A
História da Dança nos revela quatro grandes movimentos: as danças primitivas,
as milenares, a moderna e a contemporânea.
DANÇAS
PRIMITIVAS
Nas
eras Paleolítica e Mesolítica (de 9000 e 8000 a.C.), os homens viviam num mundo
hostil, agrupavam-se em pequenos grupos isolados e nômades, protegiam-se nas
cavernas, alimentavam-se da caça, da pesca, da colheita de frutos e vegetais retirados
da natureza. Uma época em que a luta pela sobrevivência era uma constante. E
diante de todo esse esforço buscaram um meio de expressar seu modo de vida.
Criaram,
então, uma espécie de jogo: a imitação dos animais que conheciam, admiravam e que
tanto temiam. Era sem dúvida uma expressão individual, mas que todos (homens,
mulheres, crianças, jovens e idosos) podiam participar.
As
pessoas, cobertas com peles de animais abatidos se posicionavam em forma circular
em torno de um animal caçado. Corriam, saltavam, imitavam os movimentos desse
animal, expressavam a forma de seu ataque e os movimentos de defesa dos caçadores.
Ao
longo do tempo, as pessoas passaram a acreditar que, agindo dessa maneira,
encarnavam o espírito, a coragem e a força dos animais abatidos. De vez em
quando, ouvia-se um grito. Era alguém mais empolgado que soltava a voz na imitação
do urro do animal reverenciado. E essa ação oral passou a ser repetida pelos
demais.
E
essa expressão oral foi, aos poucos, sendo aliada aos movimentos. Ganhou força
e terminou sendo integrada aos movimentos dos jogos.
Som
e movimento. Foi dessa união que surgiu a Música e a Dança. E esses movimentos
transformaram-se em rituais.
No
período Neolítico (6500 a.C.) os homens deixaram de ser nômade e passaram a se
fixar num determinado lugar. Dependiam da terra para plantar e criação de
animais. E dessa nova necessidade surgiram a agricultura e a pecuária.
Os
rituais, mais do que nunca, estavam evidência. Frutos e vegetais conquistados
com o trabalho agrícola eram colocados em torno de uma fogueira. Os rituais,
porém, já não tinham mais o sentido imitativo. O sentido era outro: o de pedir
proteção contra as intempéries da natureza para que não prejudicassem o plantio
e a colheita ou que afugentassem os animais. Pediam que a terra fosse fértil e
a colheita farta. E também havia os rituais de agradecimento da fertilidade da
terra, dos rebanhos e das mulheres.
Os
rituais tinham, agora, uma conotação religiosa. Fazia parte desses rituais: as
oferendas, as danças e as expressões orais que se ligavam ao ritmo da natureza. Consequentemente, os rituais ganharam
força e se espalharam por todas as tribos.
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