O
segundo grande astro do cinema mudo foi Rodolfo Valentino, um italiano de
Castellaneta, nascido no dia 6 de maio de 1895, com o nome de Rodolfo Alfonso
Raffaello Pierre Guglielmi di Valentina D’Antonguolla.
Desde
pequeno era muito agitado e temperamental (talvez fosse hiperativo, um problema não era conhecido em sua época). Esse seu jeito de ser fez
com que fosse considerado como uma criança de mal comportamento e acabou sendo
expulso de várias escolas.
Ainda
na infância, viveu com os pais em Paris até 1912. Após a morte do pai no ano
anterior, e já com 18 anos, precisou ajudar a mãe nas custas da casa e por isso
trabalhou como jardineiro e lavador de pratos. Na adolescência, gostava de
dançar e trabalhou em bares noturnos como dançarino. Mas continuava inquieto e
parava muito tempo num emprego, nem ficava num só lugar. Muda-se, então, para
os Estados Unidos.
Em
1917, junta-se ao corpo de baile de uma companhia musical e viaja por todo o
país e conhece muita gente. Numa das viagens conhece All Jolson e juntos produzem
a peça “Robinson Crusoé” (em Utha) e, no mesmo ano, a peça “Nobody Home” (em
São Francisco).
Em
suas andanças conhece o ator americano Kerry Normando e juntos mudam-se para
Los Angeles e passam a compartilhar o mesmo quarto do Hotel Alexandria, onde
passa a trabalhar como dançarino do hotel para ganhar a vida e pagar as contas.
Valentino é agora um homem bonito e atraente, esbelto, porte atlético, pele
morena e olhar enigmático que atrai as mulheres de todas as idades
(principalmente as mais maduras) e de quem ganha certos luxos.
É
Normando quem o incentiva a tentar a carreira cinematográfica. Fez pontas em
vários filmes atuando ora como gangster, ora como bandido. Em 1918, Valentino
decide pelo cinema e procura papéis melhores. Consegue uma participação melhor
no filme “Alimony”. No filme “Os Quatro Cavaleiros do Apocalípse”, de Vicente
Blasco Ibáñez, (1921) sua figura e sua fotogenia encanta o público feminino que
transforma o filme num sucesso de bilheteria e proclama Valentino como astro do
cinema.
A
partir de então sua carreira se consolida. Embora tenha protagonizado muitos
filmes, Valentino não era um bom ator. Apesar disso, encontrou o sucesso,
ganhou prestígio e muito dinheiro. Seu papel mais famoso e mais conhecido foi o
de um sheik árabe chamado “Ahmed Ben Hassan”, no
filme “THE SHEIK”, produzido pela Metro e dirigido por Ivano e Rambova (sua
segunda ex-esposa), garantindo-lhe o título de “Latin Lover.
Esse papel, mesmo
sendo um estereótipo do homem árabe, consolidou Valentino como astro, como ator
e como imagem e como contribuição par a história do cinema.
Mas
continuava inquieto, inconstante, indeciso e infeliz por conta de uma vida
bastante conturbada. Dois casamentos rápidos e frustrantes, dizem ter tido
relacionamentos homossexuais também. Sua saúde ficou abalada por conta de uma
úlcera que o levou a óbito muito novo, aos 31 anos de idade e no auge da fama.
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