Segundo Jung, os complexos são conteúdos
que povoam o inconsciente pessoal e estão presentes em todos os seres humanos.
Possuem pouca energia, razão pela qual, não conseguem entrar na consciência.
Por isso, para obterem a energia necessária, unem-se a um arquétipo, que é um
conteúdo dinâmico, vivo e recheado de energia, de idéias ou pensamentos
carregados de afetividade. Os complexos, portanto, são caminhos que unem nossa
vida consciente aos conteúdos primordiais do inconsciente coletivo.
Não se sabe quantos complexos existem,
mas estima-se um número bastante elevado. Para Jung, os complexos não são
totalmente ruins, pois eles são os responsáveis pelos movimentos que
impulsionam os seres humanos para o desenvolvimento psíquico. São exemplos de
complexos benéficos o complexo materno, o complexo paterno, o de poder, de
inferioridade, o de superioridade etc.
Para Jung, o ego é um complexo, formado
por uma percepção geral de corpo, pela percepção de existência, e pelas
lembranças que guardamos na memória. Apesar de ser um complexo, o Ego difere
dos demais por se impor como centro da
consciência, de atrair outros conteúdos para si e de visar a totalidade do ser.
Mas, quando unidos ao núcleo de um
arquétipo, o complexo fica carregado de intensa emoção, tornando-se uma imagem
coesa e com relativa autonomia. Estruturados como entidades independentes
forçam sua entrada na consciência e dominam o ego.. Neste caso, seus efeitos
sobre o ego podem ser nefastos. Como não combinam com a organização e a função
da consciência, atuam como corpos estranhos causando alterações nessa estrutura
e no comportamento do indivíduo. Exemplos disto podemos encontrar nos estados
de demência como nas neuroses, nas psicoses e na esquizofrenia quando a psique
fica desintegrada, seja por um trauma, por um choque emocional ou por um
conflito de caráter moral.
Embora a psique seja formada por
estruturas diversas, contraditórias ou opostas, existe uma interação entre
elas. Podem ainda compensar forças e fraquezas, contraporem-se ou unirem-se
umas ás outras. Por isso, os conflitos
e tensões são invitáveis. Eles são as razões da própria vida. Um ego
normal se relaciona de forma equilibrada e harmônica com todas elas, ora
cedendo a algumas dessas forças, ora se sobrepondo a elas. Jung acreditava ser
possível a união dos opostos. Por isso, um ego normal e sadio atende aos
reclamos sociais e da personalidade.
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