossos e concertos solos.
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