O jass é, sem dúvida alguma, um daqueles ritmos que
vieram para ficar para sempre. E sua história é bem interessante.
No século XVI, iniciava-se a colonização dos
Estados Unidos da América com os ingleses aportando no litoral do Oceano
Atlântico. Mais tarde, vieram os franceses que habitaram a região central do
país. E a sudoeste e sudeste, chegaram os espanhóis. Essas pessoas e outras (vindas outros lugares
da Europa) tinham a intenção de formar várias colônias autônomas, o que
naturalmente, chocava-se com os interesses do governo inglês que era o de
explorar economicamente a nova terra.
Treze colônias se formaram, se desenvolveram e
prosperaram de modos diferentes. No centro-norte predominaram as pequenas
propriedades, a produção manufatureira e o comércio com a África e as Antilhas.
No sul, predominaram as grandes e produtivas fazendas de tabaco, algodão e
arroz. Nessa época, a Inglaterra monopolizava o comércio e a distribuição dos
produtos da colônia por toda a Europa. E para que a produção fosse sempre muito
boa economicamente, lançaram mão do trabalho escravo.
A história do Jass começa neste ponto. Os negros traziam
consigo tradições e crenças como parte da cultura africana. Os franceses
(católicos e preocupados com a salvação da alma dessa gente) impediam os negros de expressar-las. Já no sul, os colonos ingleses (protestantes) não
tinham essa preocupação. Para eles, “escravos felizes” desempenhavam melhor
suas tarefas e trabalhavam mais. Por isso, toleravam as manifestações pagãs e
deixavam que os negros cantassem durante o trabalho e tocassem e dançassem suas
músicas nas festas locais.
As
músicas dos negros eram bem ritmadas e com compassos complexos. Porém, agradáveis
aos ouvidos. Durante a cantoria no trabalho, as improvisações eram frequentes,
geralmente, satirizando o escravagismo, uma situação ou o próprio dono da
fazenda.
Em Nova
Orleans, os músicos negros copiaram a técnica das bandas militares francesas,
tanto com relação ao instrumentos musicais, como o repertório musical. Por
outro lado, a língua inglesa facilitou a formação de belas canções, cujas
letras são verdadeiros poemas, fazendo surgir uma série de variações como as
canções de trabalho, as gospels e os blues.
O timbres
e as inflexões se tornou uma característica do que conhecemos hoje como a “verdadeira
música negra norte-americana”, apesar das influências recebidas dos
colonizadores. E foi assim que o jass entrou para a história da música.
DANÇANDO
O JASS
Como
dança, o jass tem raízes populares e se desenvolveu ao mesmo tempo que a
música. Pode-se defini-la como uma expressão pessoal baseada na improvisação.
Na época
da colonização americana, as danças tradicionais eram: polcas, valsas e as
quadrilhas. Para ridicularizar os brancos, os negros os imitavam. Mas, não era uma
cópia simplesmente da cultura europeia, mas uma visão dela misturada com as
danças e instrumentos africanos que conheciam.
Em 1740, o governo do sul do país proibiu o
uso dos tambores. Os negros não se abalaram. Na falta dos tambores para marcar
o ritmo de suas músicas e danças, passaram improvisar com palmas, sapateados e
o banjo, dando assim um avanço para o jass que conhecemos hoje em dia.
No início
do século XVIII as danças afro-americanas chegam aos salões e passa a ser influenciada
pelo Cancan e Charleston. E chega a Broadway e faz o maior sucesso.
Jack
Cole foi o primeiro a integrar os fundamentos da Dança Moderna e a usar o
isolamento de partes do corpo, influenciando uma geração inteira. Por isso,
Cole ficou conhecido como o “Pai do Jass”.
Como
dança, o jass tem características marcantes: isolamentos, uma energia explosiva
que se concentra nos quadris e um ritmo pulsante que se traduz num balanço e
movimentos adequados.
MATT MATTOX, o maior bailarino de Jass do mundo.
Muitos críticos
de dança afirmam que o jass não apresenta uma coreografia de valor e se
justificam ressaltando a mistura estilos pessoais e improvisações. Será mesmo
que não existe valor coreográfico? Então, o que faz uma dança como o jass ficar
em evidência por tanto tempo?
O JASS NOS DIAS DE HOJE
O JASS NOS DIAS DE HOJE
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