No
final do século XIX, os EUA se recompunha de um período bastante conturbado de
pós-guerra civil e de grandes mudanças políticas e sociais que culminariam com
a democracia que possuem hoje.
Ainda
no final do século XIX, os EUA começaram a investir na indústria
cinematográfica. A comédia surgia como um campo novo a ser explorado e, além
disso, era também a forma terapêutica para que o povo voltasse a alegrar-se novamente.
E assim investiram no gênero.
As
comédias eram leves e tratavam de assuntos do cotidiano, como casamentos, escolas,
flertes, assaltos e, vez por outra, faziam críticas a ordem pública e às
instituições governamentais. As comédias eram rapidamente assimiladas pelo
público e faziam muito sucesso.
Em
1909, Mack Sennett passa
a trabalhar na produtora Biograph, Em 1912, Sennett funda a produtora de filmes
Keystone e passa a produzir suas próprias comédias. É nessa produtora que
Sennett institui o gênero pastelão levando o público ao delírio.
É ainda em
1912, que Sennett descobre artisticamente Charles Chaplin. No início da
carreira Chaplin, contratado da Keystone, participava desses pastelões e aos
poucos foi se mostrando o comediante lírico, empolgante e genial que nos encanta
até hoje.
Em
1914, a Europa ainda se vê às voltas com a I Guerra Mundial. A maioria das
companhias de filmagens transformaram-se em ruínas provocadas pelos
bombardeios. Com a ausência do cinema europeu, as produtoras norte americanas
deslancharam consideravelmente e consolidaram-se na década de 1920.
Na década de 1920 explodem três outros comediantes: Buster Keaton, Harold
Loyd e Harry Langdon.
Keaton sempre foi mais misterioso e de movimentos delicados. Mesmo nos tempos
dos pastelões, Keaton mantinha a fisionomia sempre séria até nas cenas mais
hilárias. Era assim no cinema e na vida. Com esta seriedade toda, Keaton ganhou
o apelido de “o homem que não ri”.
Veja trechos de filmes de Buster Keaton
Loyd (1920) era impulsivo, arguto e nervoso. Ele próprio gostava de fazer as cenas mais perigosas.
Seu personagem usava óculos com aro de tartaruga, o
que lhe dava ar inocente, com muitas gags, mas que cultivava uma atração pelo
perigo. Seu filme mais famoso foi “O Homem Mosca”, de 1923.
Harry Langdon foi considerado um dos melhores atores da comédia do cinema mudo.
Seus filmes mais importantes são “The Strong Man” (1926) e “Tramp, Tramp, Tramp" (1926). Atuou até 1944 e depois foi produtor e
roteirista.
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