sábado, 14 de junho de 2014

A MÚSICA DE VANGUARDA

MÚSICA CONTEMPORÂNEA

Como dissemos na última postagem, a música contemporânea teve e ainda tem duas grandes escolas: a música de vanguarda e a música conservadora ou romântica.

A música de vanguarda ainda conserva uma linha mais experimental e continua valorizando as inovações e a criatividade.  Surgiu a partir dos anos 20 do século XX e sempre foi muito criticada.


No início, os músicos vanguardistas tinham um objetivo ousado: criar um tipo de música que pudesse ser entendida por todos sem estar relacionada a palavras ou imagens.

Buscavam uma música que tivesse uma estrutura musical ordenada e equilibrada que tivesse um desenvolvimento lógico e coerente com o tema proposto. Que tivesse relações tonais e melódicas proporcionais, porém, numa linguagem simples e de fácil compreensão. Mas, a ousadia maior estava no querer a universalidade dessa música, ou seja, que não estivesse restrita a um grupo, a uma localidade ou a uma época e que durasse para sempre.


Para isso, passaram a experimentar um grande número de objetos que pudessem produzir sons. E a lista foi grande: dos elementos da natureza aos objetos do cotidiano de todos os tipos, formas, tamanhos e materiais; de elementos palpáveis aos impalpáveis como a eletricidade, por exemplo; dos instrumentos musicais em desuso aos que estavam em uso e que pudessem ser transformados, adaptados ou, se fosse preciso, criar outros.
   

Dessa experimentação toda surgiu uma série de sons curiosos e de novos instrumentos musicais que foram incorporados aos poucos nas bandas e orquestras. 

Mas, o mais intrigante é que os músicos vanguardistas não levavam em conta o processo natural da vida e dos seres humanos. Então, seus discursos e suas teorias acabaram repletos de contradições.


O processo natural da vida é que mudanças ocorrem. Com os seres humanos também: as necessidades mudam de acordo com a situação do momento, e por isso, mudamos as ideias e os objetivos. O mundo evolui constantemente e nos sugere outras maneiras de fazer coisas. Portanto, nada dura para sempre. Nada é estático. E os vanguardistas esqueceram disto. 

Obviamente, choques e entrechoques aconteceram entre eles e os conservadores. Mas, choques também aconteceram entre os próprios vanguardistas e a música de vanguarda se bifurca em música eletrônica e música aleatória.

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