sábado, 14 de dezembro de 2013

MÚSICA RENASCENTISTA

MÚSICA DA IDADE MÉDIA (III)

A Renascença constitui o período de tempo que vai dos anos de 1400 a 1600 depois de Cristo. Um período que marca a preocupação dos homens sobre a cultura e o saber em todos os campos da atividade humana. É o período das ideias novas, das grandes viagens marítimas, do descobrimento de novas terras e de sua exploração e dos avanços na Ciência e na Astronomia. Época de Vasco da Gama, Colombo e Cabral.

Com a música não foi diferente. O aumento do interesse dos compositores pela música profana foi grande. Queriam criar músicas mais vivas que atingisse o povo, de pesquisar e utilizar novos instrumentos musicais em suas criações, coisa que não se fazia há muito tempo, pois a música era feita para acompanhar cantores e corais.

Mas, no início da Renascência, as grandes composições foram feitas para a Igreja, mantendo ainda a polifonia usada no canto de coros ou policorais (coros colocados num espaço próprio, reservado nas laterais da Igreja, onde ora cantava o coro da direita, ora o outro, localizado a esquerda) e sem acompanhamento instrumental.

A introdução dos interesses renascentistas foram sendo colocados aos poucos. Primeiro, porque a influência da Igreja ainda era grande e, segundo, porque as pessoas, apesar da vontade de descobrir coisas novas, não estavam acostumadas com mudanças rápidas. Mas, avanços iam sendo conquistados.

A princípio, as obras renascentistas tinham os motetos como estilo religioso. Porém, as canções populares, escritas para inúmeras vozes, começou apresentar algumas inovações: eram mais vivas e não possuíam refrão e podiam ser cantadas nas próprias casas. Isto empolgou os ingleses do século XVI e se tornou um grande sucesso. Esse novo estilo musical recebeu o nome de “madrigal”.

Ouça um madrigal da Renascença 

Mas, tanto os motetos como os madrigais compostos na Renascênça tinham uma preocupação: a estética, inspirados nas antigas obras gregas e romanas. Assim, a harmonia entre a melodia, os instrumentos e as vozes, passou a construir uma nova ideia de “belo”.

Os principais compositores desta época foram:

WILLIAM BYRD - (1542 a 1623) – compositor inglês, filo de músico, aluno de Thomas Talles, católico. Foi organista da Lincoln Cathedral (1563), cantor do coro da Capela Real (1570) e organista da Capela Real (1575). Adepto da tradição polifônica, suas obras se destacaram pela variação do virginal, canções, motetos e hinos religiosos. Foi o primeiro a compor madrigais na Inglaterra. Em 1611, escreve uma série deles e edita.

JOSQUIN DES PRÉZ – (1440 A 1521) – natural dos Países Baixos (Holanda), foi mestre de uma capela pertencente ao duque Galeazzo Maria Sforza, em Milão (Itália). Em 1499, entra para o serviço do Papa Sisto IV e em 1505, vai para a França a serviço de Luis XII.  Grande compositor, moderno para a época, recebe o título de “príncipe dos Compositores” por suas obras comoventes e pelo fato de ressaltar o sentido das palavras cantadas. Sua obra é composta por 20 missas completas para 4, 5 e 6 vozes, mais de 100 motetos, hinos e salmos e, 74 canções.


GIOVANNI PIERLUIGI PALESTRINA – (1525 a 1594) – italiano de nascimento, dedicou sua vida para a Igreja. Foi cantor de coro na Capela Sistina e na Capela de Giulia, maestro do coro das igrejas de São João Latrão e St Maria Maggiore, músico do Cardeal Ipplito II d’Este (em Trivoli) e volta à Capela de Giulia, onde vive até sua morte. Palestrina foi o melhor compositor do estilo coral polifônico da Igreja Católica Romana, com uma linha vocal longa e sinuosa que se assemelha uma oração. Sua produção musical é rica e criativa, composta de 104 missas para 4 a 8 vozes no estilo gregoriano e temas populares (375 motetos, 68 ofertórios, 65 hinos, 35 magnificats, 5 lamentações, 56 madrigais espirituais e 9 músicas para órgão). Em músicas profanas, fez três coletâneas editadas em 1555, 1581 e 1586 respectivamente.


GIOVANNI GABRIELI – (1555 a 1612) – italiano de nascimento e sobrinho de Andrea Gabrieli e sucessor do tio por sua fidelidade no estilo musical. Compôs muitas sinfonias sacras e canções para os policorais. Foi um excelente organista e professor de música. Porém, depois de sua morte sua música caiu no esquecimento. Foi o maior compositor do seu tempo.

ANDREA GABRIELI - (1510 a 1586) - italiano, compositor e organista, tio e tutor de Giovanini Gabrieli. Organizou inúmeros policorais.

CLÁUDIO MONTEVERDI – (1567 a 1586) – compositor italiano e regente do coro da basílica de São Marcos (Veneza). Rejeitava as tradições polifônicas e foi um grande inovador, ao coloca instrumentos, dissonâncias e cromatismos em suas músicas. Era violinista e deu aulas para muitos alunos que ficaram famosos em sua época. Casado, perdeu mulher e dois filhos com a peste, razão pela qual tornou-se sacerdote em 1632. Compôs músicas sacras para missas e festas religiosas, compôs e publicou 9 livros de madrigais e óperas, sendo a mais importante destas O Orfeo”, considerada a primeira grande ópera, além de ter como acompanhamento uma orquestra inteira (a primeira na História da música) e composta por 40 instrumentos. Monteverdi foi o último dos polifonistas e seus últimos madrigais já mostravam um novo estilo musical: o barroco.

Fontes:
http://www.oliver.psc.br/compositores/historiamusica.htm

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