Tudo
na vida é um processo. Tudo evolui. Foi assim com o cinema também. No início os
filmes eram curtos e totalmente sem som. Evoluiu quando, durante as projeções,
passaram a tocar músicas acompanhando as imagens. Os grandes centros da
indústria cinematográfica da Europa se concentrava na França, Alemanha,
Espanha, Rússia, Dinamarca e Itália.
Na
América, os Estados Unidos foram os pioneiros. Em 1915, as indústrias
cinematográficas americanas criaram os filmes
narrativos clássicos. Por filmes narrativos entende-se aqueles que contam
as histórias retratadas por si só. E para isso, era necessário muito
planejamento e organização.
Tudo
girava sobre o tema. Os fatos da história eram colocados em ordem cronológica.
Da mesma forma, eram colocados os cenários, os figurinos, a maquiagem e os
atores eram preparados para cada cena. Quando havia uma história propunha uma
relação de causa e efeito dos fatos em que o tempo e espaço eram alterados tudo
tinha que estar muito bem preparado. O sucesso dos filmes narrativos foi tão
grande que planejamento e organização virou um padrão estabelecido para as
filmagens. Por isso, os EUA se tornaram uma potência cinematográfica imbatível.
Reunião da International Academy of Motion Picture Arts and Sciences
De
1915 a 1925, os EUA viveram a Era de Ouro de Hollywood. Nesse período foi
criada a “International Academy of Motion Picture Arts and Sciences”, hoje
bastante modernizada e com o nome de “Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”, que criou (1929) o prêmio mais cobiçado do
cinema mundial: o “OSCAR”.
Apesar
do grande sucesso dos filmes narrativos, muitos experimentos foram realizados
para a introdução do som. Mas sempre esbarravam em problemas de sincronia e
amplificação. Como resolver esse problema era a grande questão.
Em
1926, a Warner Brothers lançou um filme chamado “The Jazz Singer”, um musical onde haviam diálogos e músicas
cantadas. O melhor era que tudo estava sincronizado. Mas também havia partes
sem qualquer som. O segredo era que o som havia sido gravado em vitafone (gravação
em disco) e ligado ao mesmo tempo do filme. O
público assistiu perplexo e extasiado. Dizem que muitas pessoas chegaram a
procurar a orquestra e o cantor achando que estavam escondidos em algum lugar.
Os
comentários sobre o som do filme foram os mais variados. Os que assistiram gostaram e comentavam com
entusiasmo. Outros, permaneciam no discurso que era impossível que tal fato
acontecesse. Muitos atores se recusavam a participar de filmes sonoros e outros
eram dispensados porque a voz era fina e gritante em demasia e muitas
indústrias cinematográficas também não estavam preparadas para esse novo
desafio, vindo a falir. Outras, precisaram de adaptar rapidamente para se
manterem vivas. Na verdade, não houve preparo nem do público, nem dos atores,
nem das indústrias para essa novidade.
Greta Garbo
A
realidade é que o som havia chegado ao cinema. Em 1929, o filme “o Beijo”, cuja
protagonista foi Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM com exceção de
dois filmes de Chaplin: “Luzes da Cidade” e “Tempos Modernos”, duas obras-primas.
No
final de 1929, a maioria dos filmes de Hollywood eram falados. Porém, no resto
do mundo, devido a uma economia de pós-guerra, a transição foi lentamente
acontecendo. Mas, na Inglaterra, grandes filmes falados como “BLACKMAIL”
dirigido por Alfred Hichcock; “APPLAUSE”, do diretor Rouben Mamoulian, um
musical e “CHINATOWN NIGHTS”, do diretor Willian Wellman foram rodados, fizeram
enorme sucesso e foram indicados ao Oscar.
Cena do filme "Blackmail"
cartazes dos filmes
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OBRIGADA PELA VISITA.
Espero que tenha encontrado o que precisava, tenha gostado do que encontrou e que volte muitas outras vezes. Ficarei muito feliz se você deixar um recadinho para mim.