Do ponto de vista
financeiro, a distribuição dos filmes é o segmento que mais caro para as
indústrias de cinema. A produção de cópias dos filmes que são enviadas para todas
as localidades do globo e depois recolher quando a temporada acaba envolve
grandes somas de dinheiro. Por isso, a distribuição deve ser realizada com
rigor e critério os locais de exibição. Caso o filme não seja um grande
sucesso, é sempre um risco financeiro enviá-lo para muitas salas, pois o risco
de perder dinheiro é muito grande.
Com a tecnologia, fica muito
mais fácil e mais barato gravar um filme em DVD e enviá-lo pela Internet. Neste
caso, os custos deixam de existir e é possível enviá-lo para várias salas do
mundo inteiro ao mesmo tempo. Por meio deste sistema, as companhias podem
agendar uma estréia no mesmo dia em vários países.
Além disso, a vantagem do
cinema digital é que os cinemas podem exibir o filme em várias salas
(incluindo-se as salas adicionais) ao mesmo tempo para usufruir do momento, se
o filme for um grande sucesso.
O mais interessante para
quem assiste a um filme no cinema, pela tv ou computador é a PROJEÇÃO.
Não há quem discorda de que
a apresentação é tudo. Se o filme tem um bom enredo, boa atuação de atores e
atrizes, mas uma imagem de pouca qualidade o filme não agrada. Por isso, a
escolha de uma película de excelente qualidade é recomendável. O problema dos
filmes em película é que, mesmo com um bom projetor, a imagem vai perdendo a
qualidade a cada exibição. Dessa maneira, um filme muito bom, pode ficar com
uma péssima imagem em poucas semanas. O mesmo acontece com o som.
A vantagem dos filmes
digitais em relação aos filmes de películas é que não há desgate nem da imagem,
nem do som. A qualidade de ambos permanece inalterada por longo.
Atualmente existem duas
grandes tecnologias de projeção digital: o projetor MICROMIRROR e o LCD.
O primeiro, forma as imagens
com uma série de espelhos microscópicos. Uma LÂMPADA potente integra o sistema,
emitindo sua luz através de um PRISMA que separa as luzes em feixes nas cores
vermelho, azul e verde. Cada feixe dessas cores atinge um chip semicondutor com
mais de um milhão de espelhinhos articulados, chamado “dispositivo de micro
espelhos digitais” ou DMD. Quando o feixe de luz vermelha (por exemplo) atinge
o chip, os espelhinhos se movem em sua direção e refletem a luz vermelha. Cada
espelhinho reflete uma imagem e o que se vê são imagens em vermelha. O mesmo
acontece com os feixes de cor verde e azul. São, portanto, imagens
monocromáticas.
Porém, quando esses chips
trabalhavam em conjunto, ora os espelhinhos são ativados (refletem a luz), ora desativados
milhares de vezes por segundos formando as gradações de claro e escuro. Temos
então, a impressão de que as cores se misturam dando origem a novas tonalidades
e nuances para cada cor. Depois, os chips devolvem a cor para o prisma que as
separa e recombina novamente. Quando as imagens são projetadas na tela, o que
vemos são bem definidas e bastante detalhadas. Este mesmo processo é utilizado
na produção de vídeos.
Os projetores de LCD
funcionam ligeiramente diferentes. O projetor emite uma luz sobre um espelho
estático coberto por uma tela de cristal líquido (LCD). A luz do projetor
atinge alguns cristais que refletem a luz vermelha (por exemplo) sobre alguns
cristais e outros não. Assim, o LCD modifica a intensidade da luz criando as
imagens que vemos na tela.
A desvantagem é que os
projetores quebram. Mas as películas também quebram ou partem. Então, as
imagens ficam ruins. No entanto, a vantagem que as cópias de ambos são
perfeitas.
Comenta-se que em breve os
filmes digitais substituirão os filmes de película. Mas quando e como ninguém
ainda sabe afirmar. As vantagens do sistema digital são grandes e fortes. Mas
há quem esteja a favor e contra essa mudança.
O primeiro obstáculo é o da
infra-estrutura da distribuição que precisa ser totalmente reformulada e
constantemente atualizada quando surgir uma nova tecnologia. O segundo, a
rotina e a mesmice.
O terceiro, a pirataria.
Copiar um filme em película é crime. Mas para isso, o pirata teria que roubar o
caminhão de distribuição ou filmar o filme durante sua projeção no cinema. Mas
em ambos os casos precisaria de uma filmadora muito boa, para que as imagens
não ficassem ruins. Já com um filme digital seria bem mais fácil. Assim, as
indústrias cinematográficas teriam que se proteger dos piratas criando esquemas
seguros e muito avançados, investindo muito dinheiro.
O quarto obstáculo são as
salas de cinema que deveriam se preparar para receberem os filmes digitais. E o
investimento é grande, em torno de 150 mil dólares. Será que todas as salas de
cinema teriam condições para isso?
Por outro lado, estima-se
que nessa transformação as empresas de produção e distribuição economizariam
milhões, enquanto as salas de exibição continuariam sem se atualizar.
O quinto obstáculo é saber qual
será a reação do público diante de um filme digital. Para alguns cineastas, não
haverá problemas e o público aceitará normalmente. Mas, este não é o pensamento da maioria, que acredita que o filme
em película não cederá espaço para o filme digital.
O sexto obstáculo é
conversão entre as tecnologias domésticas e a das salas de exibição que
funcionam de maneira muito parecida. Quando a televisão se tornou popular, as
salas de cinema esvaziaram e muitas fecharam as portas. As indústrias
cinematográficas temem que o mesmo aconteça se os projetores caseiros se
igualem em qualidade aos profissionais e com preços bem mais acessíveis.
Mas ainda há uma nova
tecnologia a ser explorada e com inúmeras possibilidades: a som surround,
utilizada em transmissão digital de vídeos. É bem mais avançada, com cinema
interativo e programação bastante variada. E se ela for utilizada, muito em
breve o cinema digital será mais inovação do cinema sonoro.
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