domingo, 16 de junho de 2013

MÍMICA: A ARTE SEM PALAVRAS

OS MOVIMENTOS E O HOMEM (2)

Segundo Laban, os seres humanos se movimentam para satisfazer uma necessidade. Por isso, todo movimento tem um objetivo seja atingir algo que é de seu interesse ou para dirigir-se a algum lugar específico. 

Quando um movimento, de pegar uma maçã por exemplo, é realizado com rapidez as pessoas que o observam não percebem nada além do próprio movimento. No entanto, se esse movimento for realizado com voracidade, os observadores poderão perceber o desejo ou a intenção de comê-la. 

O movimento em si não necessita de adaptar-se a caracteres, ás ações, ás épocas ou ás situações. Mas, a observação e a compreensão podem ser influenciadas pelo ambiente em torno do ser que se move dando a cada ação, um colorido diferenciado. É o caso da mímica, uma forma gestual de expressar ideias, pensamentos e sentimentos em que as palavras não são utilizadas. Assistam o vídeo ilustrativo onde o mímico se vale dos movimentos corporais para se comunicar.

                                     

 Enquanto forma de expressão artística, a MÍMICA faz parte da dramaturgia e sua  origem  é muito antiga. Dizem alguns estudiosos que essa arte surgiu no antigo teatro grego e estaria atrelada às musas: Polímnia (comédia), Terpsícore (dança) e Calíope (poesia).

O florescimento desse teatro ocorreu no século e  IV antes de Cristo. Nessa época, a forma mais elaborada era a "hypothesis" e que poderia ser uma comédia ou um drama. Os atores construíam e desenvolviam seus personagens, usavam máscaras e apresentavam-se em dias festivos á luz do dia. Era comum um único ator  representar vários personagens.

Tempos depois, essa forma de teatro foi levada para Roma e adequada ao gosto do público de lá. Com o passar do tempo, os romanos desenvolveram sua própria técnica: a PANTOMIMA.

Com a queda do Império Romano, a Igreja Católica fechou os teatros e proibiu as mímicas. Apesar de tudo,  a arte sobreviveu. Na idade Média, os atores da  chamada  "Commedia dell'arte" precisavam ter um conhecimento maior da arte de criar pensamentos e sentimentos e... de representá-los. 

Os mímicos voltam à cena, apresentando-se em praças, mercados e circos. As performances atraiam o público de todas as camadas sociais pela forma exagerada com que se apresentavam, a temática sempre atualizada e a forma de comunicação muito fácil com a platéia. Foram dessas apresentações que surgiram os personagens do Arlequim, Pierrô e Colombina.  As trupes viajavam por todos os cantos da Europa e disseminavam a forma desse teatro.

Durante a Primeira Guerra Mundial  a mímica ganhou mais importância, sendo incluída em filmes, apesar de estarem sob a vigilância da Gestapo. Após a Segunda Guerra Mundial, Marcel Marceau (e seu personagem "Bip") foi o nome mais expressivo dessa forma artística. Assistam uma das performances de Marcel Marceau,  chamada "The Maskmaker".

Marcel Marceau morreu em 1965.

Até mais. Voltaremos ao assunto.

2 comentários:

  1. Uma aula! Mais didático é impossível. Adorei conhecer, havia coisas que desconhecia.

    Beijo pra você.
    Obrigada!

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OBRIGADA PELA VISITA.

Espero que tenha encontrado o que precisava, tenha gostado do que encontrou e que volte muitas outras vezes. Ficarei muito feliz se você deixar um recadinho para mim.