quinta-feira, 18 de julho de 2013

AS DANÇAS E O TEMPO

A História da Dança nos revela quatro grandes movimentos: as danças primitivas, as milenares, a moderna e a contemporânea.

DANÇAS PRIMITIVAS

Nas eras Paleolítica e Mesolítica (de 9000 e 8000 a.C.), os homens viviam num mundo hostil, agrupavam-se em pequenos grupos isolados e nômades, protegiam-se nas cavernas, alimentavam-se da caça, da pesca, da colheita de frutos e vegetais retirados da natureza. Uma época em que a luta pela sobrevivência era uma constante. E diante de todo esse esforço buscaram um meio de expressar seu modo de vida.

Criaram, então, uma espécie de jogo: a imitação dos animais que conheciam, admiravam e que tanto temiam. Era sem dúvida uma expressão individual, mas que todos (homens, mulheres, crianças, jovens e idosos) podiam participar.

As pessoas, cobertas com peles de animais abatidos se posicionavam em forma circular em torno de um animal caçado. Corriam, saltavam, imitavam os movimentos desse animal, expressavam a forma de seu ataque e os movimentos de defesa dos caçadores.

Ao longo do tempo, as pessoas passaram a acreditar que, agindo dessa maneira, encarnavam o espírito, a coragem e a força dos animais abatidos. De vez em quando, ouvia-se um grito. Era alguém mais empolgado que soltava a voz na imitação do urro do animal reverenciado. E essa ação oral passou a ser repetida pelos demais.

E essa expressão oral foi, aos poucos, sendo aliada aos movimentos. Ganhou força e terminou sendo integrada aos movimentos dos jogos.

Som e movimento. Foi dessa união que surgiu a Música e a Dança. E esses movimentos transformaram-se em rituais.

No período Neolítico (6500 a.C.) os homens deixaram de ser nômade e passaram a se fixar num determinado lugar. Dependiam da terra para plantar e criação de animais. E dessa nova necessidade surgiram a agricultura e a pecuária.

Os rituais, mais do que nunca, estavam evidência. Frutos e vegetais conquistados com o trabalho agrícola eram colocados em torno de uma fogueira. Os rituais, porém, já não tinham mais o sentido imitativo. O sentido era outro: o de pedir proteção contra as intempéries da natureza para que não prejudicassem o plantio e a colheita ou que afugentassem os animais. Pediam que a terra fosse fértil e a colheita farta. E também havia os rituais de agradecimento da fertilidade da terra, dos rebanhos e das mulheres.

Os rituais tinham, agora, uma conotação religiosa. Fazia parte desses rituais: as oferendas, as danças e as expressões orais que se ligavam ao ritmo da natureza. Consequentemente, os rituais ganharam força e se espalharam por todas as tribos.

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