quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A MÚSICA BARROCA

A tendência renascentista era muito linear. Mas, no final do período alguns músicos ensaiavam coisas novas. Mas, foi em 1067, quando Montiverdi compôs a ópera “Orfeo” que uma nova tendência teve início. Com um estilo mais rebuscado, com excesso de ornamentos e com riqueza de detalhes, coisa nunca vista anteriormente, contrapondo-se a uma simplicidade ímpar que influenciou: as artes plásticas, arquitetura, a literatura, o teatro e, finalmente, a música. Tinha início o período barroco.


 


Esse período foi assim chamado porque o termo barroco significava irregular ou deformação. O mundo conhecia o estilo gregoriano, linear e com pouquíssimas variações. E a riqueza de ornamentos e a simplicidade pareciam se contradizer. Por isso, espantava-se diante da contradição entre a simplicidade e o rebuscamento. Julgando que essas duas características se conflitariam a certa altura do caminho, foi jocosa e pejorativamente chamada de “barroca”. Mas, esse momento nunca chegou. Ao contrário, foi chegando devagar e se espalhando por toda a Europa.


Começa na Itália, com Montiverdi e, mais precisamente, com a ópera “Orfeo”. Chega a Alemanha com as músicas de Heinrich Schütz. E na França, com as obras de Jean-Fphilippe Rameau. Seguem-se ainda as músicas de Jean-Baptiste Lully, Giácomo Carissimi e Arcangelo Corelli. E o movimento barroco e se espalha pela Europa.


O período barroco foi um dos mais originais, criativo, revolucionário, importante e influente que já se viu em todos os tipos de arte. As obras musicais se tornaram mais longas e inovadoras. As melodias abusavam dos bemóis e sustenidos, do baixo contínuo e dos contrapontos. As tessituras eram mais leves e homofônicas e com acordes simples. Os modos renascentistas ficaram reduzidos a dois: o jônico e o eólio e se tornaram a base de um novo sistema tonal: o sistema tonal maior (jônico) e o sistema tonal menor (eólio) formando uma harmonia que encantava a todos. Mas, as tessituras polifônicas também estiveram presentes. E a harmonia era sem igual.

CONHEÇA A MÚSICA BARROCA 

o melhor de Johann Sebastian Bach
Mas, os músicos renascentistas e barrocos não viam esse movimento como uma revolução de estilos. Ao contrário, achavam que era um desenvolvimento progressivo, já que sua intenção fundamental era o de resgatar a música da antiguidade.

A princípio, o canto homofônico foi usado como recurso para a expressão de sentimentos e resgate da dramaticidade das tragédias gregas, passou a ser vista como algo revolucionário e inovador. Enquanto isso, as músicas sacras mantinham o contraponto.

No decorrer do século XVII, novas formas musicais foram criadas, como: a ópera, o oratório, a fuga, a suíte, a sonata e o concerto onde eram empregadas as formas binárias, ternárias e suas variações, rondós, ritonellos e fugas. As músicas tinham ritmos enérgicos e exuberantes. As melodias eram criadas em linhas longas, fluentes e notas de enfeites como trinados, arpejos, apojaturas, mordentes etc. Os contrastes foram o marco deste período: seja dos timbres instrumentais, de poucos ou de muitos instrumentos, de sonoridades fortes e suaves. A exploração instrumental trouxe o amadurecimento, o florescimento de grandes obras e de gêneros  musicais e o virtuosismo de alguns músicos, como Bach, Bextehude (organistas), Rameau, Scarlatti e Couperin (no cravo), Vivaldi  e Corelli (violinistas).

Os principais tipos de música dessa época foram: corais, recitativos, árias, óperas, oratórios, cantatas, aberturas italianas, aberturas francesas, tocatas, prelúdios corais, suíte de danças, sonatas de câmara, sonatas de chiesa, concertos grossos e concertos solos.

Em 1750, este rico período termina com o falecimento de Johann Sebastian Bach.

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