Embora
os filmes sonoros causassem frisson no início e uma grande polêmica
posteriormente, há quem achasse que os filmes também deveriam ser coloridos já
que a intenção era refletir a realidade. E a realidade é, sem dúvida, colorida.
filme mudo "VIAGEM À LUA" pintado a mão
Durante
o cinema mudo já haviam experiências com filmes coloridos. Era uma trabalheira
danada porque era preciso colorir manualmente foto a foto. No entanto as experiências
dessa época eram mais por curiosidade em saber como ficariam.
A
partir de 1906, outra novidade estava para causar novo frisson e nova polêmica. Uns “doidinhos” inventaram um sistema em
duas cores e que ficou conhecido com o nome de “Technicolor”. Mas, a experiência
não deu muito certo, o público se decepcionou com a novidade e as tentativas foram
deixadas de lado.
Cartaz do filme "VAIDADE e BELEZA" rodado em Technicolor de 2 cores.
Por
outro lado, as indústrias cinematográficas, fosse por questões financeiras, por
idealismo estético ou por acreditarem que “não se mexe naquilo está dando certo”
e, continuaram
investindo nos filmes em preto e branco. Por sinal, investiram em grandes produções
e excelentes temas.
Uma
ideia boa, mesmo que tenha uma experiência desastrosa, nunca morre. Há sempre
algumas que acreditam nela e investem pesado em pesquisas até encontrarem uma
resposta favorável. E foi o que aconteceu com o tal sistema TECHNICOLOR. Foram
levantados os problemas, estudadas as soluções, reformulado integralmente e por volta de 1933 estava agora totalmente
reformulado. Tinha agora um sistema de três cores comercializáveis e que podiam
se misturar formando inúmeras tonalidades bem próximas ao real. O filme “VAIDADE
E BELEZA” (1935), do diretor Rouben Mamoulian foi a primeira experiência deste
novo sistema em algumas cenas. Na década de 1950, o filme "O
LADRÃO DE BAGDAD", do diretor Michael Powell, foi o primeiro a ser totalmente
rodado em Thecnicolor.
cenas do filme "O LADRÃO DE BAGDÁ" - Technicolor de 3 cores.
Embora
ainda enfrentassem a tese defendida por alguns diretores (Frank Capra foi um
deles) de que a cor denegria a arte cinematográfica. Mas o público gostou e aprovou
o novo sistema.
Em 1953,
um novo sistema foi experimentado: o CINEMASCOPE. Este novo sistema veio revolucionar tudo o que se
sabia sobre a cor nos filmes. O sistema cinemascope usava apenas uma câmera de
filmagem, um projetor e um filme padrão de 35 milímetros. A imagem tinha um
formato comprimido no sentido horizontal e se descomprimia por meio de lentes
especiais (anamóficas) durante a projeção, o que permitia que as imagens se
adaptassem a todos os outros sistemas. O primeiro filme rodado integralmente
neste sistema foi “O MANTO SAGRADO”, do diretor Henry Koster e cujo
protagonista foi Victor Mature. Este filme foi indicado ao “OSCAR” de 1953 e em
três categorias diferentes.
cenas do filme "O MANTO SAGRADO" - cinemascope
O cinema
colorido tornava-se, finalmente, uma realidade. E chegou em grande estilo e com
uma grande produção. Tempos depois as indústrias cinematográficas estavam rendidas
ao sistema de cores em suas filmagens, totalmente integradas ao novo sistema,
não só pelas facilidades que se lhes apresentavam, mas também pelas exigências
do mercado cinematográfico.
Após a Segunda
Guerra Mundial, a popularização da televisão veio trazer um novo desafio para
as indústrias cinematográficas. E como resposta ao novo desafio elas aumentaram
as telas de projeção e melhoraram e muito seus espetáculos.
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