Desde
o início do cinema, seus inventores e produtores tentaram sonorizar seus filmes.
Mas, foram tentativas frustradas. Para evitar a monotonia, os filmes eram
acompanhados de músicas ao vivo, narrações, diálogos legendados entre uma cena
e outra e, até mesmo, improvisavam alguns efeitos especiais. Mas, não há demérito
nenhum nisso. Afinal, o cinema e os filmes estavam dando os primeiros passos e
as pessoas estavam investindo no cinema e contribuindo para sua evolução.
Os
primeiros filmes tinham imagens em preto e branco. Os coloridos que apareceram a
seguir eram pintados à mão quadro a quadro, como os de Georges Méliè.
Entre
1919 e 1929 surgiram grandes cineastas do cinema mudo e com eles, novas escolas.
Na França, o Cinema Impressionista ou o Cinema de Vanguarda fez surgir:
ABEL
GANCE - com os filmes “NAPOLEON” (um épico onde ele mesmo interpreta Napoleão) e “J’ACCUSE”.
GERMANE
DULAC, com o filme “LA SOURIANTE MADAME BEUDET”
JEAN
RENOIR, com o filme “A MOÇA DA ÁGUIA” e que, mais tarde, auxiliaria na
construção de uma nova escola cinematográfica: a do Realismo Poético Francês.
O
expressionismo alemão coloca em destaque os filmes:
ROBERT
WIENE, diretor do filme “DAS CABINET DES DR. CALEGARI” (1920), um filme de terror, onde ele mesmo faz o papel do Dr Calegari.
FRIEDRICH
WILHELM MURNAU que, em 1922 dirigiu dois filmes: “NOSFERATU” e “PHANTON"
FRITZ
LANG, que, em 1927, dirige o filme “METRÓPOLIS”. Outros
filmes que merecem destaque nessa época foram: “O GABINETE DAS FIGURAS DE CERA”
e “A ÚLTIMA GARGALHADA”.
O
surrealismo espanhol destacou:
LUIS
BUÑUEL, com o filme “UM PERO (cão) ANDALUZ” com legenda em português, em 1928,
e “A IDADE DO OURO”.
SERGUEI
EISENSTEIN (cineasta russo) cria uma nova técnica de montagem que ficou
conhecida como “montagem intelectual ou dialética. O filme que marcou sua
carreira foi “O COURAÇADO DE POTEMKIN”, de 1925.
DZIGA
VERTOV dirigiu o filme “O HOMEM COM A CAMERA” e fez um documentário bastante
sofisticado chamado “CINE-OLHO”. Destacam-se ainda os filmes de arte: “AELITA”
e “TERRA”.
CARL
THEODOR DREYER, cineasta dinamarquês, produz o filme mudo “LA PASSION DE JEANNE
D’ARC” (1928) que contava com Maria Falconetti (atriz) no papel de Joana D’Arc.
Por valorizar a expressão facial dos atores, o filme foi considerado um dos
melhores filmes da história do cinema.
Dessa
época, restaram poucos filmes em bom estado de conservação. A maioria deles se
perdeu. Uma parte ficou esquecida num canto qualquer, sem conservação ou
cuidado. Outra parte, destruída na II Guerra Mundial. Uma outra parte, destruída
para a retirada do nitrato de prata usado nas películas.
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